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Em estudo transversal com 5.078 entrevistados com câncer que buscavam apoio psicossocial, mais da metade desses pacientes relataram ter sintomas cognitivos de qualquer gravidade. Os resultados foram publicados no JAMA Network Open e contribuem para informar a tomada de decisões sobre o acesso à triagem cognitiva, avaliação e cuidados de suporte em pacientes de câncer.

Estudo que avaliou dados moleculares de uma grande coorte de meningiomas, somando informações do ensaio de fase 2  NRG Oncology RTOG-0539, traz novos insights sobre biomarcadores moleculares de resposta ao tratamento. “Este estudo destaca o potencial do perfil molecular para refinar a tomada de decisões cirúrgicas e de radioterapia”, analisam os autores, em artigo na Nature Medicine. A oncologista Camila Yamada (foto), chair do LACOG Neuro-Oncology e titular da BP, a Beneficência Portuguesa de São Paulo, comenta os resultados.

Não há benefício de adicionar oxaliplatina (OX) ao regime de quimioterapia com fluoropirimidina (FP) mais bevacizumabe (BEV) como tratamento de primeira linha em pacientes idosos com câncer colorretal metastático irressecável, como demonstram resultados do estudo japonês JCOG1018. “Portanto, FP mais BEV ainda é considerado o tratamento de primeira linha padrão nessa população”, descrevem os autores, em artigo no Journal of Clinical Oncology.

Estudo randomizado de fase III conduzido em 17 hospitais da China não mostrou diferenças significativas de sobrevida livre de doença em 3 anos ou de sobrevida global entre a excisão mesoncólica completa (EMC) e a dissecção D2 em pacientes com câncer de cólon do lado direito. Os resultados estão em artigo do RELARC Study Group, no Journal of Clinical Oncology (JCO). “A dissecção D2 padrão deve ser o procedimento de rotina para esses pacientes. EMC deve ser considerada apenas em pacientes com envolvimento óbvio de linfonodo mesocólico”, destacam os autores.

Em resposta à necessidade emergente de padronizar o desenvolvimento de medicamentos tumor-agnósticos, a Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) desenvolveu o ESMO Tumor-Agnostic Classifier and Screener (ETAC-S), um conjunto facilmente aplicável de requisitos mínimos para rastrear e reivindicar o potencial agnóstico de opções de tratamento de câncer guiadas molecularmente. Benedikt Westphalen (foto), presidente do Grupo de Trabalho em Medicina de Precisão da ESMO, é primeiro autor de artigo publicado no Annals of Oncology que apresenta a metodologia utilizada para a criação da ferramenta.

Estudo de coorte observacional integrado ao ensaio randomizado CALGB/SWOG 80702 (Alliance) mostrou que em pacientes com câncer de cólon em estágio III, a atividade física foi associada à melhora da sobrevida livre de doença, apesar da alta inflamação. Os resultados estão em artigo publicado no Journal of the National Cancer Institute (JNCI).

Acompanhamento de longo prazo dos ensaios randomizados da Women's Health Initiative mostrou que em mulheres que fizeram terapia hormonal na menopausa, o estrogênio equino conjugado (CEE) isolado pode aumentar o risco de desenvolver e morrer de câncer de ovário, enquanto CEE combinado com acetato de medroxiprogesterona (MPA) reduziu significativamente a incidência de câncer endometrial. Os resultados estão em artigo de Chlebowski e colegas publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO).

Em análise que  considerou 1968 homens da coorte europeia EPIC (European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition), com um seguimento mediano de 9,5 anos, cada incremento de 5 unidades no índice de massa corporal (IMC) pré ou pós-diagnóstico do câncer de próstata foi associado a uma taxa 30% maior de mortalidade por todas as causas e a uma taxa 49% maior de mortalidade específica por câncer de próstata. Os resultados foram publicados (ahead of print) no JNCI Cancer Spectrum, com participação da brasileira Elisabete Weiderpass (foto), da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer.

Alan Roger dos Santos Silva (foto), da UNICAMP, é o autor correspondente e responsável pela pesquisa publicada no periódico Medicina Oral Patologia Oral y Cirugia Bucal, em análise que evidencia a necessidade urgente de aprimorar as habilidades diagnósticas de estudantes de graduação em odontologia no Brasil, assim como a educação continuada dos dentistas em atividade, para enfrentar os desafios do câncer oral no país e fortalecer a prevenção.

