SABCS 2015: TH3RESA mostra resultados finais em San Antonio
Pacientes com câncer de mama metastático HER2-positivo que progrediram a duas linhas de terapia anti-HER2 (trastuzumab e lapatinib) demonstraram benefícios com o tratamento com trastuzumabe emtansine (T-DM1), com aumento na mediana de sobrevida global. É o que apontam os resultados finais do estudo TH3RESA, apresentado em San Antonio dia 11 de dezembro por Hans Wildiers (foto), professor de oncologia médica em Leuven, na Bélgica, e líder da investigação.
O estudo de fase II CALGB / Alliance 40603, apresentado no dia 8 de dezembro por William Sikov (foto), mostrou que alcançar resposta patológica completa (pCR) com tratamento neoadjuvante tem impacto nos resultados de sobrevida. Mais pacientes tratados com quimioterapia antes da cirurgia tiveram resposta patológica completa em relação aqueles que no momento da cirurgia tinham doença invasiva ou residual.
Dados do estudo IBIS II apresentados por Jack Cuzik (foto), diretor do Wolfson Institute of Preventive Medicine na Queen Mary University, em Londres, mostram que não houve diferença significativa nas taxas de recorrência entre mulheres com carcinoma ductal in situ (CDIS) em uso de anastrozol ou tamoxifeno, mas foram encontradas diferenças importantes nos perfis de efeitos secundários.
A terapia de conservação da mama obteve melhores resultados do que a mastectomia em pacientes com câncer de mama inicial. É o que demonstra estudo apresentado pela pesquisadora holandesa Sabine Siesling (foto) no San Antonio Breast Cancer Symposium 2015.
Diferentes mutações podem prever diferentes respostas entre pacientes com câncer de mama metastático receptor de estrogênio positivo. Sarat Chandarlapaty (foto), do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, mostrou que mutações associadas ao gene do receptor de estrogênio 1 (ESR1) são associadas a piores resultados de sobrevida.
Estudo apresentado por Reuben Harris (foto), do departamento de Bioquímica Molecular do Howard Hughes Medical Institute no San Antonio Breast Cancer Symposium 2015 sugere que a enzima APOBEC3B pode estar envolvida no mecanismo de resistência ao tamoxifeno.
De acordo com o estudo de fase III DBCG77B, apresentado por Torsten Nielsen (foto), professor de patologia na Universidade de British Columbia, Canadá, no 2015 San Antonio Breast Cancer Symposium, mulheres na pré-menopausa com câncer de mama invasivo subtipo luminal A que receberam quimioterapia adjuvante apresentaram taxas de sobrevida livre de doença em 10 anos semelhantes ao grupo de mulheres que não recebeu o tratamento.
Estudo apresentado por Michael Gnant (foto), da Universidade Médica de Viena, na Áustria, concluiu que adicionar denosumab à terapia adjuvante com inibidor da aromatase melhora a sobrevida de pacientes na pós-menopausa com câncer de mama receptor hormonal positivo. Os dados são do estudo de fase III ABCSG-18, apresentado dia 8 de dezembro.
O estudo HELIOS demonstrou a superioridade do ibrutinib, agente que ampliou de forma significativa o tempo de remissão da doença em pacientes com leucemia linfocítica crônica (LLC) refratária ou recorrente, quando associado ao regime padrão, de bendamustina e rituximabe (BR). Diante da magnitude de resposta, novos estudos estão em curso. Para a hematologista Jacqueline Barrientos (foto), uma das autoras do HELIOS, a resposta deve vir do ensaio com venetoclax, que apresentou na ASH 2015 os resultados do estudo de fase 2.
Um estudo de fase III, randomizado, placebo-controlado, avaliou a eficácia de idelalisib adicionado à bendamustina (B) e rituximab (R), o tratamento padrão para pacientes com leucemia linfocítica crônica recidivado ou resistente ao tratamento. Os dados foram apresentados por Andrew D. Zelenetz (foto), do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, durante a sessão de Late-Breaking Abstracts na terça-feira, 8 de dezembro.
Jesus San Miguel (foto), professor de hematologia da Universidade de Navarra, em Pamplona, Espanha, apresentou no 57o Congresso anual da Sociedade Americana de Hematologia (ASH), em Orlando, os resultados preliminares do estudo KEYNOTE-023, que avalia a segurança, tolerabilidade e eficácia de pembrolizumab em combinação com lenalidomida e dexametasona em baixa dose em pacientes com mieloma múltiplo recidivado/refratário.