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Cerca de 1,5 mil participantes da Argentina, Brasil, Chile, México e Uruguai compõem a base de análise do Estudo de Perfil Molecular do Câncer de Mama, com resultados que representam avanços significativos na compreensão de procedimentos oncológicos em cenários de mundo real na América Latina. As pesquisadoras Dirce Maria Carraro (foto), do AC Camargo Cancer Center, Maria Aparecida Nagai, do ICESP, e Marcia Maria Marques, do Hospital de Câncer de Barretos, participam do estudo, publicado no JCO Global Oncology.

Estudo que buscou definir referências globalmente aplicáveis para exenteração pélvica em pacientes com câncer retal primário localmente avançado (LARC) e recidivado (LRRC) estabeleceu 10 parâmetros que representam o melhor padrão de cuidados, a partir de indicadores de 16 centros mundiais altamente especializados. Os resultados estão no Annals of Surgery, em publicação ahead of print, com participação dos brasileiros Samuel Aguiar Jr e Tiago Bezerra (foto), do A. C. Camargo Cancer Center.

Pesquisadores da Johns Hopkins identificaram que variações específicas em três genes relacionados à manutenção do comprimento dos telômeros – as extremidades protetoras do DNA nos cromossomos – podem explicar até 4,5% dos cânceres papilares da tireoide. Os achados estão no The American Journal of Human Genetics e confirmam pesquisas anteriores da mesma instituição, indicando que telômeros muito longos estão ligados ao desenvolvimento de certos tipos de câncer.

A Sociedade Internacional de Neoplasia Anal (IANS) desenvolveu diretrizes de consenso para o rastreamento do câncer anal entre vários grupos de alto risco. As diretrizes foram publicadas no Internal Journal of Cancer e fornecem uma base fundamental para definir consensos e implementar rastreamentos orientados para o risco com foco na prevenção do câncer anal. A coloproctologista Bruna Vailati (foto) analisa as recomendações. 

Entre 2001 e 2018, 41% das indicações de medicamentos contra o câncer que incluíam avaliação de sobrevida global não tinham dados completos no momento da aprovação da Food and Drug Administration (FDA). Dados adicionais disponibilizados após a aprovação revelam que mais de 60% destas indicações não mostraram nenhum benefício de sobrevida estatisticamente significativo nas indicações aprovadas, como descreve artigo de Naci et al. no Lancet Oncology.

Artigo de revisão publicado no Journal of Cancer Survivorship analisou a literatura publicada após o think tank do National Cancer Institute realizado em 2018 - “Medindo o Envelhecimento e Identificando Fenótipos de Envelhecimento em Sobreviventes de Câncer”, que discutiu resultados funcionais físicos e cognitivos entre sobreviventes de câncer tratados com quimioterapia.

A taxa global de mortalidade por câncer nos Estados Unidos diminuiu 33% entre 1991 e 2020, em grande parte devido aos avanços na prevenção, detecção precoce e tratamento. Estes avanços, no entanto, não beneficiaram a todos igualmente. “Uma longa história de racismo, segregação e discriminação contra grupos populacionais marginalizados conduziu a desigualdades estruturais e injustiças sistêmicas que têm um impacto negativo na assistência contra o câncer”, destaca o Relatório de Progresso das Disparidades do Câncer 2024, produzido pela Associação Americana para Pesquisa do Câncer (AACR).

A longo prazo, o investimento em tecnologia de alta precisão para a gestão do câncer do colo do útero resultou em custos mais baixos para os decisores políticos de saúde da Índia,  como demonstra o estudo PARCER, que deixa lições importantes para países de baixo e médio rendimento. Os resultados estão em artigo de Hande et al. no JCO Global Oncology.

A função pulmonar prejudicada está associada a maior risco de desenvolvimento de câncer de pulmão e mortalidade pela doença. É o que demonstra estudo de coorte chinês com 461.183 indivíduos publicado no BMJ Open Respiratory Research. “Nossos resultados destacam a importância de considerar a função pulmonar no rastreio do câncer de pulmão para uma melhor seleção de candidatos”, afirmam os autores.

Brunela Lenzi Fabre (na foto à esquerda) é primeira autora de estudo que avaliou a precisão do ChatGPT-4.0 em gerar listas de diagnóstico diferencial para pacientes oncológicos a partir de relatos de casos. “Nosso estudo demonstra que o GPT-4 não se justifica como ferramenta de apoio ao diagnóstico. A taxa de 20% de erros de diagnóstico e testes não adequados sugeridos para investigação podem aumentar os custos globais de cuidados de saúde de pacientes com câncer”, alerta a pesquisadora, em artigo que tem como autor sênior o oncologista Auro Del Giglio (na foto à direita).

Estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute (JNCI) demonstrou riscos aumentados em longo prazo de cardiomiopatia/insuficiência cardíaca e doença cardíaca isquêmica entre sobreviventes de câncer de mama tratadas com antraciclinas e/ou trastuzumabe, e aumento do risco de cardiomiopatia/insuficiência cardíaca entre mulheres com idade <65 anos.

Estudo de Rowan T. Chlebowski e colegas investigou as associações de síndrome metabólica e obesidade com câncer de mama na pós-menopausa após acompanhamento de longo prazo (> 20 anos) nos ensaios clínicos da Women’s Health Initiative (WHI). Os resultados estão publicados na Cancer, periódico da American Cancer Society, e têm implicações na prevenção e controle do câncer de mama.

Estudo liderado por pesquisadores da Mayo Clinic buscou identificar características do melanoma em pacientes negros não-hispânicos (NHB) para informar estratégias para detecção precoce e tratamento. Publicado no Journal of Surgical Oncology, o trabalho sugere uma vigilância adicional no rastreamento em homens negros, cujos tumores são frequentemente diagnosticados em estágios avançados.