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MAIOLINO NET OKEstudo de McDonald et al publicado no Journal of Clinical Oncology mostrou associação positiva entre a irradiação corporal total (TBI) em idade precoce e o desenvolvimento subsequente de câncer de mama em sobreviventes de transplante de medula óssea (TMO). Segundo os autores, esses achados devem ser considerados para orientar o rastreamento do câncer de mama nessa população. “A exposição à TBI em idade <30 anos foi associada a um risco 4,4 vezes maior de câncer de mama em sobreviventes de TMO alogênico e a um risco 4,6 vezes maior em sobreviventes de TMO autólogo”, alertam. O oncohematologista Ângelo Maiolino (foto) comenta os resultados.

cessacao tabagismo NET OKO tabagismo está associado ao aumento do risco de câncer colorretal (CRC), mas não está claro qual é a força dessa associação, se existe uma dose-resposta, ou mesmo qual o efeito do tabagismo em diferentes subtipos de CRC. Meta-análise que avaliou 188 estudos reportou os resultados em artigo publicado em agosto por Botteri E et al. no American Journal of Gastroenteroly.

covid 4 bxEstudo realizado no Reino Unido avaliou o risco de morte por COVID-19 de acordo com o subtipo de câncer, em uma análise prospectiva que considerou mais de mil pacientes. Os resultados foram reportados 24 de agosto no Lancet Oncology e devem ser vistos com cautela. “Pacientes com neoplasias hematológicas (leucemia, linfoma e mieloma) estão sobrerrepresentados, o que talvez sugira uma suscetibilidade aumentada a priori à infecção viral”, destacam os autores.

flavio carcano bxExistem inúmeras barreiras para o tratamento do câncer testicular em populações carentes, que podem levar a piores resultados de sobrevida. Estudo publicado na Cancer1 por pesquisadores da Universidade do Texas e do UT Southwestern Medical Center mostra como a integração e padronização do atendimento podem superar os fatores sociodemográficos que limitam o atendimento ao paciente. Flavio Cárcano (foto), oncologista do Hospital de Câncer de Barretos, analisa os resultados.

Aline Chaves NET OKEstudo randomizado de Fase III conduzido no Tata Memorial Center, na Índia, mostrou que quimioterapia metronômica oral não é inferior à cisplatina intravenosa no que diz respeito à sobrevida global em câncer de cabeça e pescoço no cenário paliativo e está associada a menos eventos adversos. “Representa um novo padrão de tratamento alternativo quando as opções atualmente aprovadas pela NCCN para terapia paliativa não forem viáveis “, destacam os autores, em artigo no Lancet Global Health. A oncologista Aline Chaves (foto), presidente do Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP) e médica da clínica DOM Oncologia, comenta o trabalho.

mariannyArtigo de Adler et al. publicado 19 de agosto no NEJM Journal Watch discutiu os resultados do estudo de Zhang L et al sobre ablação guiada por ultrassom endoscópico em tumores pancreáticos. A revisão sustenta que a taxa de sucesso clínico de procedimentos de ablação é encorajadora e que a maioria dos eventos adversos foram leves e tratados com medicamentos, mas ressalva que muitos dos estudos incluídos na meta-análise foram pequenos e com acompanhamento limitado. “Embora o estudo sugira que a ablação guiada por EUS é eficaz, os critérios aplicados para definir o sucesso clínico devem ser analisados para melhor avaliar a eficácia do método”, observa Marianny Sulbaran (foto), endoscopista do HCFMUSP.

braga fernanda bxEstudo de coorte retrospectivo buscou avaliar a letalidade da neoplasia trofoblástica gestacional em mulheres brasileiras, comparando os casos de morte pela doença com as sobreviventes e identificando fatores associados à letalidade. “O estudo é o primeiro a analisar independentemente os fatores de risco para morte entre neoplasia trofoblástica gestacional de baixo e alto risco, em comparação com sobreviventes”, explicam os ginecologistas Fernanda Freitas e Antonio Braga (foto), autores do artigo publicado no periódico Gynecologic Oncology.

emilia 3 bxA bióloga Emilia Modolo Pinto (foto), pesquisadora associada do St. Jude Children's Research Hospital, é primeira autora de artigo de revisão publicado na Cancer1 que destaca as principais contribuições científicas envolvendo a mutação TP53 p.R337H nos últimos 20 anos. “No Brasil, uma história fascinante sobre p53 e predisposição ao câncer teve início no ano 2000 com a identificação da mutação TP53 p.R337H. Aprendemos muito sobre a genética e a biologia dessa mutação, muito provavelmente de origem europeia, mas que ocorre numa frequência elevada em nossa população”, afirma a pesquisadora.

