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Intervenções para reduzir a discordância nos objetivos de cuidados entre pacientes e cuidadores podem ajudar no desenvolvimento de expectativas de cuidados realistas, evitando, em última análise, o uso de tratamentos dispendiosos e ineficazes. É o que sugere estudo de coorte publicado no JAMA Network Open. Luis Fernando Rodrigues (foto), médico paliativista no Hospital de Câncer de Barretos (Hospital do Amor), analisa os resultados.

As diretrizes recomendam testes genéticos germinativos para pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático (PDAC). Infelizmente, a utilização desses testes permanece subutilizada, como alertam Klatte et al. no JCO Oncology Practice. Yuri Moraes (foto), médico geneticista do serviço de oncogenética do Américas Oncologia, discute os principais achados.

A busca por novos biomarcadores clínicos no câncer de próstata é uma necessidade urgente. Os telômeros podem ser um desses alvos, afirmam Miguel Srougi (foto) e colegas, em artigo na Cancer Genetics. Os resultados indicam que a regulação positiva dos genes shelterin e CST, assim como telômeros mais longos, estão associados a características prognósticas desfavoráveis no câncer de próstata.

Estudo de Daniele Assad Suzuki e colegas (BrasiLEEira) mostra resultados de ribociclibe no contexto brasileiro em um cenário de mundo real, demonstrando sobrevida livre de progressão de 77,6% e perfil de segurança manejável. Os autores destacam que esses resultados expandem a validade dos desfechos avaliados em ensaios clínicos randomizados para um espectro mais amplo e uma população sub-representada que pode se beneficiar do tratamento com ribociclibe.

Estudo liderado por pesquisadores da Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC) e publicado no JAMA avaliou se a incidência de câncer em estágio avançado pode ser um endpoint alternativo em ensaios clínicos randomizados de rastreamento do câncer, ao invés da mortalidade câncer específica, até hoje considerado o endpoint padrão-ouro. Os resultados têm implicações para ensaios clínicos de rastreio multi-câncer. O médico epidemiologista Arn Migowski (foto) analisa os principais achados.  

Em 2020, o câncer de bexiga foi o sétimo câncer mais prevalente no mundo e projeções a partir de dados da GLOBOCAN indicam prevalência em 5 anos de mais de 1,7 milhão de casos. Estudo de Wéber et al. publicado na World Journal of Urology estima que a taxa de mortalidade por câncer de bexiga pode triplicar entre as mulheres até 2040, destacando tendências opostas de mortalidade por gênero e necessidades urgentes de intervenções globais.

Em pacientes com câncer hospitalizados com dor moderada a intensa relacionada ao câncer e/ou ao tratamento oncológico, a realidade virtual proporcionou maior alívio não farmacológico da dor em comparação com o controle ativo, com manutenção desse benefício por muito tempo após a conclusão da intervenção. É o que demonstra estudo publicado na Cancer, periódico da American Cancer Society (ACS).

Revisão sistemática e meta-análise investigou a prevalência da deficiência de vitamina B12 e seus sintomas em pacientes com câncer gástrico (CG) submetidos à gastrectomia. “A deficiência de nutrientes é uma das complicações comuns em pacientes submetidos à gastrectomia, principalmente aquelas vitaminas e minerais absorvidos no estômago ou por substâncias do suco gástrico, como a vitamina B12”, observam os autores em artigo publicado no European Journal of Cancer Prevention.

O tratamento de manutenção com olaparibe está associado a maior sobrevida em pacientes com tumores de câncer de ovário com perfil genômico BRCA-like previamente estabelecido? Análise secundária do ensaio clínico randomizado PAOLA-1 sugere que o classificador BRCA-like pode ser utilizado como biomarcador para terapia de manutenção com olaparibe. Os resultados foram publicados no JAMA Network Open.

Resultados iniciais de um estudo de dois anos, apresentado no congresso da Associação Europeia de Urologia em Paris, sugerem que não há risco aumentado de recorrência em pacientes que fizeram um teste de biomarcador urinário em vez de uma cistoscopia flexível padrão como estratégia de seguimento após a cirurgia do câncer de bexiga. A nova pesquisa é a primeira a avaliar um teste de biomarcador urinário em pacientes de alto risco através de um estudo randomizado e controlado.

Resultados atualizados do estudo TOPAZ-1 de Fase III mostraram que durvalumabe (Imfinzi®, da AstraZeneca) em combinação com a quimioterapia padrão demonstrou benefício clinicamente significativo na sobrevida global (SG) a longo prazo para pacientes com câncer do trato biliar avançado. Esses resultados são o acompanhamento de sobrevida mais longo já relatado para um estudo global randomizado de Fase III neste cenário.

Não há consenso sobre o tratamento de segunda linha de pacientes com neoplasias neuroendócrinas progressivas de alto grau (NENs G3) e carcinoma neuroendócrino pulmonar de grandes células, que geralmente apresentam status de desempenho ruim e baixa tolerância à terapia combinada. Resultados de ensaio de fase II sugerem a eficácia e segurança de temozolomida intermitente em pacientes com NENs G3 avançados pré-tratados com platina.

A 39ª edição do congresso da Associação Europeia de Urologia (EAU) destacou novos achados sobre a triagem do câncer de próstata, mostrando que um simples exame de sangue a cada cinco anos é suficiente para rastrear homens de baixo risco. Os resultados foram apresentados por Peter Albers, do Departamento de Urologia da Heinrich-Heine University Düsseldorf, em estudo com publicação simultânea na European Urology.

A adição de 177-Lu à enzalutamida melhorou a sobrevida livre de progressão do PSA no câncer de próstata metastático resistente à castração, fornecendo evidências de maior atividade anticancerígena em pacientes com fatores de risco para progressão precoce com enzalutamida. Os resultados são de estudo de Emmett et al. publicado no Lancet Oncology.