Vídeo: pesquisa translacional na ESMO 2018
André Murad discute os destaques da sessão de pesquisa translacional da ESMO 2018, com novos resultados da chamada biópsia líquida. A análise do ATLAS (Plasma cell-free DNA (cfDNA) assays for early multi-cancer detection: the Circulating Cell-Free Genome Atlas (CCGA) study) está entre os highlights, assim como trabalhos que ilustram diferentes aplicações do DNA tumoral circulante (Pan-cancer assessment of BRCA1/2 genomic alterations (GAs) by comprehensive genomic profiling (CGP) of tissue and circulating tumor DNA (ctDNA)). Assista.
A imunoterapia melhora a sobrevida em alguns pacientes com câncer de mama metastático triplo negativo, de acordo com os resultados do estudo IMpassion130 apresentado sábado, 20, no Simpósio Presidencial da ESMO 2018. “São resultados que vão mudar nossa forma de tratar a doença triplo-negativa”, disse Peter Schmid (foto), primeiro autor do estudo e diretor clínico do Centro de Câncer de Mama de St. Bartholomew, líder do Centro de Medicina Experimental da Universidade Queen Mary, em Londres. Os dados foram publicados simultaneamente na
Terapias endócrinas são a base do tratamento para pacientes com câncer de mama receptor hormonal positivo, mas a resistência à terapia endócrina é frequente, levando à progressão ou recorrência da doença. Estudo apresentado no Simpósio Presidencial da ESMO 2018 no sábado, 20, mostrou os primeiros resultados da terapia epigenética com inibidor de histona deacetilase (HDAC) em pacientes com câncer de mama avançado receptor hormonal positivo.
Estudo apresentado no ESMO 2018 forneceu novos dados indicando que o tratamento com inibidores de checkpoint imune é viável em pacientes com câncer HIV positivos. Atualmente, o câncer é uma das principais causas de mortalidade nesta população.
Em mulheres jovens, a quimioterapia adjuvante no tratamento do câncer de mama é conhecida pelo potencial de afetar a fertilidade. Muitos trabalhos estão em andamento discutindo a preservação da fertilidade, mas qual a real necessidade? É o que analisa estudo retrospectivo apresentado na ESMO 2018. Os resultados mostram que o diagnóstico e o tratamento do câncer também afetam o desejo da paciente pela gravidez.
Oncologistas querem mais educação sobre biossimilares, aponta pesquisa realizada pela ESMO. Relatório do IQVIA Institute for Human Data Science mostra que os gastos da União Europeia com o tratamento do câncer ultrapassaram 24 bilhões de euros em 2016, sendo os medicamentos biológicos responsáveis por quase 40% das despesas. Estima-se que a introdução de biossimilares para os três principais medicamentos oncológicos permita economizar até 2 bilhões de euros em toda a Europa somente em 2021.
Quase uma em cada seis mulheres pré-menopáusicas em tratamento para câncer de mama em estágio inicial não adere adequadamente à terapia hormonal com tamoxifeno após um ano de tratamento, colocando-se potencialmente em maior risco de recorrência. Os dados são de estudo prospectivo francês apresentado na ESMO 2018.
Mulheres com câncer de mama inicial HER2-positivo com tumores pequenos têm sobrevida livre de doença semelhante com nove semanas de tratamento com trastuzumabe adjuvante comparadas com aquelas tratadas por um ano, com menor risco de toxicidade cardíaca. Os dados são de uma análise de subgrupo do estudo Short-HER apresentada na ESMO 2018, em Munique. Um segundo estudo também mostra que o tratamento de seis meses com trastuzumabe adjuvante foi custo-efetivo, com uma economia média de aproximadamente 11.300 euros por paciente comparado ao tratamento com o padrão de 12 meses.
Alguns países europeus demoram mais que o dobro do tempo que outros para avaliar tecnologias de saúde e prover a incorporação e reembolso de novos medicamentos contra o câncer após sua aprovação pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA). O tempo médio de decisão é superior a um ano em alguns países, como aponta estudo apresentado na ESMO 2018. Kerstin Vokinger (foto), pesquisadora do Hospital Universitário de Zurique e coautora do estudo, comenta os achados do trabalho.
Mulheres parecem mais propensas que os homens a uma gama mais ampla de efeitos colaterais da quimioterapia no tratamento de primeira linha em câncer esofagogástrico. É o que aponta uma análise combinada apresentada no Congresso ESMO 2018, a partir de dados agrupados de quatro estudos clínicos randomizados.