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Estudo de coorte dinamarquês baseado no registro nacional de saúde avaliou se a vacinação contra a influenza reduz a mortalidade geral e os resultados secundários que necessitam de tratamento, pneumonia, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e tromboembolismo venoso em pacientes com câncer. Os resultados foram publicados na Cancer, periódico da American Cancer Society.

U.S Food and Drug Administration (FDA) aprovou osimertinibe (Tagrisso®, Astrazeneca) para pacientes adultos com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) em estágio III localmente avançado e irressecável que não apresentaram progressão da doença durante ou após a quimiorradioterapia à base de platina e cujos tumores apresentam deleções do éxon 19 do EGFR ou mutações do éxon 21 L858R. Publicada no dia 25 de setembro, a decisão é baseada nos resultados do ensaio clínico LAURA, apresentado no ASCO 2024 e publicado simultaneamente na New England Journal of Medicine (NEJM).

Nos Estados Unidos, as disparidades raciais/étnicas na adoção de práticas baseadas em evidências persistem ao longo do tratamento para o câncer de mama. Revisão com participação dos brasileiros Matheus José Barbosa Moreira, Gabriela Rangel Brandão, Bruno Murad Carvalho, Ana Carolina Comini, Carlos Alberto Campello Jorge, Isabele Ayumi Miyawaki,  Beatriz Soares Pessôa, Pedro Reis, Caroliny Silva, Debora Xavier e Felipe Batalini foi selecionada para apresentação em poster no ASCO Quality Care Symposium 2024, sintetizando evidências sobre intervenções eficazes para reduzir essas disparidades, especialmente entre minorias étnicas e raciais.

Análise secundária do estudo Aspirin in Reducing Events in the Elderly (ASPREE) demonstrou maior risco de acidente vascular cerebral (AVC), infarto e internação hospitalar por insuficiência cardíaca em sobreviventes de câncer mais velhos. “A quimioterapia também foi associada a taxas mais elevadas dessas condições”, afirmaram os autores do trabalho publicado na Cancer, periódico da American Cancer Society (ACS).

A obesidade é um fator de risco conhecido para certos tipos de câncer. Revisão sistemática da literatura e meta-análise de estudos de coorte avaliou associações entre fenótipos de obesidade metabólica e risco geral e específico de câncer. A análise revela que indivíduos obesos e com sobrepeso com disfunção metabólica têm risco aumentado para 10 tipos de câncer: mama pós-menopausa, endométrio, colorretal, tireoide, pâncreas, vesícula biliar, bexiga, estômago, rim e fígado.

Com a crescente demanda por cuidados paliativos e o aumento das taxas de sobrevida ao câncer, há uma necessidade urgente de treinar futuros profissionais de saúde em princípios de cuidados paliativos, especialmente para oncologia. Programa da Universidade de Stanford apresentado no ASCO Quality Care Symposium 2024 relatou o desenvolvimento e a implementação bem-sucedidos de um modelo que educa estagiários da graduação médica ou pós-graduação em temas centrais de cuidados paliativos e oncologia, ao mesmo tempo em que beneficia imediatamente os pacientes e as equipes de saúde.

O teste molecular para papilomavírus humano (HPV) está gradualmente substituindo a citologia no rastreamento do câncer cervical. Estudo de base populacional comparou dados de 4140 mulheres de 20 a 64 anos que participaram de um rastreamento organizado e foram testadas por cinco métodos diferentes. Em um acompanhamento de 9 anos, as análises mostram que os testes de HPV foram comparáveis ​​em segurança, com proteção mais efetiva contra lesões precursoras do que a citologia, mas diferiram na especificidade longitudinal, nas taxas de encaminhamento associadas e na capacidade de definir riscos específicos do HPV. “O teste de HPV usando uma abordagem baseada em risco é o melhor caminho a seguir no rastreamento do câncer cervical”, analisam os autores.

Uma parceria acadêmica foi capaz de educar com sucesso os membros de uma comunidade nativa exposta ao radônio, promovendo ações que reduziram o risco de exposição e, consequentemente, o risco de desenvolver câncer de pulmão. Os resultados estão entre os destaques do ASCO Quality Care Symposium 2024, que acontece de 27 a 28 de setembro, em São Francisco, Califórnia.

Uma nova pesquisa mostrou que avanços nas técnicas cirúrgicas e patológicas melhorou a sobrevida global de uma população de pacientes com câncer de pulmão de alto risco. Os resultados integram o programa científico do ASCO Quality Care Symposium 2024, em apresentação de Olawale Akinbobola (foto), do departamento de oncologia torácica do Baptiste Cancer Center, em Memphis, EUA. O Simpósio acontece de 27 a 28 de setembro, em São Francisco, Califórnia.

O aconselhamento de profissionais de saúde a pacientes mais velhos com câncer sobre a importância da atividade física pode ajudar a reduzir o risco de quedas, que são mais comuns nessa população em tratamento para câncer. Os resultados são de estudo selecionado para apresentação no 2024 ASCO Quality Care Symposium, que acontece nos dias 27 e 28 de setembro em São Francisco, Califórnia.

A farmacêutica Merck, conhecida como MSD fora dos Estados Unidos e Canadá, anunciou a decisão de descontinuar dois ensaios de Fase 3, KEYNOTE-867 e KEYNOTE-630, depois de resultados decepcionantes com o inibidor de checkpoint imune pembrolizumabe (KEYTRUDA®). A decisão é baseada na recomendação de um Comitê de Monitoramento de Dados independente.

Radioterapia (RT) e cirurgia robótica transoral (TORS) são opções de tratamento com intenção curativa para carcinoma espinocelular de orofaringe (OPSCC). Anthony C. Nichols e colegas relatam no Journal of Clinical Oncology os resultados finais do estudo ORATOR, que compara essas modalidades, demonstrando que os resultados oncológicos 5 anos após a conclusão da inscrição foram excelentes em ambos os braços, sem diferenças  de sobrevida global e sobrevida livre de progressão, com perfis de toxicidade e qualidade de vida diferentes. “A escolha do tratamento deve permanecer uma decisão compartilhada entre o paciente e seus provedores de cuidados”, analisam os autores.

Revisão do grupo multidisciplinar internacional RANO (Response Assessment in Neuro-Oncology) buscou delinear o papel oncológico da cirurgia em gliomas difusos do tipo adulto, conforme definido pela classificação da OMS de 2021, e propõe um algoritmo para selecionar pacientes que podem se beneficiar da ressecção supramáxima e quantificar a extensão da ressecção em ensaios clínicos. O trabalho está em artigo de Philipp Karschnia e colegas, no Lancet Oncology.

Pesquisa que envolveu seis coortes prospectivas do consórcio internacional FOCUS mostra que concentrações circulantes de metabólitos da via triptofano-quinurenina podem ser marcadores prognósticos de sobrevida em pacientes com câncer colorretal (CCR) em estágio I-III. “Nossos resultados apoiam a noção de que a inflamação sistêmica pode predispor ao aumento do risco de mortalidade por todas as causas em pacientes com CCR”, analisam os autores.

Os resultados de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas estágio I ressecável após lobectomia ou ressecção sublobar foram superiores em comparação com a radioterapia corporal estereotática (SBRT), possivelmente devido à maior recorrência regional após a radioterapia. É o que demonstra estudo de Snider e colegas publicado no periódico Lung Cancer.