LuPSMA no câncer de próstata
Estudo de Fase II apontado entre os destaques do ASCO-GU 2019 apresenta dados atualizados de lutécio-177 (177Lu)-PSMA-617 (LuPSMA) em pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração. LuPSMA é uma molécula radiomarcada que se liga com alta afinidade ao antígeno de membrana específico da próstata (PSMA), possibilitando a entrega direcionada da radiação (Abstract 228).
Afroamericanos têm maior mortalidade por câncer de próstata metastático resistente a castração (mCPRC) comparados aos caucasianos, mas podem ter melhor resposta ao tratamento com abiraterona ou enzalutamida. É o que mostram resultados de estudo que promete concentrar as atenções no ASCO GU 2019, em apresentação de Megan McNamara, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Duke, Carolina do Norte.
Estudo de fase II/III apresentado no ASCO GI 2019 demonstrou benefícios significativos da quimioterapia neoadjuvante (gencitabina e a combinação oral de fluoropirimidina de tegafur/gimeracil/oteracil), com ganho de sobrevida global em comparação com cirurgia upfront no tratamento de pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático ressecável confirmado histologicamente.
Durante a sessão de pôster do San Antonio Breast Cancer Symposium (SABCS18), a oncologista Sabrina Chagas (foto), médica do Grupo Oncoclínicas, apresentou um estudo que avaliou a importância do apoio social e da autoestima na qualidade de vida de pacientes com câncer de mama.
O oncologista Virgílio Souza e Silva, do A.C.Camargo Cancer Center, comenta os estudos em tumores colorretais que concentraram as atenções no ASCO GI 2019, realizado em San Francisco de 17 e 19 de janeiro.
Estudo de fase II apresentado no ASCO GI 2019 avaliou a eficácia e segurança do tratamento em primeira linha do adenocarcinoma esofagogástrico metastático HER2-positivo com a combinação de pembrolizumabe, trastuzumabe, capecitabina e oxaliplatina. “Apesar de ser um estudo pequeno e sem impacto imediato na prática clínica, os dados são muito provocadores”, avalia o oncologista Duílio Reis da Rocha Filho (foto), chefe do serviço de oncologia clínica do Hospital Universitário Walter Cantídio, da Universidade Federal do Ceará, e consultor científico do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).
Estudo brasileiro selecionado para a sessão de pôster do ASCO GI 2019 buscou avaliar a eficácia do retratamento anti-EGFR (TRECC) no câncer colorretal metastático. Os resultados sugerem que a estratégia pode ser considerada em pacientes selecionados. Os dados foram apresentados no sábado, 19 de janeiro, por Amanda Karani (foto), residente do A.C.Camargo Cancer Center.
Quimioterapia intraperitoneal hipertermia (HIPEC) adjuvante com oxaliplatina parece não melhorar a sobrevivência livre de metástases peritoneais, segundo dados preliminares do estudo multicêntrico holandês COLOPEC1, apresentados em sessão oral sábado, 19 de janeiro, durante o ASCO GI 2019. “Estes resultados negativos se alinham aos inesperados achados dos estudos franceses PROPHYLOCHIP2 (NTC01226394) e PRODIGE 73 (NCT00769405) apresentados na ASCO 2018, que em conjunto têm servido para desfavorecer a utilização de HIPEC no cenário do câncer colorretal”, observou Thales P. Batista (foto), cirurgião oncológico do Real Instituto de Cirurgia Oncológica (RICO/RHP) e membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).
A quimioterapia adjuvante pós-operatória com S-1/oxaliplatina (SOX) não se mostrou superior a UFT/leucovorina (LV) na sobrevida livre de doença (DFS) em pacientes com câncer de cólon estádio III de alto risco. No entanto, o regime à base de oxaliplatina pareceu mais eficaz na doença avançada, como o estádio IIIC e N2b. Os resultados do estudo ACTS-CC 02 serão apresentados sábado, 19 de janeiro, no ASCO GI 2019.
Estudo brasileiro que será apresentado no 2019 Gastrointestinal Cancers Symposium discute o perfil de pacientes muito idosos (> 80 anos) com malignidades gastrointestinais, destacando oportunidades para melhorar o tratamento nessa população. O estudo tem a participação do oncologista Paulo Hoff e como primeira autora Marcela Crosara Alves Teixeira, oncologista do Sírio-Libanês Brasília.
O estudo de fase III KEYNOTE-181 apresentado no ASCO GI 2019 mostrou que pembrolizumabe no tratamento de segunda linha do câncer de esôfago avançado com PD-L1 CPS ≥10 melhorou significativamente a sobrevida global, levando a uma redução de 31% no risco de morte em comparação com a quimioterapia (paclitaxel, docetaxel ou irinotecano), com um perfil de segurança mais favorável”, afirmou o oncologista Virgílio Souza e Silva (foto), do A.C.Camargo Cancer Center.