Cediranib mais olaparib no câncer de ovário recorrente
Resultados de um estudo de fase II financiado pelo National Cancer Institute (NCI) sugerem que a combinação de dois medicamentos orais experimentais, o inibidor de PARP olaparib e a droga anti-angiogênica cediranib são significativamente mais ativos contra o câncer de ovário recorrente, sensível à quimioterapia com platina ou relacionado a mutações nos genes BRCA do que o olaparib sozinho. A sobrevida livre de progressão foi de 17,7 meses com o tratamento combinado versus nove meses apenas com olaparib.
Os resultados do estudo de fase III SELECT mostraram que lenvatinib é altamente eficaz contra o câncer diferenciado da tireoide resistente à terapia padrão com radioiodine (RAI). A nova droga-alvo oral atrasa a progressão da doença em 14,7 meses, e quase dois terços dos pacientes tiveram redução do tumor. A mediana de sobrevida global não foi atingida.
Descobertas iniciais do estudo de fase III RESONATE indicam que ibrutinib produz respostas duradouras do tumor e melhora acentuada na sobrevida em comparação à terapia padrão ofatumumab para pacientes com leucemia linfocítica crônica (LLC) recidivada. Esta é a primeira vez que uma droga oral demonstra uma melhora da sobrevida em relação à terapia padrão em pacientes com recidiva de LLC. Tão importante quanto a sobrevida é o fato da terapia ter sido bem tolerada pelos pacientes, causando poucos efeitos adversos graves.
Os resultados do estudo de fase III REVEL em pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC) estadio IV indicam que a combinação do ramucirumab, uma nova droga anti-angiogênica, com a quimioterapia padrão docetaxel prolonga a sobrevida global (SG) para pacientes com recidiva após o tratamento inicial em comparação com o docetaxel mais placebo. A mediana de sobrevida global foi de 10,5 meses no braço ramucirumab em comparação com 9,1 meses no braço placebo.
A sessão educacional mais comentada na abertura da ASCO este ano enfoca as vias de sinalização e alvos terapêuticos, temas recorrentes em tempos de seleção genética e drogas alvo-moleculares.
Avanços sem precedentes, da prevenção e diagnóstico ao tratamento-alvo molecular, ajudaram a mudar a história do câncer nos últimos 50 anos e são lembrados na edição de aniversário desta 50ª ASCO. Ao todo, 5.300 abstracts foram submetidos este ano e permitiram selecionar as 2.900 apresentações que se sucedem no McCormick Place, em Chicago, tradicional palco da conferência da ASCO.
De acordo com um grande estudo de base populacional que observou homens com recaída do PSA após cirurgia de próstata ou radioterapia, é possível atrasar a terapia de privação androgênica, também conhecida como terapia hormonal, até o início dos sintomas ou aparecimento de câncer, sem comprometer substancialmente a sobrevida de longo prazo.
Resultados de estudo de fase I de um novo inibidor de tirosina quinase seletivo para EGFR, o AZD9291, apontam para uma nova promessa de tratamento para pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC) avançado com mutação do EGFR. O agente faz parte da terceira geração de inibidores de tirosina-quinase-EGFR e em modelos pré-clínicos se demonstrou eficaz nos pacientes com mutação T790 M resistentes ao tratamento padrão.
De acordo com os primeiros resultados de um estudo de fase I liderado por William D. Tap (foto), chefe do serviço de oncologia de sarcoma do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, um novo medicamento alvo, PLX3397, parece extraordinariamente ativo contra uma doença neoplásica rara conhecida como sinovite vilonodular pigmentada (PVNS).
"A obesidade aumenta substancialmente os níveis de estrogênio no sangue apenas em mulheres na pós-menopausa", disse Hongchao Pan, pesquisador da Universidade de Oxford, no Reino Unido. "Isso significa que nós não entendemos ainda os principais mecanismos biológicos pelos quais a obesidade afeta o prognóstico", acrescentou.
Mais de cinco mil abstracts foram submetidos ao encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), que acontece de 30 de maio a 3 de junho, em Chicago, Estados Unidos. O congresso traz os últimos dados de estudos e tendências de tratamento que podem alterar a prática clínica.