ASH 2019: Experiência institucional enfrenta barreiras de acesso
Estudo com 182 pacientes tratados para linfoma difuso de grandes células B (LDGCB) em uma rede segura de cancer center revelou que pacientes não caucasianos tiveram resultados de saúde semelhantes aos pacientes caucasianos. As descobertas apresentadas na ASH 2019 contrastam com estudos populacionais anteriores que apontaram disparidades raciais nos resultados do linfoma e sugerem possíveis medidas que os centros terciários podem adotar para ajudar a diminuir as diferenças.
Estudo com mais de mil pacientes com LMA apresentado no ASH 2019 revelou que os afro-americanos são mais propensos a apresentar evidências de funcionamento renal anormal do que os brancos; no entanto, essa diferença não está associada a nenhuma diferença na sobrevida global. As descobertas têm implicações para o desenho de ensaios clínicos, que podem excluir minorias desnecessariamente.
Trabalho apresentado no ASH 2019 analisou quase 1,5 mil participantes de ensaios clínicos e demonstrou que crianças de regiões mais pobres tiveram probabilidade 2,4 vezes maior de morrer durante o tratamento para leucemia mieloide aguda (LMA) em comparação com aquelas que vivem em bairros de média e alta renda. Embora pesquisas anteriores tenham apontado disparidades raciais na sobrevivência ao câncer, o novo estudo é o primeiro a identificar o status socioeconômico como um contribuinte essencial para as disparidades entre crianças com LMA que foram incluídas em ensaios clínicos.
Principal encontro da hematologia mundial, a 61ª edição do congresso da Sociedade Americana de Hematologia (ASH 2019) reúne cerca de 3 mil abstracts para apresentação oral e em pôster. O evento acontece entre os dias 7 e 10 de dezembro, em Orlando, Flórida.
“No tratamento do câncer de mama triplo negativo evoluímos menos nas últimas três décadas e realmente é um desafio melhorar o prognóstico”. A afirmação é de Romualdo Barroso de Sousa (foto), oncologista clínico e coordenador de Pesquisa Translacional do Hospital Sírio-Libanês em Brasília, que falou ao Onconews durante a II Semana Brasileira de Oncologia, realizada de 23 a 26 de outubro no Rio de Janeiro.
Os inibidoes de PARP no tratamento do câncer epitelial de ovário foram tema da apresentação da oncologista Angélica Nogueira-Rodrigues (foto), presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA/GBTG) e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), durante a II Semana Brasileira da Oncologia. Confira a síntese da especialista.
Há implicações da nova classificação da Organização Mundial de Saúde (WHO 2017) no tratamento dos tumores neuroendócrinos grau 3 (TNEs G3)? A questão foi tema da apresentação da oncologista Juliana Florinda Rêgo (foto), diretora do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG) e médica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, durante a II Semana Brasileira da Oncologia.
O papel do tecido na era da biopsia líquida foi tema da apresentação do patologista Cristovam Scapulatempo (foto), gerente de inovações em Patologia e Patologia Molecular do Grupo DASA, durante a II Semana Brasileira da Oncologia. A discussão integrou a sessão educacional sobre ‘Atualização em Diagnóstico Molecular’. Confira a síntese do especialista.
Assunto em evidência em recentes congressos internacionais, a qualidade de vida de pacientes com câncer esteve em pauta durante a II Semana Brasileira da Oncologia, em apresentação de Daniela Freitas (foto), oncologista do ICESP e do Hospital Sírio-Libanês. Confira a síntese da especialista.
A cirurgiã Angelita Habr-Gama (foto), médica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo e do Instituto Angelita e Joaquim Gama foi a vencedora da primeira edição do Prêmio SBOC de Protagonismo Feminino na Oncologia. A premiação aconteceu durante a II Semana Brasileira de Oncologia.
Alexandre Ferreira Oliveira (foto) assume a presidência da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica e em entrevista ao Onconews aponta metas e desafios da SBCO. "Um trabalho da Organização Mundial de Saúde dimensiona a importância do desafio e da missão da SBCO: dois terços dos pacientes com tumores sólidos estão acima dos 65 anos e 59% dos pacientes que têm câncer inicial são tratados apenas com cirurgia oncológica. Isso mostra que a cirurgia oncológica tem um papel fundamental no tratamento do câncer", observa.