Bernardo Garicochea e Ana Carolina Gouvea discutem alguns dos destaques de oncogenética do SABCS, entre eles o estudo CARRIERS, apresentado por Fergus Couch, da Mayo Clinic. O estudo discutiu estimativas de risco de câncer de mama com base no sequenciamento de genes de predisposição em 19.228 pacientes com câncer de mama e em 20.211 controles. Os resultados mostram que 4,3% das mulheres têm mutações germinativas. Quando se considera a população abaixo de 50 anos, mais de 7% das mulheres apresentaram mutação em um desses genes. “É um número que impressiona, porque uma em cada 20 mulheres seria portadora de uma mutação germinativa”. Assista.
Em vídeo gravado na 41ª edição do San Antonio Breast Cancer Symposium, Daniela Rosa, presidente do GBECAM, discute os dados do estudo KATHERINE com o oncologista Max Mano, um dos autores deste ensaio de fase III que avaliou o uso de trastuzumabe entansina (T-DM1) em pacientes com câncer de mama HER2+ invasor com doença residual após quimioterapia neoadjuvante. Assista.
Os dados do ensaio NRG (NSABP B-39 / RTOG 0413) apresentados no San Antonio Breast Cancer Symposium indicam que as taxas de risco de recorrência do câncer de mama ipsilateral 10 anos após o tratamento são discretamente maiores em mulheres submetidas à irradiação parcial acelerada da mama (PBI, da sigla em inglês) após lumpectomia, em comparação com aquelas tratadas com irradiação de toda a mama (WBI, da sigla em inglês). Os resultados foram apresentados por Frank Vicini (foto), diretor do Instituto de Radioterapia em Pontiac, Michigan, e um dos autores do estudo.
Trastuzumabe entansina (T-DM1) adjuvante melhora a sobrevida livre de doença invasiva (IDFS) em pacientes com câncer de mama precoce HER2-positivo com doença residual invasiva na cirurgia após neoadjuvância com quimioterapia e trastuzumabe. Os dados do estudo fase III KATHERINE foram apresentados no 2018 San Antonio Breast Cancer Symposium (SABCS 2018) por Charles Geyer Jr., professor na Virginia Commonwealth University, e publicados simultaneamente no New England Journal of Medicine. O estudo contou com a participação do oncologista brasileiro Max Mano (foto).
O tratamento adjuvante do câncer de mama triplo-negativo em estágio inicial com o agente quimioterápico capecitabina não melhorou significativamente a sobrevida global ou a sobrevida livre de doença em comparação com a observação. Os dados do estudo randomizado de fase III GEICAM/CIBOMA foram apresentados no 2018 San Antonio Breast Cancer Symposium por Miguel Martín (foto), professor e chefe do Serviço de Oncologia Médica do Hospital Gregorio Marañón, Universidad Complutense, em Madri, Espanha. O trabalho contou com a participação de especialistas brasileiros.
Pacientes com câncer de mama triplo-negativo que adiaram o início da quimioterapia adjuvante por mais de 30 dias após a cirurgia apresentaram risco significativamente maior de recidiva da doença e morte em comparação àqueles que iniciaram o tratamento nos primeiros 30 dias após a cirurgia. Os resultados do estudo retrospectivo foram apresentados no 2018 San Antonio Breast Cancer Symposium por Zaida Morante (foto), oncologista do Instituto Nacional de Enfermedeiras Neoplásicas, em Lima, Peru.
O estudo CheckMate-142 avaliou pacientes pré-tratados com câncer colorretal metastático com deficiência no mismatch repair e alta instabilidade de microssatélites (dMMR/MSI-H) e demonstrou maior benefício clínico e segurança manejável da combinação nivolumabe + Ipilimumabe em comparação com nivo em monoterapia.
Apresentado no 2018 Gastrointestinal Cancers Symposium (ASCO GI), o SCOT foi o primeiro estudo a mostrar que os pacientes não selecionados com tumores colorretais do lado direito tiveram uma sobrevida livre de doença (DFS) pior em comparação com os tumores do lado esquerdo. Além de avaliar a influência da lateralidade na sobrevida livre de doença, os autores também verificaram seu impacto na comparação 3 vs. 6 meses. Os resultados do SCOT sugerem que o lado do tumor não afeta a comparação de 3 vs. 6 meses.
Estudo randomizado de fase II avaliou a eficácia e segurança da sequência terapêutica de regorafenibe seguido de cetuximabe em comparação com a ordem inversa de tratamento em pacientes com câncer colorretal metastático. Os resultados do primeiro estudo randomizado a comparar as duas sequências terapêuticas foram apresentados no 2018 Gastrointestinal Cancers Symposium (ASCO GI) e sugerem que regorafenibe seguido de cetuximabe é a sequência preferida.
Estudo duplo cego, global, de fase III apresentado no 2018 Gastrointestinal Cancers Symposium (ASCO GI) demonstrou que o inibidor de MET, VEGFR e AXL cabozantinibe melhorou significativamente a sobrevida global e sobrevida livre de progressão em comparação com placebo em pacientes carcinoma hepatocelular avançado (CHC) previamente tratados.