Resultados relatados pelo paciente revelam diminuição da qualidade de vida em pacientes e sobreviventes de câncer anal
Estudo selecionado para apresentação em pôster no ASCO GI 2022 avaliou sintomas reportados pelos pacientes (do inglês, PROs - patient-reported outcomes) e demonstrou que pacientes com câncer anal e sobreviventes apresentam uma baixa qualidade de vida, como resultado de altos níveis de distress relacionado ao câncer, incluindo ansiedade, estigma e constrangimento. “Estudos como esse ressaltam a importância de melhor entendermos o enfrentamento do diagnóstico e do tratamento por parte do paciente”, ressalta a psico-oncologista Cristiane Bergerot (foto), do Centro de Câncer de Brasília (CETTRO) e do Instituto Unity de Ensino e Pesquisa.
O estudo randomizado internacional de fase III HIMALAYA mostrou que a combinação dos imunoterápicos durvalumabe e tremelimumabe melhorou significativamente a sobrevida global em pacientes com carcinoma hepatocelular avançado e irressecável, o tipo mais comum de câncer de fígado, em comparação com pacientes que receberam sorafenibe. Os resultados foram apresentados no ASCO GI 2022. “Sem dúvida ganhamos mais uma opção de tratamento para a primeira linha, e dessa vez composto por imunoterapia apenas”, observa Anelisa Coutinho (foto), oncologista na clínica AMO e Diretora Científica do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).
Os resultados do estudo randomizado internacional de fase III TOPAZ-1 mostraram que a adição do inibidor de checkpoint durvalumabe à quimioterapia com gemcitabina e cisplatina melhorou significativamente a sobrevida global em pacientes com câncer do trato biliar avançado. “O TOPAZ-1 é o primeiro estudo de fase III a mostrar que a adição de imunoterapia à quimioterapia padrão pode aumentar a sobrevida no câncer do trato biliar, sem novos eventos adversos graves”, disse Do-Youn Oh, professora da Faculdade de Medicina da Universidade Nacional de Seul e autora principal do estudo, selecionado para apresentação oral no ASCO GI 2022. Quem analisa os resultados é o oncologista Duilio Rocha Filho (foto), chefe do Serviço de Oncologia Clínica do Hospital Universitário Walter Cantídio (UFC-CE) e membro do Conselho Científico do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).
De 20 a 22 de janeiro, o Simpósio de Câncer Gastrointestinal da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO GI) abre a agenda científica da oncologia mundial e entre os mais de 650 resumos o programa de imprensa destaca combinações com imunoterapias no câncer do trato biliar e no tratamento do carcinoma hepatocelular, além de modernos conjugados anticorpo-droga.
Wellington F. Silva (foto), hematologista do ICESP é primeiro autor de estudo que descreve os resultados do transplante alogênico de células-tronco (TCTH) em pacientes com leucemia linfoblástica aguda (LLA) em centros brasileiros, com resultados que impactam a estratégia de seleção de doadores no nosso país. A análise foi apresentada na ASH 2021 e examina os fatores de risco para sobrevida global (OS), sobrevida livre de doença (DFS), incidência cumulativa de recidiva (CIR), mortalidade sem recidiva (NRM) e doença do enxerto contra hospedeiro (GVHD) após TCTH.
O conjugado polatuzumabe vedotina em combinação com rituximabe, ciclofosfamida, doxorrubicina e prednisona aumentou a sobrevida livre de progressão em relação ao tratamento padrão para pacientes com linfoma difuso de grandes células B. É o que mostram os resultados do ensaio de Fase 3 POLARIX, destacado como primeiro Late Breaking Abstract da ASH 2021 e publicado simultaneamente na
O estudo prospectivo MATCHPOINT avalia a atividade e tolerabilidade do TKI ponatinibe em combinação com quimioterapia de alta dose para melhorar o status de remissão e os resultados do transplante alogênico de células-tronco em pacientes com leucemia mieloide crônica em fase blástica. Os resultados finais do trabalho foram apresentados no ASH 2021 e publicados simultaneamente no
A análise primária do ensaio pivotal de Fase 3 ASCEMBL demonstrou que asciminib tem eficácia superior e um melhor perfil de segurança comparado a bosutinibe (BOS) no tratamento de pacientes com leucemia mieloide crônica em fase crônica (LMC-CP) após ≥ 2 inibidores de tirosina quinase (TKIs) de ligação ATP. Agora, os pesquisadores relatam na ASH 2021 resultados atualizados de eficácia e segurança após acompanhamento mediano de 19,2 meses (adicional de 7,5 meses) desde a análise primária. O estudo tem participação brasileira, dos hematologistas Laura Fogliatto, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Carla Boquimpani, HEMORIO; e André Abdo, do ICESP.
Estudo randomizado de Fase 3 (ZUMA-7; NCT03391466), com participação de 77 centros em todo o mundo, avaliou a terapia celular CAR-T com axi-cel versus o tratamento padrão (SOC) em pacientes com linfoma de grandes células B (LBCL) que apresentam recidiva ou são refratários à terapia de primeira linha. Mahmoud Elsawy e colegas apresentam na 63ª ASH a primeira análise comparativa de qualidade de vida, com resultados relatados pelos pacientes (PROs). Os dados corroboram o benefício de axi-cel como opção de segunda linha no LBCL recidivado / refratário (R / R).
Análise de um grande conjunto de dados globalmente representativo agrupado a partir de 3 estudos observacionais avaliou eficácia de ixazomibe, lenalidomida e dexametasona (IRd) na população geral de pacientes de mieloma múltiplo recidivado/refratário, na terapia de segunda linha (LoT) ou ou linhas posteriores, e em subpopulações de pacientes definidas pelo status de fragilidade. Selecionado para apresentação em pôster no ASH 2021, o trabalho demonstrou que a eficácia do IRd na prática clínica de rotina é consistente com a os resultados observados no estudo TOURMALINE-MM1.
A 63ª ASH destacou análise atualizada do ensaio de Fase 2 ZUMA-1, que correlaciona sobrevida livre de eventos (EFS) com sobrevida global (OS) em pacientes com linfoma de grandes células B (LBCL) tratados com Axicabtagene Ciloleucel (axi-cel) após ≥4 anos de acompanhamento. Os resultados foram apresentados por Caron Jacobson (foto), do Dana Farber Cancer Center, e demonstram que axi-cel aumentou a OS em pacientes sem eventos (EFS) no mês 12 e no mês 24.