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Estudo publicado no Cancer Epidemiology Biomarkers & Prevention examinou as associações diretas do uso de cannabis, álcool e o uso conjunto de ambas as substâncias com fatores de risco cardiometabólicos em sobreviventes de câncer, explorando as disparidades por raça/etnia e sexo. “Sobreviventes de câncer apresentam risco aumentado de comorbidades cardiometabólicas após o tratamento do câncer, que podem ser ainda mais exacerbadas pelo uso de cannabis e álcool”, destacam os autores.

O estudo OPERA demonstrou que um reforço de 50 kV de braquiterapia por raios X de contato associada à quimiorradioterapia neoadjuvante pode aumentar a taxa de preservação do órgão em pacientes com adenocarcinoma do reto médio-baixo com doença inicial. Agora, dados de longo prazo confirmam o benefício, demonstrando que a taxa de preservação do órgão em 5 anos foi altamente significativa em favor do braço tratado com reforço de braquiterapia de raios X de contato versus reforço de radioterapia de feixe externo: 56% vs 79% (p=0,004).

Mudanças climáticas, poluição e perda de biodiversidade são questões centrais do nosso tempo. Editorial de Lynch et al. no JCO Oncology Practice analisa o significado dessa tripla crise planetária  para os pacientes de câncer e para os profissionais de saúde envolvidos na pesquisa e assistência. “Analogamente ao tratamento do câncer, quanto maior e mais diversa for a comunidade envolvida na integração da sustentabilidade, maiores serão seus benefícios”, argumentam os autores.

Revisão sistemática e meta-análise avaliando a eficácia e a segurança dos inibidores de PD-1/PD-L1 no carcinoma de células de Merkel  (MCC) revela que pacientes com MCC tratados com bloqueio de PD-1/PD-L1 apresentaram respostas duráveis, ​​com desfechos de sobrevida contínuos e clinicamente significativos. Os resultados estão na BMC Cancer, em artigo que tem como primeiro autor o pesquisador Francisco Cezar Aquino de Moraes (foto), da Universidade Federal do Pará.

Análise post hoc do estudo PAOLA-1/ENGOT-ov25 (NCT02477644) avaliou a eficácia da primeira terapia subsequente em pacientes com câncer de ovário avançado que receberam manutenção de primeira linha com olaparibe. Os resultados publicados no Annals of Oncology sugerem que o momento da progressão da doença pode impactar a eficácia da quimioterapia à base de platina subsequente.

A análise primária do estudo dinamarquês DBCG 07-READ relatado em 2017 forneceu evidências de nenhum benefício no uso adjuvante de antraciclinas em pacientes com câncer de mama inicial TOP2A normal em relação à sobrevida livre de doença (SLD), sobrevida livre de doença distante (SLDD) ou sobrevida global (SG). Análise atualizada com 10 anos de acompanhamento contraria os resultados iniciais e mostra benefícios marginais nos desfechos avaliados, mas às custas do risco duas vezes maior de insuficiência cardíaca.

Estudo de coorte demonstrou que mesmo após contabilizar os sintomas e doenças relacionados à idade, o tratamento do câncer de próstata foi significativamente associado a taxas mais altas de complicações 12 anos após o tratamento. “Essas descobertas destacam a importância do aconselhamento ao paciente e fornecem uma justificativa para buscar oportunidades de prevenção do câncer”, avaliam os pesquisadores. Os resultados foram publicados no JAMA Oncology.

Revisão de escopo de ensaios clínicos randomizados envolvendo abordagens pré-habilitativas ou reabilitativas como atividade física, dieta e intervenções de apoio psicológico demonstrou que a maioria das intervenções avaliadas conferiu melhorias estatisticamente significativas na qualidade de vida de pacientes com câncer de bexiga, sobreviventes e cuidadores. Os resultados foram publicados na Cancer.

Existem diferenças na oferta de tratamento em pacientes com recorrência do adenocarcinoma ductal pancreático que receberam acompanhamento sintomático versus exames de imagem de rotina após ressecção pancreática? Estudo prospectivo internacional que contou com mais de 30 centros participantes mostra que sim, indicando que exames de imagem no acompanhamento pós cirúrgico foram associados a tratamentos com foco na recorrência e na sobrevida global prolongada.

