Promessas no colangiocarcinoma
Alterações no receptor do fator de crescimento de fibroblastos (FGFR) estão implicadas no colangiocarcinoma. A ESMO 2019 apresentou resultados de pemigatinibe, um inibidor seletivo de FGFR1, 2 e 3 que mostrou eficácia e segurança em pacientes com colangiocarcinoma. Os dados do estudo FIGHT-202 foram apresentados por Arndt Vogel (foto), professor de oncologia gastrointestinal na Hannover Medical School, Alemanha.
A ESMO 2019 apresentou os resultados da análise interina do ensaio IMpower 110, com dados de sobrevida global do anti PD-L1 atezolizumabe como agente de primeira linha em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC).
No Congresso ESMO 2019 foram apresentados dados do braço 5 do estudo ASCEND-7, que incluiu pacientes com CPNPC com ALK+ com carcinomatose meníngea citologicamente confirmada. “Este estudo demonstra atividade de ceritinibe nos pacientes com cancer de pulmão ALK+ e metástases meníngeas, mesmo em linhas subsquentes pós-inibidor de ALK de primeira geração”, observa Camilla Yamada (foto), chair do LACOG-Neuro-Oncology Group.
Análise apresentada na ESMO 2019 avaliou a correlação entre os subtipos EANO ESMO de metástases leptomeníngeas (ML) para avaliar sua utilidade clínica. Os resultados mostram que a classificação tem valor prognóstico e deve ser considerada no desenho de ensaios clínicos.
Apesar de não atingir o endpoint primário pré-especificado de melhora estatisticamente significativa na sobrevida global, o estudo de fase III CheckMate 459 (NCT02576509) mostrou uma tendência de melhoria clinicamente significativa nas taxas de sobrevida e resposta, e um perfil de segurança favorável com nivolumabe na primeira linha de tratamento do carcinoma hepatocelular avançado em comparação com sorafenibe, atual padrão de tratamento. Os dados foram apresentados no Congresso ESMO 2019, realizado de 27 de setembro e 1° de outubro em Barcelona, Espanha.
Homens com câncer de próstata podem ser poupados de radioterapia após a cirurgia. É o que mostram os resultados do estudo RADICALS-RT apresentado no Congresso ESMO 2019, em Barcelona. “Os resultados sugerem que a radioterapia é igualmente eficaz se é administrada logo após a cirurgia ou posteriormente a homens com doença recorrente”, explicou Chris Parker (foto), do Royal Marsden NHS Foundation Trust, primeiro autor do estudo.
Dois estudos destacados na ESMO 2019 reacendem o debate sobre custo e valor no tratamento do câncer. A conclusão dos trabalhos indica que muitos dos novos medicamentos anticâncer agregam pouco valor aos pacientes comparados ao padrão de tratamento e raramente valem o custo adicional quando se considera o benefício clínico.
Estudos que devem impactar a prática clínica foram apresentados na 61º ASTRO, reunião anual da American Society for Radiation Oncology, realizada entre os dias 15 e 18 de setembro em Chicago. Quem comenta é o rádio-oncologista Bernardo Salvajoli (foto), médico do serviço de radioterapia do HCOR-Onco e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP).
Estudo apresentado na 61ª ASTRO comparou o resultado cosmético da irradiação mamária pós-lumpectomia total versus parcial no ensaio clínico de fase III da NRG Oncology/NSABP B39-RTOG 0413. “O estudo demonstrou que para um grupo de pacientes minoritário e selecionado com estádio inicial de câncer de mama a irradiação parcial se mostrou uma opção terapêutica do ponto de vista cosmético”, afirma a rádio-oncologista Lígia Casão Arteaga (foto), médica do Hospital do Coração (HCor) e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP).
Selecionado para apresentação oral na 61ª ASTRO, o estudo randomizado de fase II ORIOLE sugere que a radioterapia ablativa estereotática (SABR) é uma opção eficaz e segura para pacientes com câncer de próstata oligometastático que desejam adiar a terapia de supressão hormonal (LBA 3). “ORIOLE é o terceiro estudo de fase II que mostra benefício do tratamento de oligometástases em pacientes com adenocarcinoma de próstata”, afirma o rádio-oncologista Bernardo Salvajoli, médico do HCOR-Onco e do ICESP.
A adição de doses escalonadas de radiação após a interrupção da resposta à imunoterapia revigora o sistema imunológico em alguns pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) metastático, aumentando a sobrevida livre de progressão (SLP). Os resultados são de estudo randomizado de fase II apresentados na 61ª Reunião Anual da American Society for Radiation Oncology, em Chicago. O rádio-oncologista Bernardo Salvajoli , médico do serviço de radioterapia do HCOR-Onco e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP, comenta o trabalho.