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Estudo prospectivo randomizado controlado que comparou a segurança e a eficácia de duas abordagens de nutrição para pacientes com câncer gástrico após gastrectomia total radical apresentou resultados que apoiam a alimentação oral precoce em relação à sonda enteral, demonstrando que a alimentação oral não apenas satisfez a necessidade de ingestão oral como também reduziu a distensão abdominal, promoveu recuperação pós-operatória mais rápida da função intestinal sem aumentar o risco de complicações anastomóticas e ainda reduziu o tempo de internação, com consequente redução de custos hospitalares.

Em estudo de coorte liderado pelo MD Anderson Cancer Center, que envolveu 3.137 pacientes com melanoma, majoritariamente homens, as taxas de incidência de fraturas osteoporóticas aumentaram após o tratamento com inibidores de checkpoint imunológico (ICI). “A osteoporose e as fraturas osteoporóticas podem representar um novo evento adverso imune relacionado com a terapia de ICI”, analisam os autores, em artigo na BMJ Oncology.

Em pacientes com câncer de pulmão, o monitoramento online de sintomas de resultados relatados pelo paciente resultou em melhorias na qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) por até 1 ano em comparação com o grupo de controle. “Os resultados fornecem evidências para pesquisas futuras sobre a implementação sustentável do monitoramento online de sintomas de resultados relatados pelo paciente na prática diária de oncologia clínica”, afirmaram os autores do estudo em artigo publicado no JAMA Network Open.

A dieta baseada em vegetais está associada a uma melhor sobrevida entre pacientes com câncer colorretal não metastático, mas sua associação na doença metastática é desconhecida. Agora, estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute (JNCI) sugere que a dieta baseada em vegetais, especialmente quando rica em alimentos vegetais saudáveis, está associada a melhor sobrevida também entre pacientes com câncer colorretal metastático.

A Sociedade Europeia de Oncologia Ginecológica, a Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia e a Sociedade Europeia de Endoscopia Ginecológica desenvolveram diretrizes baseadas em evidências, com foco em estratégias de preservação da fertilidade de pacientes com câncer cervical, câncer de ovário e tumores ovarianos limítrofes. As recomendações estão em artigo de Philippe Morice e colegas no Lancet Oncology.

As diretrizes desencorajam o tratamento anticâncer sistêmico (SACT) para pacientes com câncer avançado com prognóstico limitado antes da morte, abordagem associada a alta toxicidade e redução da qualidade de vida, considerada um cuidado de baixo valor. No entanto, um número significativo de pacientes continua a receber SACT nos últimos 30 dias de vida, como indicam resultados de Le et al. relatados no ESMO Open.

Em 2009, um grupo de trabalho da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC) revisou sistematicamente evidências sobre a carcinogenicidade de agentes infecciosos, indicando 11 agentes avaliados como carcinógenos humanos, com evidências para aproximadamente 30 associações causais. Agora, Haas et al. expandem a lista, identificando 43 tipos de câncer com suspeita de causalidade infecciosa, com dados importantes para a prevenção do câncer em populações cronicamente imunossuprimidas.

Entre 2013 e 2019, houve aumento na proporção de fumantes entre as gestantes, de 4,7% para 8,5%, e queda no percentual das mulheres não grávidas que fumam, de 9,6% para 8,4%. É o que demonstra estudo desenvolvido pelo epidemiologista e pesquisador do Instituto Nacional de Câncer (INCA) André Szklo (foto), em parceria com profissionais da Escola de Saúde Pública da Johns Hopkins Bloomberg. Os resultados foram publicados no periódico Nicotine & Tobacco Research.

Antes do sequenciamento de próxima geração (NGS), a avaliação de um paciente com neuropatia normalmente consistia em triagem para causas adquiridas, seguidas pelo teste genético clínico de PMP22, MFN2, GJB1 e MPZ em pacientes com histórico familiar positivo e início do sintoma antes dos 50 anos. Agora, estudo que examinou a utilidade clínica do NGS em uma grande coorte de pacientes apoia a consideração dos testes genéticos da linhagem germinativa em pacientes com neuropatia. Os resultados foram publicados no Journal of the Peripheral Nervous System (JPNS).