Cerca de 40% dos casos de câncer de mama com receptor hormonal positivo (RH+) em mulheres na pós-menopausa estão relacionados ao excesso de gordura corporal, como aponta pesquisa publicada no Journal of Epidemiology & Community Health. O trabalho destaca a importância de considerar medidas mais precisas de gordura corporal do que o IMC para estimar a carga do câncer atribuível à obesidade e pode influenciar estratégias de prevenção.

Estudo que usou dados populacionais de 185 países e territórios em todo o mundo para descrever a epidemiologia de 36 tipos de câncer em 2022 e as projeções para 2050 revela que a incidência e mortalidade por câncer devem triplicar em países com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nos próximos 30 anos, em comparação com aumento de 41,7% na incidência de novos casos e de 56,8% na taxa de mortalidade por câncer em países com alto IDH. “Esses resultados sugerem que melhorar os sistemas de saúde para prevenção, diagnóstico precoce, gestão e tratamento do câncer é vital para abordar as disparidades existentes e desacelerar as tendências projetadas”, analisam os autores.

Estudo publicado na Nature Microbiology realizou uma análise epidemiológica observacional da incidência de papilomavírus humano (HPV) oral em 3.137 homens nos Estados Unidos, México e Brasil entre 2005 e 2009. Os resultados demonstram a frequência com que novas infecções orais por HPV ocorrem, os fatores que influenciam e as variações regionais nas taxas de infecção. “Os resultados derivam de um estudo epidemiológico prospectivo conhecido por estudo HIM (“HPV IN MEN”), sob a liderança de Anna Giuliano do Moffitt Cancer Center (Tampa FL, USA), onde o Brasil teve importante papel”, diz a pesquisadora brasileira Luísa Lina Villa (foto), chefe do laboratório de Inovação em Câncer do Centro de Investigação Translacional em Oncologia do ICESP e docente da Faculdade de Medicina da USP.

André Salem Szklo (foto), da Unidade de Controle do Tabaco do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é o primeiro autor de artigo publicado no boletim da Organização Mundial de Saúde,  que alerta para barreiras que ainda desafiam o cumprimento das leis antitabaco. Szklo e colegas destacam que “a proibição da venda de cigarros avulsos, a regulamentação de pontos de venda no varejo e a proibição estrita da venda de produtos de tabaco a menores de 18 anos continua sendo um obstáculo significativo para reduzir a proporção de fumantes adolescentes, estimada em quase 7% em 2019”.

O programa on-line do 47º San Antonio Breast Cancer Symposium  já está disponível. O encontro acontece de 10 a 13 de dezembro no Henry B. Gonzalez Convention Center, em San Antonio, Texas, com a expectativa de reunir cerca de 10 mil participantes de mais de 102 países. Destaque na agenda da oncologia mamária, o simpósio reúne especialistas em pesquisa clínica, translacional e básica, apresentações selecionadas de slides e pôsteres, fóruns e discussões de casos.  Entre os brasileiros, nomes como Antonio Wolff, Camila dos Santos (foto), Carolina Panis e o residente do ICESP Gabriel Polho estão confirmados no programa científico.

Estudo de coorte prospectivo avaliou a associação entre o Escore Prognóstico de Glasgow e fragilidade, declínio funcional e declínio da qualidade de vida relacionada à saúde como indicadores de problemas de saúde em pacientes idosos com câncer. “A adição de Escore Prognóstico de Glasgow aos preditores clínicos mostrou uma predição de mortalidade numericamente superior nesta coorte de pacientes mais velhos com câncer, embora não estatisticamente significativa”, destacaram os autores. O estudo foi publicado no Journal of Geriatric Oncology.

Pesquisadores da George Washington University e do Washington DC Veterans Affairs Medical Center publicaram um relato de caso que pode representar uma quebra de paradigma no tratamento do câncer de próstata metastático resistente à castração. "Este caso destaca o potencial promissor de trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) no tratamento de pacientes com câncer de próstata, particularmente em formas agressivas", disse Maneesh Jain (foto), pesquisador sênior do artigo publicado 5 de novembro no Annals of Internal Medicine, em trabalho que marca o primeiro caso conhecido de T-DXd no câncer de próstata avançado.