Os highlights de cabeça e pescoço
Os destaques em tumores de cabeça e pescoço apresentados no Congresso ESMO 2019 estão na análise de Thiago Bueno e William William, oncologistas do Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP). Assista.
Os destaques em tumores de cabeça e pescoço apresentados no Congresso ESMO 2019 estão na análise de Thiago Bueno e William William, oncologistas do Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP). Assista.
Ana Gelatti, Gilberto Castro e Fernando Santini, do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT), comentam os estudos que marcaram o programa científico da oncologia torácica na ESMO 2019, em edição que traz novas promessas e perspectivas
Apresentado na ESMO 2019 por Maha Hussain (foto), da Universidade de Chicago, o ensaio PROfound demonstrou que olaparibe atrasou a progressão do câncer em cerca de quatro meses na comparação com os novos agentes hormonais (enzalutamida ou acetato de abiraterona) em pacientes com câncer de próstata metastático previamente tratados e com tumores que apresentam falha nos principais genes de reparo do DNA. Resultados preliminares indicam que o tratamento também prolongou a sobrevida global em mais de três meses.
Apresentado na ESMO 2019, o ensaio PROMISE-meso comparou os efeitos da imunoterapia com pembrolizumabe ao padrão de quimioterapia em pacientes com mesotelioma recidivado durante ou após o tratamento de primeira linha. O estudo não alcançou o endpoint primário de sobrevida livre de progressão.
O estudo IMvigor130 é o primeiro a testar a combinação de quimioterapia e imunoterapia em pacientes com câncer urotelial elegíveis e inelegíveis para quimioterapia. Os resultados foram apresentados na ESMO 2019 e abrem novas perspectivas terapêuticas. “Esta é uma nova opção para o tratamento inicial de pacientes com câncer urotelial metastático”, disse o autor do estudo, Enrique Grande (foto), do MD Anderson Cancer Center.
Novos dados mostraram pela primeira vez que uma terapia-alvo direcionada à mutação do isocitrato desidrogenase 1 (IDH1) pode melhorar os resultados de pacientes com colangiocarcinoma avançado, um subtipo de câncer do ducto biliar com comportamento agressivo e mau prognóstico, que apesar da baixa incidência ainda representa uma necessidade médica não atendida. Os dados apresentados na ESMO 2019 por Ghassan Abou-Alfa (foto), do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, são os primeiros a mostrar benefício clínico de uma terapia-alvo no tratamento do colangiocarcinoma.
Maysa Vilbert (foto) é primeira autora de estudo de mundo real apresentado na ESMO 2019, comparando o impacto da capecitabina adjuvante em mulheres com câncer de mama triplo-negativo de alto risco após quimioterapia neoadjuvante.
O oncologista Frederico Costa (foto), do Hospital Sírio Libanês em São Paulo, apresentou na ESMO estudo que avaliou a exposição de pacientes com hepatocarcinoma avançado à campos eletromagnéticos de radiofrequência modulada de baixa amplitude (EMF - electromagnetic fields).
Um número crescente de pacientes com câncer de pulmão avançado poderá se beneficiar da chamada biópsia líquida para ajudar a decidir o tratamento mais adequado. É o que reforçam os dados do estudo BFAST apresentados no Congresso ESMO 2019 (LBA81_PR).
Rachel Riechelmann, do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), analisa o que foi destaque na sessão oral de Tumores Neuroendócrinos da ESMO 2019. Em pauta, o estudo de Fase III SANET-ep, que avalia o agente surufatinib em TNE avançado e atingiu seu principal endpoint de sobrevida livre de progressão. Na sessão de pôster, a especialista sublinha o trabalho latinoamericano com participação brasileira que discutiu infecções oportunísticas em pacientes com TNE tratados com everolimus. Assista em vídeo, na TV Onconews.
Os oncologistas Angélica Nogueira-Rodrigues, do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos, e Miguel Abreu, do Instituto Português de Oncologia do Porto, analisam os avanços da oncoginecologia, discutindo semelhanças e diferenças entre os contextos brasileiro e português para a incorporação dos novos avanços. “Temos uma mutação fundadora típica dos portugueses e específica no gene BRCA 2”, diz Abreu, que alerta para a importância de pesquisar a mutação nos brasileiros com ancestralidade portuguesa. Acompanhe na TV Onconews.