Tremelimumabe e durvalumabe no adenocarcinoma gástrico
Resultados do ensaio de fase 2 (INFINITY) que avalia a combinação de tremelimumabe e durvalumabe no adenocarcinoma gástrico ou de junção gastroesofágica (GAC/GEJAC) foram selecionados para apresentação em Rapid Abstract Session no simpósio ASCO GI`23.
Uma nova terapia anti-HER2 eficaz para tumores com baixa expressão de HER2 é necessária no tratamento do câncer gástrico avançado. A conclusão é de estudo apresentado no ASCO GI`23 por Nakayama et al., pesquisadores da Japanese Foundation For Cancer Research (JFCR).
Estudo selecionado para apresentação em pôster no ASCO GI 2023 buscou determinar a eficácia da quimiorradiação de longa duração (LCRT) versus radioterapia de curta duração (SCRT) em relação à preservação de órgãos em pacientes com câncer de reto. “Nesta comparação não randomizada, embora as taxas de resposta clínica completa tenham sido semelhantes, observamos uma taxa de preservação de órgãos numericamente maior com a terapia neoadjuvante total com quimiorradiação de longa duração”, observaram os autores.
Qual o momento ideal da coleta de sangue para detecção confiável de doença residual mínima (DRM) após cirurgia ou terapia adjuvante no câncer colorretal? É o que buscou avaliar estudo apresentado no ASCO GI`23 por Stacey A. Cohen, do Fred Hutchinson Cancer Center.
Estudo de fase 3 (OPERA) destacado no ASCOGI`23 buscou avaliar o escalonamento da dose de radiação comparando braquiterapia de raios-X de contato [CXB] (Papillon) versus External Beam Radiation Therapy (EBRT) no câncer retal. Os resultados finais apresentados por Arthur Sun Myint, do Clatterbridge Cancer Centre, sugerem que esta opção deve ser discutida com os pacientes que desejam evitar a cirurgia e um estoma como tratamento inicial.
O hematologista Wellington Fernandes da Silva (foto), médico do Hospital das Clínicas da FMUSP, é autor sênior de trabalho selecionado para apresentação no ASH 2022 que descreve fatores de risco e resultados de toxicidade após administração ambulatorial de metotrexato em alta dose sem monitoramento de drogas em pacientes com linfoma e leucemia tratados na instituição entre janeiro de 2010 e junho de 2020. Camila Alves da Silva é a primeira autora do estudo.
O estudo CLL2-GIVe avaliou a eficácia do tratamento combinado de tempo limitado, resposta adaptada e duração fixa de obinutuzumabe, ibrutinibe e venetoclax (regime “GIVe”) em pacientes com leucemia linfocítica crônica sem tratamento prévio com deleção 17p e/ou mutação TP53. No ASH 2022 foi apresentada a análise final do estudo, sugerindo que o regime CLL2-GIVe é um potente e promissor tratamento de primeira linha de duração fixa para pacientes com LLC de alto risco com perfil de segurança manejável.
Estudo selecionado como primeiro Late Breaking Abstract do ASH 2022 mostrou resultados de blinatumomabe (blin) no tratamento de pacientes com leucemia linfoblástica aguda (LLA) recém-diagnosticada, em apresentação de Mark R. Litzow (foto), da Mayo Clinic. A adição de blin à quimioterapia de consolidação resultou em benefício clínico e estatisticamente significativo de sobrevida global (HR: 0,42, 95% CI: 0,24 - 0,75; bilateral p=0,003), representando novo padrão de tratamento para pacientes com LLA BCR::ABL1 negativo.
Estudo internacional randomizado de fase III (MATRIx) que compara HDC-ASCT com terapia de consolidação não mieloablativa em pacientes com linfoma primário do sistema nervoso central (PCNSL) recém-diagnosticados apresentou no ASH`22 a primeira análise envolvendo o endpoint primário de sobrevida livre de progressão (SLP). Selecionado entre os Late Breaking Abstracts da edição deste ano, o estudo demonstra que a consolidação com HDC-ASCT apresenta resultados significativamente melhores de SLP do que a quimioimunoterapia não mieloablativa, com excelente relação risco-benefício (LBA3). Gerald Illerhaus (foto), do Klinikum Stuttgart, Alemanha, é o principal autor do trabalho.
Zanubrutinib, um novo agente experimental, mostrou superioridade comparado a ibrutinibe no tratamento de pacientes com leucemia linfocítica crônica com doença recidivada/refratária e em pacientes com linfoma linfocítico de células pequenas (R/R CLL/SLL). É o que mostram os resultados de estudo randomizado de fase 3 (ALPINE) destacado no ASH 2022, que provou a superioridade de zanubrutinib comparado a ibrutinibe tanto na taxa de resposta global, quanto na sobrevida livre de progressão (LBA6). Os resultados foram apresentados por Jennifer R. Brown, diretora do Centro de Leucemia Linfocítica Crônica do Dana-Farber Cancer Institute, e publicados simultaneamente na New England Journal of Medicine (NEJM).
O regime triplet com acalabrutinibe, venetoclax e obinutuzumabe (AVO) é altamente ativo e bem tolerado em uma população com leucemia linfocítica crônica (LLC) enriquecida para doença de alto risco, com 83% dos pacientes TP53-aberrantes alcançando doença residual mínima indetectável na medula óssea (BM-uMRD) após 15 meses de tratamento. Os resultados são de estudo apresentado por Christine E. Ryan (foto) do Dana-Farber Cancer Institute, no ASH 2022.