Atividade física, toxicidade e sobrevida em pacientes tratados com inibidores de checkpoint
Estudo holandês publicado Journal of the National Cancer Institute (JNCI) sugere que níveis mais elevados de atividade física no início do tratamento com inibidores de checkpoint estão associados a um menor risco de eventos adversos imunorrelacionados graves e possivelmente a uma sobrevida prolongada.
Em 2022, foram registrados cerca de 20 milhões de novos casos de câncer e 9,7 milhões de mortes, e a previsão é de mais de 35 milhões de novos casos de câncer em 2050, um aumento de 77% em relação aos casos estimados em 2022. Os dados são do GLOBOCAN 2022, relatório realizado pela Agência Internacional para a Pesquisa em Câncer (IARC), agência vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS). O trabalho foi publicado no CA: A Cancer Journal for Clinicians, periódico da American Cancer Society (ACS).
No estudo de Fase 3 ADRIATIC, durvalumabe (Imfinzi®, AstraZeneca) demonstrou melhoria estatisticamente e clinicamente significativas nos endpoints primários duplos de sobrevida global (SG) e sobrevida livre de progressão (PFS) em pacientes com câncer de pulmão de células pequenas com doença limitada que não progrediu após quimiorradioterapia concomitante (cCRT). “Durvalumabe é a primeira e única imunoterapia a demonstrar benefícios de sobrevida neste cenário num ensaio global de Fase 3”, destacou comunicado divulgado pela farmacêutica.
A Agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) concedeu aprovação acelerada ao conjugado de anticorpo-medicamento (ADC) trastuzumabe deruxtecana (Enhertu®, Daiichi Sankyo, AstraZeneca) para pacientes adultos com tumores sólidos HER2-positivo (IHC3+) irressecáveis ou metastáticos que receberam tratamento sistêmico prévio e não têm opções alternativas de tratamento satisfatórias. Anunciada no dia 05 de abril, a indiciação agnóstica é baseada nos resultados dos estudos multicêntricos DESTINY-PanTumor02, DESTINY-Lung01 e DESTINY- CRC02.
Estudo observacional publicado no JAMA Oncology sugere que a atividade física medida por dispositivos vestíveis (wearables), particularmente a distância média percorrida, poderia complementar o performance status ECOG como uma ferramenta de avaliação do estado de saúde em pacientes com câncer de pulmão avançado e oferecer insights preditivos sobre os resultados de sobrevida.
A combinação de inibição de PARP com ou sem bloqueio do PD-L1 como terapia de manutenção livre de quimioterapia mostrou benefício clínico sustentado em pacientes com câncer de mama triplo-negativo avançado (aTNBC) sensível à quimioterapia à base de platina, independentemente da mutação germinativa BRCA ou do status PD-L1. Os resultados são do estudo de Fase 2 DORA, publicado no periódico Clinical Cancer Research.
Estudo de mundo real mostrou a viabilidade e a replicabilidade do uso do anti PD-L1 cemiplimabe no câncer cervical avançado, em uma prática já adotada na Itália. Os resultados são do estudo MITO44 e foram relatados por Tuninetti et al. no European Journal of Cancer.
Substituir o critério de anos-maço para a elegibilidade ao rastreamento do câncer de pulmão por um critério de duração do tabagismo ≥20 anos poderia aumentar substancialmente o número de tumores diagnosticados e eliminar as disparidades raciais no rastreio. É o que defende artigo de Potter et. al publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO), em análise que avaliou indivíduos tabagistas de dois grandes estudos de coorte.
O oncologista Guilherme Nader-Marta (foto) é primeiro autor de revisão sistemática e meta-análise publicada no ESMO Open que avaliou o valor prognóstico do ctDNA em pacientes com câncer de mama ressecável (não metastático). “Nesta meta-análise, a detecção de ctDNA foi associada a um risco aumentado de recorrência de câncer de mama e morte”, observaram os autores. O oncologista Evandro De Azambuja é coautor do trabalho.