Mesotelioma, incidência e mortalidade no Brasil
O mesotelioma pleural maligno (MPM) é reconhecido como um câncer ocupacional e a exposição ao amianto representa seu principal fator de risco. Estudo brasileiro selecionado em publicação eletrônica no ASCO 2022 descreve as taxas de incidência e mortalidade, assim como o perfil clínico-patológico do MPM no Brasil, em análise que tem o oncologista Guilherme Costa (foto) como primeiro autor.
A psico-oncologista Cristiane Bergerot e o oncologista Paulo Bergerot, do Centro de Câncer de Brasília e do Instituto Unity de Ensino e Pesquisa, são os primeiros autores de estudo selecionado para apresentação em pôster no ASCO 2022 que avalia a estruturação de um programa de avaliação geriátrica para pacientes idosos iniciando tratamento quimioterápico através de um sistema de telemedicina no Brasil. O trabalho tem financiamento da Conquer Cancer, através do Global Oncology Young Investigator Award recebido por Cristiane Bergerot em 2021.
Uma pesquisa que envolveu mulheres com câncer de mama metastático nos Estados Unidos identificou que 83% das pacientes negras estão dispostas a considerar a participação em ensaios clínicos, mas 40% dessas entrevistadas não foram informadas por sua equipe de atendimento sobre a oportunidade de se inscrever em um estudo clínico. A pesquisa é tema de Poster Discussion e um dos destaques do encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) de 2022.
Selecionada para apresentação em Late Breaking Abstract, análise translacional do estudo DAISY (LBA1) que avaliou pacientes com câncer de mama metastático de acordo com o status de expressão de HER2 mostrou que células HER2-low têm uma absorção significativamente maior de trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) do que células HER2-negativas (p = 0,053), assim como demonstrou que a distribuição espacial das células HER2 também tem impacto nos resultados do tratamento.
Selecionado para apresentação mini-oral no ESMO Breast Cancer 2022, estudo que apresentou resultados preliminares do anticorpo-droga conjugado Datopotamab-deruxtecan + Durvalumabe (BEGONIA) mostrou taxas de resposta robustas com a combinação em pacientes com câncer de mama triplo negativo avançado ou metastático, com perfil de segurança gerenciável.
Análise exploratória de sobrevida global com acompanhamento adicional do estudo de fase III MONALEESA-3 trouxe resultados adicionais dos benefícios de longo prazo de sobrevida global de ribociclibe + fulvestranto no cenário de primeira linha de tratamento de pacientes com câncer de mama avançado HR+/HER2-negativo. “Esta análise exploratória relata a mediana de sobrevida global (mOS) mais longa até agora (67,6 meses) em primeira linha de um estudo clínico de Fase III no câncer de mama avançado, com uma melhora de 15,8 meses em comparação com placebo e uma redução relativa no risco de morte de 33%”, destacaram os autores durante o ESMO BREAST 2022.
Mais de 2.800 abstracts foram aceitos para apresentação no encontro anual da ASCO, que acontece de 3 a 7 de junho, em Chicago, e reúne mais de 2.400 abstracts adicionais em publicação online. A edição deste ano pretende dar relevo à equidade no tratamento do câncer, com o tema Advancing Equitable Cancer Care Through Innovation.
A oncologista Fátima Cardoso (foto), diretora da Unidade de Mama do Centro Clínico da Fundação Champalimaud, é primeira autora do estudo de Fase 2 (BYLieve) que mostrou na ESMO Breast Cancer 2022 resultados de eficácia do inibidor e degradador de PIK3-α alpelisibe (ALP) + terapia endócrina (TE) em pacientes com câncer de mama avançado HR+, HER2- com mutação PIK3CA.
O anticorpo droga-conjugado trastuzumabe dreuxtecana (T-DXd) produziu altas taxas de resposta intracraniana em pacientes com câncer de mama HER2+ e metástases cerebrais ativas. Os resultados são de análise primária do estudo de fase II TUXEDO-1, apresentada em Sessão Mini-Oral no ESMO Breast 2022.
Estudo austríaco selecionado na sessão de poster da ESMO Breast Cancer 2022 avaliou a experiência clínica de mundo real de ribociclibe (RIB)+ET (inibidor de aromatase [AI] ou Fulvestrant [FUL]) em pacientes com câncer de mama metastático HR+, HER2– na pré, peri ou pós-menopausa.