PILAR OFICIAL NET OKPublicado no Journal of Clinical Oncology (JCO), guideline da ASCO fornece recomendações para o uso de inibidores de PARP no tratamento do câncer epitelial de ovário, tuba uterina ou primário de peritôneo. As recomendações são dirigidas a pacientes sem tratamento prévio com essa classe de medicamentos. “O trabalho organiza as evidências e propõe diretrizes para seu uso e manejo de eventos adversos, com indicações claras para monitoramento e redução de dose a fim de preservar a eficiência e segurança do tratamento e a qualidade de vida das pacientes”, avalia a oncologista Maria Del Pilar Estevez Diz (foto), Coordenadora da Oncologia Clínica do ICESP.

O cirurgião oncológico Rodrigo Perez (foto) é autor sênior de revisão retrospectiva publicada no periódico Diseases of the Colon & Rectum que analisa os resultados do resgate de pacientes com câncer de reto distal tratados com estratégia de Watch and Wait após resposta clínica completa. A cirurgiã Laura Melina Fernandez, da Fundação Champalimaud, em Lisboa, Portugal, é a primeira autora do trabalho.

Ana Lucia Coradazzi NET OKAs técnicas contemplativas (mindfulness) têm impacto positivo no combate à ansiedade em pacientes com diagnóstico de câncer, com resultados que persistem por até 6 meses. É o que mostram os resultados da meta-análise recentemente publicada por Oberoi S et al. no JAMA Network Open, tema da análise de Schwenk TL et al. na NEJM Journal Watch.”É interessante poder medir os benefícios desse tipo de intervenção de forma mais objetiva para que sua indicação seja adotada de forma mais consistente durante o tratamento oncológico”, avalia a oncologista Ana Lucia Coradazzi (foto), responsável pela equipe de Oncologia Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (UNESP), em Botucatu, São Paulo.

sangueA agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou o uso de daratumumabe (Darzalex®, Janssen) em combinação com carfilzomibe e dexametasona (DKd) para o tratamento de pacientes adultos com mieloma múltiplo recidivante/refratário que receberam uma a três linhas anteriores de tratamento. A aprovação é baseada nos resultados dos estudos de Fase III CANDOR e Fase 1b EQUULEUS, e representa a primeira aprovação de um anti-CD38 com carfilzomibe.

roberto arai bx 2020Roberto J. Arai (foto), gerente do núcleo de pesquisa clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, é primeiro autor de artigo que apresenta a experiência institucional do ICESP para manter a atividade de pesquisa clínica no contexto da COVID-19, assegurando a continuidade dos ensaios e a segurança dos pacientes participantes. O artigo foi publicado 13 de agosto na Contemporary Clinical Trials Communications (CCTC), da Elsevier.

Denis Jardim NET OKEstudo de mundo real revelou o padrão de tratamento mais utilizado nos Estados Unidos em pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração (mCPRC). Abiraterona / prednisona, enzalutamida e docetaxel foram as terapias prescritas com mais frequência nas configurações de primeira, segunda e terceira linha, respectivamente, como reportam George, DJ et al. em artigo na Clinical Genitourinary Cancer. Quem analisa os resultados é o oncologista Denis Jardim (foto), coordenador de Pesquisa Clínica do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

approved NET OKA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma nova indicação de enzalutamida (Xtandi®, Astellas), agora para pacientes com câncer de próstata sensível à castração metastático sem docetaxel concomitante. A nova indicação é baseada nos resultados dos estudos de Fase III ARCHES e ENZAMET. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União1 dia 17 de agosto.

linei augusta brolini delle urban 2020 bxQual a faixa etária ideal para iniciar o rastreamento do câncer de mama? O ensaio clínico randomizado UK Age Trial envolveu 23 unidades de triagem mamária na Grã-Bretanha para estimar o efeito do rastreamento mamográfico em mulheres de 40-48 anos na mortalidade por câncer de mama. Resultados atualizados reportados no Lancet Oncology mostram que diminuir o limite  de idade para o rastreamento de 50 para 40 anos pode reduzir a mortalidade por câncer de mama. Quem comenta é Linei Urban (foto), coordenadora da Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia e radiologista da Clínica DAPI, em Curitiba.

Podcast OnconewsO mastologista Silvio Bromberg, do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e do departamento de Mastologia da BP Mirante, discute análise retrospectiva publicada no Annals of Surgical Oncology que avalia pacientes axila clinicamente positiva que continuou positiva após tratamento com quimioterapia neoadjuvante, comparando a sobrevida conforme o tratamento recebido - retirada somente do linfonodo sentinela e radioterapia versus esvaziamento axilar e radioterapia. Ouça, em mais um PODCAST ONCONEWS.