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A prescrição de exercícios físicos como parte do tratamento clínico de pacientes com câncer tornou-se importante estratégia no arsenal terapêutico dos principais centros especializados, mas ainda há incertezas quanto ao papel da atividade física regular na modificação de marcadores de estresse oxidativo e antioxidantes. Laerte Leray Guedes (foto) é primeiro autor de revisão que avaliou marcadores de estresse oxidativo e oxidantes em pacientes de câncer que realizam atividade física. Os resultados estão na BMC Cancer.

A infecção persistente provocada pelo papilomavírus humano (HPV) está associada à maioria dos casos de câncer cervical e anal e a uma grande fração de outros cânceres anogenitais e orofaríngeos. Pesquisa com participação do Instituto Nacional de Infectología Evandro Chagas (Fiocruz) tem o objetivo de avaliar as respostas imunes à vacinação contra HPV em crianças e adolescentes vivendo com HIV em países de baixa e médica renda, compreendendo Peru, Brasil e Haiti.

Uma nova pesquisa apresentada na reunião anual da Society of Thoracic Surgeons (STS) de 2025 revela que ressecções pulmonares anatômicas, como lobectomia e segmentectomia, estão associadas a melhor sobrevida a longo prazo em comparação à ressecção em cunha para pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) em estágio inicial.

O escore de GALAD (sexo, idade, α-fetoproteína [AFP] L3, AFP e des-γ carboxiprotrombina) demonstrou ter excelente sensibilidade e especificidade para a detecção do carcinoma hepatocelular (CHC). Estudo de fase III publicado na Gastroenterology mostra resultados da validação do biomarcador, demonstrando que o escore de GALAD melhorou a detecção do CHC dentro de 12 meses antes do diagnóstico real na comparação com AFP.

A gravidez após o diagnóstico de glioma foi associada a menor sobrevida livre de progressão em estudo que considerou cerca de 10 anos de acompanhamento. O tempo médio para a progressão desde o início da gravidez foi de 53,6 meses, como apontam os resultados de Leibetseder et al. publicados no European Journal of Cancer. "Pacientes em idade fértil enfrentam dilemas significativos devido às possíveis interações entre os mecanismos biológicos da gravidez – hormonais e imunológicos – e o crescimento tumoral", observa a oncologista Camilla Yamada (foto), Líder da Neuro-Oncologia da BP- A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Comparada à mastectomia, a cirurgia conservadora da mama garante controle local e sobrevida equivalentes, com menor morbidade e melhor qualidade de vida (QV). Estudo prospectivo de pesquisadores do Hospital de Câncer de Barretos analisou a percepção estética e a QV de mulheres tratadas com cirurgia conservadora. O trabalho tem como primeiro autor o mastologista Idam de Oliveira Júnior (foto), em artigo na Frontiers in Oncology. “Em nosso estudo, identificamos que condições não mamárias podem influenciar a cosmese autorrelatada, pois a parte funcional e a dor podem afetar negativamente a avaliação da paciente”, analisam os autores.

A União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) anunciou a nova campanha global do Dia Mundial do Câncer para o triênio 2025-2027. Com o tema “Unidos pelo Único”, a campanha enfatiza uma mudança fundamental no tratamento contra o câncer e nos sistemas mundiais de saúde, baseada em uma abordagem centrada nas pessoas. O Dia Mundial do Câncer é marcado anualmente no dia 4 de fevereiro.

Em 27 de janeiro, a agência Food and Drug Administration (FDA) dos EUA aprovou trastuzumabe deruxtecana (T-DXd; Enhertu®) como a primeira terapia direcionada a HER2 nos Estados Unidos para pacientes adultos com câncer de mama positivo para receptor hormonal metastático ou irressecável, HER2-low ou HER2-ultralow, de acordo com comunicado à imprensa da fabricante AstraZeneca. O tratamento é indicado para pacientes com progressão da doença após uma ou mais terapias endócrinas no cenário metastático.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Health Action International (HAI) construíram um método validado para pesquisar preços, disponibilidade de medicamentos e acessibilidade em países de baixa e média renda. Artigo de Oldfield et al. no Lancet Global Health apresenta uma análise atualizada das disparidades de acesso usando o método da OMS-HAI em 54 países, comparando os setores público e privado. Os resultados destacam a necessidade urgente de políticas para garantir acesso equitativo aos medicamentos.

Estudo da Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC) e instituições parceiras mostrou que o consumo de alimentos ultraprocessados ​​foi positivamente associado à mortalidade por todas as causas, assim como à mortalidade por doenças circulatórias e cerebrovasculares, doenças cardíacas isquêmicas e doenças digestivas, além da associação com doença de Parkinson. Os achados são do maior estudo conduzido até hoje sobre mortalidade e consumo de alimentos processados ​​e ultraprocessados, publicado no The Lancet Regional Health – Europe.

A ASCO publicou recomendações atualizadas para quimioterapia neoadjuvante e cirurgia citorredutora primária em pacientes com câncer epitelial de ovário, trompa de Falópio ou câncer peritoneal primário em estágio III-IV (câncer epitelial de ovário). O guideline está no Journal of Clinical Oncology (JCO) e são endossadas pela Sociedade Americana de Ginecologia Oncológica. "As diretrizes ressaltam a necessidade de avaliação completa da paciente, incluindo a biologia do tumor, performance status, comorbidades e potencial de citorredução completa, o que só pode ser obtido com a comunicação entre oncologista clínico, cirurgião, patologista e radiologista", observa a oncologista Maria Del Pilar Estevez Diz (foto). 

Os testes de câncer feminino diminuíram globalmente, de acordo com o mais recente Índice Global de Saúde Feminina da Hologic, uma das maiores coleções de dados sobre bem-estar e saúde feminina. Globalmente, apenas 10% das mulheres pesquisadas foram testadas para qualquer tipo de câncer no ano passado, uma queda de dois pontos percentuais em relação aos dois primeiros anos do Índice.

O questionário EORTC QLQ-BR23, publicado em 1996, foi um dos primeiros a avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com câncer de mama. Agora, uma versão atualizada do QLQ-BR42 fornece uma avaliação mais precisa e abrangente do impacto das atuais modalidades de tratamento na qualidade de vida dos pacientes. O trabalho foi publicado na The Breast e tem participação de Rene Alosio da Costa Vieira (foto), do Hospital de Câncer de Barretos.

O estudo de fase II TROPION-Lung05 avaliou a segurança e a atividade clínica de datopotamab deruxtecan em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado/metastático com alterações genômicas acionáveis que ​​progrediram durante ou após a terapia-alvo e à quimioterapia baseada em platina. A elevada taxa global de controle da doença (78,8%) e a duração sustentada da resposta estão entre os principais desfechos de eficácia relatados por Jacob Sands e colegas no Journal of Clinical Oncology (JCO), resultados que suportam o estudo de fase III em andamento.

Baixos níveis de gordura corporal e altos níveis de atividade física são fatores-chave de estilo de vida na prevenção do câncer, mas a interação da obesidade abdominal e atividade física no risco de câncer permanece desconhecida. Estudo de Patrícia Bohmann e colegas explorou associações conjuntas e individuais de circunferência da cintura e atividade física com risco de câncer, com resultados que reforçam o valor das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). “A adesão às diretrizes da OMS para circunferência da cintura e atividade física é essencial para a prevenção do câncer; atender a apenas uma dessas diretrizes é insuficiente”, alertam os autores. A oncologista Ana Luísa Baccarin (foto) analisa os resultados.