ESMO GI: NALIRIFOX no câncer de pâncreas
Zev Wainberg, da Universidade da Califórnia, apresentou os resultados de longo prazo de estudo de Fase I/II indicado como primeiro Late Breaking Abstract da ESMO GI 2020. O estudo avaliou irinotecano lipossomal em combinação com 5- fluorouracil / leucovorina (5-FU / LV) e oxaliplatina (OX) em pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático metastático sem tratamento prévio e definiu a dose para o próximo estudo de Fase III. Duílio Rocha Filho (foto), chefe do Serviço de Oncologia Clínica do Hospital Universitário Walter Cantídio (UFC-CE) e membro da diretoria do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), analisa os resultados.
A segurança e a eficácia de olaparibe (Lynparza®, Astrazeneca) de manutenção em pacientes com câncer de pâncreas metastático com mutação germinativa BRCA1 e/ou BRCA2 é consistente, independentemente da idade. Os dados são da análise de subgrupo do estudo de Fase III POLO apresentada no ESMO GI 2020.
Pesquisadores japoneses apresentaram na ESMO GI 2020 um nomograma prognóstico para pacientes com câncer de pâncreas irressecável tratados com gemcitabina e nab-paclitaxel (GnP) ou FOLFIRINOX (FFX), com base nos resultados de mundo real do estudo multicêntrico NAPOLEON.
A edição virtual da ESMO GI 2020 traz novos resultados de infigratinib em pacientes com colangiocarcinoma avançado ou metastático, em apresentação de Milind Javle, do MD Anderson Cancer Center.
O estudo PanCO apresentou os dados de sobrevida livre de progressão e sobrevida global com o uso de braquiterapia baseada em micropartículas 32P (Oncosil®) em pacientes com câncer de pâncreas previamente tratados com quimioterapia padrão, após follow-up mediano de 16,1 meses. Em apresentação de Paull Ross, de Londres, a ESMO 2020 trouxe dados atualizados deste estudo piloto que reuniu 10 centros participantes, em 3 países – Austrália, Bélgica e Reino Unido.
Rachel Riechelmann (foto), oncologista do AC Camargo Cancer Center, é primeira autora de estudo selecionado para apresentação em poster na ESMO GI. O trabalho foi desenhado para avaliar a eficácia da adição de trastuzumabe biossimilar (Zedora) à quimioterapia padrão em pacientes com câncer gástrico com expressão de HER2+ medida por células tumorais circulantes.
O câncer de vesícula biliar é bastante frequente em certas partes da Índia e embora a oferta de opções de 2ª linha de tratamento tenha aumentado, os dados sobre seu impacto nos resultados clínicos ainda são limitados. Este estudo contou com a participação de pacientes do Tata Memorial Hospital, em Mumbai, e de outros serviços médicos de Nova Delhi, para avaliar dois esquemas de tratamento: a combinação de capecitabina e irinotecano (CAPIRI) e irinotecano como monoterapia nesse cenário terapêutico. "Apesar de relativamente raro no Brasil, o carcinoma de vesícula biliar costuma se apresentar em estádios avançados, onde as opções terapêuticas são relativamente escassas", observa a oncologista Renata D'Alpino (foto), Coordenadora Médica da Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e membro do Conselho Científico do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).
Selecionado para apresentação em pôster no ESMO GI 2020, estudo realizado por pesquisadores da UNIFESP analisou a relação neutrófilos/linfócitos como preditor de mortalidade em pacientes com câncer de pâncreas localmente avançado ou metastático. “Também avaliamos o valor preditivo de outros fatores de risco epidemiológico como obesidade, tabagismo, uso de metformina e CA19-9”, esclarecem os autores. A oncologista Francine Luiz (foto) é a primeira autora do trabalho.
De 1º a 4 de julho, a ESMO GI 2020 apresenta o que há de novo na pesquisa do câncer gastrointestinal, com protagonismo dos principais centros de câncer da Europa. Com a pandemia do novo coronavírus, a 22ª edição da ESMO GI se apresenta como uma experiência virtual, em ano que reúne mais de 450 abstracts, em 90 sessões científicas.
O oncologista Vladimir Galvão (foto), pesquisador do Early Clinical Drug Development Group no Instituto de Oncologia do Hospital Vall d’Hebron, em Barcelona, é primeiro autor de estudo de coorte que avaliou a quimioterapia de resgate após imunoterapia em pacientes com tumores sólidos refratários. O trabalho foi selecionado para apresentação em pôster no ESMO 2020 (1068P).