Onconews - ASCO 2022 - Page #5

ASCO 2022

gustavo nader marta bxO desescalonamento da dose total da radioterapia (60Gy ao invés de 70Gy) está associada a resultados de sobrevida favoráveis ​​e menos toxicidades relacionadas ao tratamento para pacientes com carcinoma de nasofaringe estádio III de baixo risco sensíveis à quimioterapia de indução. Os resultados são do estudo selecionado para apresentação em Sessão Oral de Câncer de Cabeça e Pescoço no ASCO 2022. Gustavo Nader Marta (foto), radio-oncologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, comenta os resultados.

rim2Pacientes submetidos à ressecção de carcinoma de células renais com intenção curativa permanecem em risco de recidiva da doença. Estudo randomizado de Fase III destacado em sessão oral no ASCO 2022 buscou determinar o efeito do tratamento adjuvante com o inibidor de mTOR everolimus nessa população. Os resultados mostram que everolimus adjuvante melhorou a sobrevida livre de recorrência após nefrectomia, mas não atingiu significância estatística.

perini 21 bxNa oncohematologia, dados de brentuximabe-vedotina como primeira linha em pacientes com linfoma de Hodgkin clássico (LHc) estágio III/IV foram selecionados na sessão oral do ASCO 2022, em análise de 6 anos de acompanhamento do ensaio ECHELON-1. Os resultados corroboram o benefício de longo prazo, com redução estatisticamente significativa de 41% no risco de morte. O oncohematologista Guilherme Perini (foto), hematologista no Hospital Israelita Albert Einstein e coordenador da Hematologia do Grupo Américas, comenta os resultados.

pulmao 2020 3 bxDestacada em sessão oral na oncologia torácica, em apresentação de Erica C. Nakajima, análise agrupada que envolveu 12 ensaios clínicos avaliou inibidores de checkpoint imune (ICI) como primeira linha de tratamento com ou sem quimioterapia em ​​pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP). Os pesquisadores consideraram taxa de resposta objetiva (ORR) e sobrevida global (OS, do inglês overall survival), de acordo com o status KRAS (mutado, G12C ou tipo selvagem). As pesquisas de subgrupo utilizaram o modelo Cox estratificado por status KRAS e status PD-L1 (Positivo - escore positivo combinado CPS) ≥ Negativo (CPS1), Alto (CPS≥50), Baixo (CPS< 50)).

marcelo negrao 21 bxO agente experimental adagrasib apresentou resultados iniciais no ASCO 2022, demonstrando atividade e segurança no tratamento de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) com mutação KRASG12C. O estudo teve publicação simultânea na New England Journal of Medicine (NEJM), em artigo com participação do oncologista brasileiro Marcelo Vailati Negrão (foto), do MD Anderson Cancer Center.

otavio baiocchi 22Estudo de mundo real mostra resultados de axi-cel por raça e etnia entre pacientes com linfoma de grandes células B (LBCL). Entre outros achados, o trabalho revela que pacientes afro-americanos tratados com axi-cel tiveram menor taxa de resposta versus brancos. “Dados de  vida real de pacientes com LDGCB recidivado e refratário tratados com a terapia  axi-cel são claramente uma necessidade não atendida e extremamente importantes”, avalia o oncohematologista Otávio Baiocchi (foto), professor associado da UNIFESP e diretor de hematologia e oncohematologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

teich wikipedia 22Apresentação do ex-Ministro da Saúde Nelson Teich (foto) é um dos destaques do programa do ASCO 2022, em sessão educacional dedicada a debater os desafios globais para implementação e acesso à oncologia de precisão. Nesta análise, Teich reflete a perspectiva do gestor de saúde acerca das barreiras para a oncologia personalizada.

thamara asco20 bxA população do estado da Bahia apresenta um perfil mutacional peculiar, contendo mutações pouco frequentes em outras regiões do país, e apesar de ser uma população com alta ascendência africana, a maioria das mutações são de origem europeia. É o que mostra estudo brasileiro aceito no programa do ASCO 2022, em análise que tem como primeira autora a oncologista Thamara M. Ferreira (foto).

paciente idosa 20 bxO benefício da quimioterapia adjuvante (QT) em adição à terapia endócrina (TE) permanece controverso para pacientes com idade ≥ 70 anos com câncer de mama positivo para receptores de estrogênio (ER+) HER2-negativo (HER2-). Neste grande estudo de Fase III destacado no ASCO 2022, pesquisadores da Unicancer avaliaram o índice de grau genômico do tumor (GGI) em todos os pacientes e, em seguida, de pacientes randomizados com alto GGI tratados com QT + ET versus ET isoladamente. Os resultados mostram que não houve aumento significativo de SG com adição de QT à TE como estratégia adjuvante em pacientes com alto GGI.