Onconews - Últimas Notícias - Page #15

Últimas Notícias

A União Europeia aprovou a combinação de durvalumabe (Imfinzi) e olaparibe (Lynparza) para o tratamento de pacientes com câncer endometrial primário avançado ou recorrente. “Esta é a primeira combinação de imunoterapia e inibidor de PARP aprovada para o tratamento do câncer de endométrio”, destacou o comunicado divulgado pela farmacêutica Astrazeneca.

Em uma análise que considerou 30 tipos de câncer entre homens, pesquisadores demonstraram disparidades substanciais em casos de câncer e mortes por idade e status econômico dos países. “Entre 2022 e 2050, os casos de câncer e a mortalidade estão projetados para mais que dobrar em países/territórios com índice de desenvolvimento humano (IDH) baixo e entre homens com mais de 65 anos”, destacaram os autores de artigo publicado na Cancer, periódico da American Cancer Society (ACS).

Pesquisadores do Melvin and Bren Simon Comprehensive Cancer Center da Universidade de Indiana concluíram o mapeamento mais extenso de células mamárias saudáveis realizado até hoje. Publicado na Nature Medicine, o estudo oferece uma ferramenta importante para pesquisadores, com achados que ajudam a compreender como o câncer de mama se desenvolve, além de revelar diferenças no tecido mamário entre ancestralidades genéticas.

Em uma grande análise de mundo real, osimertinibe demonstrou sobrevida livre de progressão e sobrevida global superiores e melhor tolerabilidade em comparação com afatinibe e erlotinibe em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas metastático com mutação atípica de EGFR. Os resultados foram publicados no Lung Cancer Journal.

Qual é o método ideal para avaliar a neuropatia periférica induzida por quimioterapia (NPIQ)? Estudo de coorte publicado no JAMA Network Open demonstrou que as medidas de resultados relatados pelo paciente apresentaram capacidade superior de avaliar a NPIQ, discriminar sua gravidade e capturar com mais sensibilidade o desenvolvimento dos sintomas em comparação com abordagens neurológicas e sensoriais funcionais para avaliação da neuropatia.

A mastectomia bilateral para o tratamento de câncer de mama unilateral reduz o risco de mortalidade por câncer de mama em 20 anos? Estudo de coorte incluindo 661.270 mulheres com câncer de mama unilateral que foram pareadas por tipo de tratamento (lumpectomia, mastectomia unilateral ou mastectomia bilateral) e acompanhadas por 20 anos demonstrou que a mastectomia bilateral foi associada a uma redução estatisticamente significativa do risco de câncer de mama contralateral, mas não da mortalidade por câncer de mama. Os resultados foram publicados no JAMA Oncology. O mastologista Cesar Cabello (foto), professor da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), analisa os resultados.

Quais são os resultados da radioterapia pós-mastectomia hipofracionada (16 tratamentos) no cenário de reconstrução baseada em implantes em comparação com a radioterapia convencionalmente fracionada (25 tratamentos)? Ensaio clínico randomizado relatado no JAMA Oncology mostra que o hipofracionamento não teve impacto significativo na melhora do bem-estar físico em comparação com o regime de fracionamento convencional, corroborando evidências crescentes da radioterapia pós-mastectomia hipofracionada em pacientes com reconstrução baseada em implantes.

Após a cirurgia de câncer de mama, médicos e equipes de enfermagem precisam estar atentos às necessidades específicas de mulheres que são mais jovens, têm perfil de instrução superior e recebem quimioterapia e radioterapia. O alerta é de estudo publicado no Supportive Care in Cancer, que mostra maior necessidade de apoio nesse grupo de pacientes.

Análise que envolveu quase 60 mil participantes apresenta as associações entre o classificador genômico (CG) Decipher e os riscos de metástase e recorrência bioquímica após biópsia de próstata e prostatectomia radical entre pacientes testados e tratados no ambiente do mundo real. Os resultados estão no Europen Urology Oncology e sustentam que o CG ajudou a estimar o risco de recorrência e metástase na população avaliada.

Vários fatores precisam ser considerados ao tratar tromboembolismo venoso (TEV) associado ao câncer e, embora várias diretrizes de tratamento sejam úteis, elas não refletem a especificidade de cenários que podem surgir na prática clínica. Artigo de Van Cutsen et al. no European Journal of Cancer fornece um resumo das evidências mais recentes e uma abordagem prática para o tratamento de TEV associado ao câncer.

Análise primária do estudo de fase II INSIGHT 2 que avalia o inibidor de MET  tepotinib mais osimertinibe em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas com mutação de EGFR e amplificação de MET mostrou que a combinação resultou em atividade clinicamente significativa, com taxa de resposta de 50% e perfil de segurança aceitável.

Entender a proporção de câncer cervical invasivo (CCI) causado por diferentes genótipos do papilomavírus humano (HPV) pode informar os esforços de prevenção primária (vacinação) e secundária (triagem). Gary M Clifford e colegas usaram frações atribuíveis populacionais (FAPs) para estimar a proporção de CCI causada por diferentes genótipos do HPV em nível global, regional e nacional a partir de dados agregados. Os resultados foram relatados 3 de agosto no The Lancet e mostram que 17 genótipos de HPV foram considerados causais para CCI, com odds ratios variando de 48,3 para HPV16 a 1,4 para HPV51.  O genótipo HPV16 teve a maior FAP global (61,7%).

A radioterapia isolada fornece sobrevida comparável e controle da doença equivalente à quimiorradioterapia no carcinoma nasofaríngeo de baixo risco, com menos toxicidade. É o que mostra estudo de não-inferioridade selecionado no ASCO Breakthrough 2024, com apresentação de Rui Guo (foto), do Sun Yat-sen  University Cancer Center, com resultados indicando que a sobrevida global em 5 anos foi semelhante entre os grupos tratados com IMRT isolada versus IMRT com cisplatina (95,2% vs. 98,2%).