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Lin et al. desenvolveram modelos combinados baseados em ressonância magnética multiparamétrica da mama e características clinicopatológicas para prever a resposta terapêutica do tumor primário e do nódulo positivo axilar antes do tratamento. “Em nosso estudo, a taxa de resposta patológica completa do câncer invasivo residual foi de 35,1%, em linha com os 34% relatados no ensaio ACOSOG Z1071, e a taxa de resposta patológica completa do linfonodo axilar (ALN) na metástase residual do ALN foi de 50,0%, superior a 41,1% no mesmo ensaio”, destacam os autores.

Revisão sistemática e meta-análise buscou avaliar se o prognóstico em tumores ginecológicos é influenciado positivamente pela obesidade. Os resultados publicados no International Journal of Gynecologic Cancer sugerem que a obesidade não tem um efeito prognóstico positivo na sobrevida em mulheres com diagnóstico de câncer ginecológico.

Com o objetivo de desenvolver um produto nacional e disponível para o Sistema Único de Saúde (SUS), pesquisadores do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e do Hospital das Clínicas de São Paulo avançam em uma solução acadêmica com células CAR-T para o tratamento de malignidades hematológicas. Os primeiros resultados de eficácia e segurança estão em artigo de Camila Donadei e colegas, publicado na Bone Marrow Transplantation (Nature), em trabalho que tem como autor sênior o hematologista Diego Villa Clé.

Elisabete Weiderpass (foto), Diretora da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), destacou os 50 anos de atividades da Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP), comemorado no último dia 25 de abril. A FOSP faz parte da Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo e é responsável por programas de rastreamento do câncer e outras iniciativas na atenção oncológica.

Análise transcriptômica pré-planejada de amostras de pacientes do ensaio ENACT buscou identificar biomarcadores em pacientes em vigilância ativa (VA) para o câncer de próstata que apresentam risco aumentado de progressão ou que podem obter o maior benefício do tratamento com enzalutamida. Os resultados reforçam o valor prognóstico do classificador genômico Decipher e mostram que pontuações mais altas no Decipher e no escore da atividade do receptor androgênico (AR-A), bem como subtipos luminais PAM50, também podem servir como biomarcadores de resposta ao tratamento.

Estudo randomizado relatado por Kyung et al. no Jama Oncology mostra que a irradiação pélvica pós-operatória, usando IMRT hipofracionada com 40 Gy em 16 frações, combinada com quimioterapia concomitante foi segura e bem tolerada em mulheres com câncer cervical. Na população avaliada, a taxa de sobrevida livre de doença em 3 anos foi de 79,3% e a taxa de sobrevida global alcançou 98,0%. Gabriel Faria Najas (foto), radio-oncologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), comenta os resultados.

Uma nova estratégia “all-in-one”, que consistiu na terapia sequencial com CAR T cells CD7 e transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) haploidêntico em 10 pacientes com leucemia ou linfoma CD7 positivo recidivado ou refratário, levou à remissão completa da doença residual mínima em 60% dos pacientes tratados, com sobrevida global estimada em 1 ano de 68%. “É uma abordagem viável para pacientes com tumores CD7 positivos que são inelegíveis para TCTH alogênico convencional”, destacam os autores, em artigo na New England Journal of Medicine. O hematologista Ângelo Maiolino (foto) comenta o estudo.

O estudo GENEVIEVE, comparando cabazitaxel neoadjuvante versus paclitaxel no câncer de mama triplo negativo (TNBC) e no câncer de mama luminal B/receptor do fator de crescimento epidérmico humano 2 (HER2) negativo relatou anteriormente diferenças significativas na resposta patológica completa (pCR). Agora, resultados publicados no ESMO Open mostram que as taxas de pCR não tiveram impacto significativo nos resultados a longo prazo, com taxas comparáveis de sobrevida entre os braços de tratamento.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou o uso de enzalutamida como monoterapia ou em combinação com terapia de privação androgênica para o tratamento de pacientes com câncer de próstata não metastático hormônio-sensível (nmHSPC) com recorrência bioquímica (BCR) de alto risco que são inadequados para radioterapia de resgate1. A decisão é baseada nos resultados do estudo de Fase 3 EMBARK.

Em pacientes com câncer de mama receptor hormonal positivo, HER2-negativo (HR+/HER2–) e câncer de mama triplo-negativo avançado fortemente pré-tratados, o conjugado de anticorpo-medicamento (ADC) dirigido ao TROP2 datopotamab deruxtecan (Dato-DXd) demonstrou atividade clínica promissora e um perfil de segurança manejável. Os resultados são do estudo TROPION-PanTumor01, publicado por Aditya Bardia (foto) e colegas no Journal of Clinical Oncology (JCO).

O tratamento a longo prazo e os efeitos secundários associados podem afetar a qualidade de vida e motivar o arrependimento do paciente no percurso terapêutico. Metanálise que considerou estudos randomizados controlados avaliando o efeito do tratamento em pacientes com câncer de próstata (CaP) mostrou que um programa de apoio à decisão afeta o nível de arrependimento dos pacientes com CaP e pode ajudar a enfrentar o tratamento da doença.

A mortalidade por câncer colorretal no estado de Sergipe tem aumentado em todas as faixas etárias e em ambos os sexos, refletindo a necessidade de melhorias na saúde pública, como mostra estudo de pesquisadores do Programa de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Sergipe, que tem como primeiro autor o médico proctologista Alex R. Moura.

Estudo ecológico que abrange mais de 430 milhões de pessoas em 7 países, de cinco continentes, identificou correlações novas e significativas entre fatores climáticos e incidências de câncer. “Nosso estudo acrescenta uma perspectiva importante de que a adaptação às alterações climáticas pode complementar o rastreio, a prevenção e o tratamento do câncer na melhoria da saúde global da população”, destacam os autores.

O papel dos conjugados anticorpo-droga (ADC) no tratamento do câncer tem evoluído rapidamente, com 14 ADCs aprovados e mais de100 em desenvolvimento. À medida que o número de ADCs aumenta, cresce a necessidade de biomarcadores para otimizar os algoritmos de tratamento e a seleção dos pacientes, como descreve revisão de Solange Peters (foto) e colegas, publicada no Annals of Oncology, que destaca o caráter cooperativo da ETOP IBCSG Partners Foundation para acelerar o progresso e melhorar os resultados dos pacientes.

Estudo que teve como objetivo analisar o efeito da aspirina no microambiente tumoral, na imunidade sistêmica e na mucosa saudável ao redor do câncer colorretal (CCR) mostrou que, além de seu mecanismo farmacológico clássico que envolve a inibição da inflamação, a terapia com aspirina também pode atuar a favor da prevenção e tratamento do câncer colorretal em estágio inicial, aumentando a vigilância imunológica.