Pesquisadores do A C Camargo Cancer Center compararam as características de ressonância magnética (RM) de diferentes imunofenótipos de câncer de mama sem tipo especial, com atenção especial ao câncer de mama com baixa expressão do receptor de estrogênio (ER). Os resultados estão em artigo de Almir Bitencourt (foto) e colegas, na Scientific Report, e mostram que os tumores luminais ER-baixo-positivos têm características de imagem semelhantes ao câncer de mama triplo-negativo. Esses achados sugerem que a ressonância magnética pode desempenhar papel na correlação radiopatológica adequada e no planejamento terapêutico desses pacientes.

A monoterapia com o inibidor da PARP olaparibe é eficaz em pacientes com câncer de próstata com recorrência bioquímica de alto risco na ausência de terapia de privação de andrógeno? Estudo publicado no JAMA Oncology demonstrou que o tratamento isolado com olaparibe conferiu altas e duráveis ​​taxas de resposta de PSA50 em pacientes com alterações BRCA2, mas não teve atividade suficiente em pacientes sem alterações de reparo de recombinação homóloga.

Pacientes que receberam cápsulas orais contendo tetrahidrocanabinol 2,5 mg mais cápsulas de canabidiol 2,5 mg (THC:CBD), além de profilaxia antiemética consistente com as diretrizes, tiveram melhor controle de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia. As taxas de resposta completa (sem vômito ou uso de medicamentos de resgate) foram de 24% para cannabis e 8% para placebo (P = 0,01). Os resultados foram publicados no Journal of Clinical Oncology (JCO).

O Breast Cancer Index (BCI) pode prognosticar e prever o benefício da terapia endócrina adjuvante baseada na supressão da função ovariana em mulheres na pré-menopausa com câncer de mama positivo para receptor hormonal (HR+)? Estudo translacional que envolveu 1687 pacientes inscritas no SOFT (Suppression of Ovarian Function Trial) confirma o valor prognóstico do BCI em mulheres na pré-menopausa com câncer de mama HR+. Comenta o estudo Vanessa Monteiro Sanvido (foto), mastologista, professora adjunta e vice-chefe de Mastologia da Escola Paulista de Medicina. O trabalho mostra o papel do BCI na seleção de pacientes com doença inicial que mais se beneficiam de terapia endócrina intensiva.

Em artigo no BMJ Supportive & Palliative Care, Tan et al. mostram que vinte minutos de respiração consciente, que concentra a atenção de um indivíduo em sua respiração, parecem reduzir rapidamente a intensidade e o desconforto da dor do câncer e aliviar a ansiedade associada. “Esses achados ressaltam o potencial de intervenções breves de mindfulness e seu impacto rápido na experiência da dor em pacientes de câncer”, destacam os autores.

Os resultados clínicos são semelhantes após cistectomia radical ou preservação da bexiga no câncer de bexiga músculo-invasivo, e a qualidade de vida pode ser o fator decisivo quando tratamentos diferentes produzem resultados de sobrevivência comparáveis. Para ajudar na decisão de tratamento personalizado, estudo publicado no BMJ Oncology comparou a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) em pacientes submetidos à cistectomia radical (CR) com conduto ileal ou preservação da bexiga (PB) com (quimio)radioterapia.

A integração de medidas de resultados relatados pelo paciente (PROMs) afeta os desfechos do tratamento do câncer? Atualização de revisão sistemática e meta-análise incluindo 45 ensaios clínicos randomizados que avaliam o uso de PROMs para pacientes em tratamento anticâncer ativo demonstrou que a integração de PROMs ao tratamento melhorou a sobrevida geral e a qualidade de vida relacionada à saúde com certeza moderada. “Esses resultados sugerem que a integração da perspectiva do paciente ao tratamento do câncer pode melhorar os resultados do paciente e a utilização de recursos de saúde”, destacaram os autores em artigo publicado no JAMA Network Open.

À medida que os serviços de rastreamento do câncer de mama avançam em direção ao uso de inteligência artificial (IA), conhecer o olhar da mulher e a opinião pública feminina sobre a introdução dessas novas tecnologias é vital para manter a confiabilidade do sistema de saúde e apoiar os tomadores de decisão a responder aos valores e prioridades da população. “Os serviços de triagem devem demonstrar forte governança para manter o controle clínico, demonstrar excelente desempenho do sistema de IA, garantir proteção de dados e mitigação de vieses, além de dar boas razões para justificar a implementação”, destaca estudo de pesquisadores australianos publicado na The Breast.