Em estudo transversal com 5.078 entrevistados com câncer que buscavam apoio psicossocial, mais da metade desses pacientes relataram ter sintomas cognitivos de qualquer gravidade. Os resultados foram publicados no JAMA Network Open e contribuem para informar a tomada de decisões sobre o acesso à triagem cognitiva, avaliação e cuidados de suporte em pacientes de câncer.

Estudo que avaliou dados moleculares de uma grande coorte de meningiomas, somando informações do ensaio de fase 2  NRG Oncology RTOG-0539, traz novos insights sobre biomarcadores moleculares de resposta ao tratamento. “Este estudo destaca o potencial do perfil molecular para refinar a tomada de decisões cirúrgicas e de radioterapia”, analisam os autores, em artigo na Nature Medicine. A oncologista Camila Yamada (foto), chair do LACOG Neuro-Oncology e titular da BP, a Beneficência Portuguesa de São Paulo, comenta os resultados.

Não há benefício de adicionar oxaliplatina (OX) ao regime de quimioterapia com fluoropirimidina (FP) mais bevacizumabe (BEV) como tratamento de primeira linha em pacientes idosos com câncer colorretal metastático irressecável, como demonstram resultados do estudo japonês JCOG1018. “Portanto, FP mais BEV ainda é considerado o tratamento de primeira linha padrão nessa população”, descrevem os autores, em artigo no Journal of Clinical Oncology.

Estudo randomizado de fase III conduzido em 17 hospitais da China não mostrou diferenças significativas de sobrevida livre de doença em 3 anos ou de sobrevida global entre a excisão mesoncólica completa (EMC) e a dissecção D2 em pacientes com câncer de cólon do lado direito. Os resultados estão em artigo do RELARC Study Group, no Journal of Clinical Oncology (JCO). “A dissecção D2 padrão deve ser o procedimento de rotina para esses pacientes. EMC deve ser considerada apenas em pacientes com envolvimento óbvio de linfonodo mesocólico”, destacam os autores.

Em resposta à necessidade emergente de padronizar o desenvolvimento de medicamentos tumor-agnósticos, a Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) desenvolveu o ESMO Tumor-Agnostic Classifier and Screener (ETAC-S), um conjunto facilmente aplicável de requisitos mínimos para rastrear e reivindicar o potencial agnóstico de opções de tratamento de câncer guiadas molecularmente. Benedikt Westphalen (foto), presidente do Grupo de Trabalho em Medicina de Precisão da ESMO, é primeiro autor de artigo publicado no Annals of Oncology que apresenta a metodologia utilizada para a criação da ferramenta.

Estudo de coorte observacional integrado ao ensaio randomizado CALGB/SWOG 80702 (Alliance) mostrou que em pacientes com câncer de cólon em estágio III, a atividade física foi associada à melhora da sobrevida livre de doença, apesar da alta inflamação. Os resultados estão em artigo publicado no Journal of the National Cancer Institute (JNCI).

Acompanhamento de longo prazo dos ensaios randomizados da Women's Health Initiative mostrou que em mulheres que fizeram terapia hormonal na menopausa, o estrogênio equino conjugado (CEE) isolado pode aumentar o risco de desenvolver e morrer de câncer de ovário, enquanto CEE combinado com acetato de medroxiprogesterona (MPA) reduziu significativamente a incidência de câncer endometrial. Os resultados estão em artigo de Chlebowski e colegas publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO).

Em análise que  considerou 1968 homens da coorte europeia EPIC (European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition), com um seguimento mediano de 9,5 anos, cada incremento de 5 unidades no índice de massa corporal (IMC) pré ou pós-diagnóstico do câncer de próstata foi associado a uma taxa 30% maior de mortalidade por todas as causas e a uma taxa 49% maior de mortalidade específica por câncer de próstata. Os resultados foram publicados (ahead of print) no JNCI Cancer Spectrum, com participação da brasileira Elisabete Weiderpass (foto), da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer.