Teste genômico em pacientes com câncer de mama inicial, uma experiência no SUS
O mastologista André Mattar (foto) é primeiro autor de estudo brasileiro publicado 28 de junho no JCO Global Oncology, com dados que mostram o impacto do teste de 21 genes nas decisões de tratamento de pacientes com câncer de mama inicial tratadas em duas instituições públicas de saúde.
Pesquisadores do International Mismatch Repair Consortium buscaram estimar a variação na penetrância para câncer colorretal de genes de reparo de DNA (mismatch repair) entre portadores da síndrome de Lynch por sexo e continente de residência. O estudo foi publicado na Lancet, em artigo que conta com a participação de 4 centros brasileiros. Os oncologistas Edenir Inêz Palmero e Rodrigo Guindalini (foto) são coautores do trabalho.
Na Ásia, a quimioterapia adjuvante após gastrectomia D2 é padrão de tratamento no câncer gástrico localmente avançado ressecável (LAGC). Agora, pesquisadores do estudo de fase III PRODIGY reportam no Journal of Clinical Oncology resultados mostrando benefício de docetaxel neoadjuvante, oxaliplatina e S-1 (DOS) seguido de cirurgia e S-1 adjuvante nessa população de pacientes. “Este estudo reforça o papel de intensificar o tratamento no cenário de doença localizada”, avalia Tiago Biachi (foto), oncologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Antonio Braga (foto), pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Federal Fluminense, é primeiro autor de estudo realizado em três centros de referência no tratamento de neoplasia trofoblástica gestacional (NTG) no Reino Unido, Brasil e Estados Unidos. “O objetivo desse estudo foi identificar fatores preditivos de resistência à terapia de agente único para tratamento da NTG para informar os médicos sobre quais pacientes com escore de risco da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) de 5 ou 6 podem se beneficiar da quimioterapia multiagente inicial”, destacam os autores, em artigo publicado 25 de junho no Lancet Oncology.
Mark M. Awad (foto), do Dana-Farber Cancer Institute, é primeiro autor de artigo que discute a resistência adquirida ao inibidor de KRAS G12C adagrasib em pacientes de câncer. Os resultados reportados na NEJM mostram que diversos mecanismos genômicos e histológicos conferem resistência aos inibidores covalentes KRASG12C, indicando que novas estratégias terapêuticas são necessárias para atrasar e superar essa resistência no tratamento do câncer.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou tepotinibe (Tepmetko®, Merck S/A) para o tratamento de pacientes com com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) e mutação MET (METex14). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União1 (DOU) no dia 28 de junho. A aprovação é baseada nos resultados do estudo de Fase II VISION, publicado no New England Journal of Medicine2.
O oncologista Virgilio Souza (foto), médico do A.C.Camargo Cancer Center, é o primeiro autor de estudo que buscou avaliar a ausência da expressão do homólogo B de RAD23 (RAD23B) e da timidilato sintase (TYMS) em células tumorais circulantes (CTCs) e sua relação com a resposta patológica completa à quimiorradioterapia neoadjuvante em pacientes com câncer de reto localmente avançado. O artigo foi publicado no periódico Cells, como parte da edição especial ‘Circulating Tumor Cells: Finding Rare Events for A Huge Knowledge of Cancer Dissemination’.
Estudo publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO) mostrou que cerca de metade das pessoas com mutações hereditárias têm alterações genéticas acionáveis com drogas aprovadas ou em investigação. “Em nossa análise, 8% dos pacientes com câncer avançado abrigavam uma variante da linhagem germinativa com ação terapêutica, e 40% desses pacientes receberam tratamento direcionado”, destaca a oncologista Zsofia Stadler (foto), diretora do Serviço de Genética Clínica do Memorial Sloan Kettering Cancer Center e autora principal do artigo.
Estudo que analisou a taxa de subestimação histológica e a taxa de resultados positivos de biópsia de linfonodo sentinela em pacientes com diagnóstico de carcinoma ductal in situ (CDIS) em um hospital público brasileiro reportou resultados na Dove Med, em artigo de Rafael da Silva Sá e colegas, que tem como autor sênior o mastologista Afonso Celso Pinto Nazário (foto), da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o dicloridrato de capmatinibe monoidratado (Tabrecta®, Novartis) no tratamento de primeira ou segunda linha de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas com mutação MET. Publicado no Diário Oficial da União (DOU)1 dia 07 de junho, a aprovação é baseada nos resultados do estudo de fase II GEOMETRY.
Análise que revisou sistematicamente dados de quase 700 mil indivíduos adultos mostra que o diabetes foi positivamente associado ao risco de câncer colorretal e inversamente associado ao risco de câncer de próstata em europeus e americanos mais velhos. Os resultados estão em artigo de Freisling et al. no British Journal of Cancer.
Estudo duplo-cego randomizado de Fase III (STELLA) demonstrou a eficácia, segurança e imunogenicidade do bevacizumabe biossimilar (MB02) na comparação com bevacizumabe de referência (Avastin®; EU-bevacizumabe), ambos em combinação com quimioterapia no tratamento de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado. Os resultados foram reportados por Trukhin et al., na BioDrugs, e mostram que bevacizumabe biossimilar cumpriu todos os critérios exigidos pelas principais autoridades regulatórias internacionais, demonstrando equivalência de eficácia clínica com o agente de referência e perfil de segurança comparável.