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Leandro Luongo Matos (foto), do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, é o primeiro autor das diretrizes latino-americanas para o cuidado de pacientes com câncer de cabeça e pescoço, publicadas no JCO Global Oncology. O consenso apresenta evidências do manejo do carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço, considerando a disponibilidade de recursos e o benefício oncológico.

Estudo do Gynecologic Oncology Group (GOG-279) destacado em 2023 no congresso anual da Sociedade de Oncologia Ginecológica mostrou que cisplatina e gencitabina semanais concomitantes com IMRT melhoraram a resposta patológica completa em mulheres com carcinoma espinocelular vulvar irressecável. Os resultados estão agora em artigo de Horowitz et al. no Journal of Clinical Oncology (JCO). “O estudo GOG279 tem o potencial de mudar nossa prática clínica no tratamento do câncer de vulva localmente avançado”, diz Eduardo Paulino (foto), oncologista do INCA, que comenta os principais achados.

O câncer de próstata é o câncer mais comum nos homens em 112 países. A Comissão Lancet em Câncer de Próstata, constituída para propor estratégias capazes de minimizar a carga da doença – especialmente em países de baixa e média renda - apresenta projeções de casos de câncer de próstata em 2040, com base nas alterações demográficas e no aumento da expectativa de vida. O brasileiro Daniel Herchenhorn (foto) integra a Comissão.

A superexpressão das oncoproteínas E6 e E7 do papilomavírus humano (HPV) é necessária para a carcinogênese cervical induzida pelo HPV e, portanto, essas oncoproteínas são promissores biomarcadores para a detecção do câncer cervical. Estudo de Downham et al. avaliou as características técnicas e operacionais do teste OncoE6/E7 em mulheres HPV-positivas que vivem com e sem HIV em países de baixa e média renda, com achados que justificam a necessidade de refinar o teste de oncoproteínas antes de sua implementação nas abordagens de triagem e tratamento. Adeylson Guimarães Ribeiro, diretor adjunto de Informação e Epidemiologia da Fundação Oncocentro de São Paulo, comenta os resultados.

joao paulo solar vasconcelos bxJoão Paulo Solar Vasconcelos (foto), oncologista na University of British Columbia, em Vancouver, Canadá, é primeiro autor de estudo que avalia a localização do tumor primário do cólon transverso como um biomarcador no câncer colorretal metastático. Os resultados foram publicados no periódico Clinical Cancer Research.

pancreasAlgorítmos computacionais, deep learning e robôs que analisam grandes conjuntos de dados baseados na extração de registros eletrônicos de saúde. Em artigo no Lancet, Anirban Maitra e Eric Topol descrevem experiências bem-sucedidas que ajudam a entender como a inteligência artificial começa a se mostrar um caminho promissor na vigilância do câncer de pâncreas.

A literatura sobre custo-efetividade de terapias sistêmicas no câncer de mama avançado dificilmente representa as perspectivas dos países de renda média e baixa e é influenciada pelo financiamento da indústria farmacêutica. A conclusão é de revisão sistemática publicada no The Breast, em artigo que tem o oncologista Felippe Lazar Neto (foto), do ICESP, como primeiro autor.

mulheres corpoEstudo que incluiu quase 180 mil mulheres pós-menopausa inscritas no UK Biobank analisou até que ponto os fenótipos da forma corporal e o risco de câncer de mama (CM) na pós-menopausa são mediados por marcadores bioquímicos. Os resultados mostram diferentes vias que ligam formatos corporais específicos ao risco de câncer de mama, sugerindo a mediação através da testosterona e do IGF-1 na relação entre um formato corporal geralmente obeso e o risco de CM, enquanto o IGF-1 e o SHBG podem mediar o risco de CM em uma pessoa alta/magra.

Destacado em Sessão Plenária no congresso anual da European Association of Urology (EAU), em apresentação de Seth Lerner, do Baylor College of Medicine, o estudo de fase III SWOG S1011 não mostrou benefício de sobrevida livre de doença ou sobrevida global para linfadenectomia estendida em comparação com linfadenectomia pélvica padrão em pacientes com carcinoma urotelial músculo-invasivo tratados com cistectomia radical. O urologista Gustavo Franco Carvalhal (foto) comenta os resultados.

Estudo de Chen et al. é a maior análise discriminando pacientes com câncer de mama HER2-positivos com expressão simultânea do receptor de estrogênio e progesterona, receptor hormonal (HR) único ou ausência de HR no contexto da terapia neoadjuvante. Os dados de mundo real mostram três subtipos distintos de receptor hormonal, com diferentes manifestações clínicas e variadas respostas ao tratamento no cenário neoadjuvante. O mastologista Rafael da Silva Sá (foto), Professor de Medicina da Universidade do Oeste Paulista, comenta os resultados.

pulmao 23 1“Validamos a utilidade clínica da recém-proposta classificação N da 9ª edição para estágios clínicos e patológicos no câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP)”, destacam Kim et al. em artigo publicado no Journal of Thoracic Oncology. A nova classificação N mostrou clara separação prognóstica entre todas as categorias (N0, N1, N2a e N2b) em termos de sobrevida global e sobrevida livre de recorrência.

car tA terapia com células T do receptor de antígeno quimérico (CAR) trouxe impacto sem precedentes no tratamento de malignidades hematológicas, como leucemia linfoblástica aguda, linfoma de células B e mieloma múltiplo, mas a eficácia das CAR T cells em tumores sólidos permanece limitada. Dois estudos publicados na Nature trazem novos insights que podem melhorar a eficácia das CAR T cells contra tumores sólidos.

terapia alvo genomaQual é a validade dos alvos moleculares e do benefício clínico dos medicamentos contra o câncer direcionados ao genoma aprovados pela Food and Drug Administration? Análise que utilizou a Escala de Magnitude de Benefício Clínico da Sociedade Europeia de Oncologia e a escala validada para medir o impacto clínico de alvos moleculares mostrou que menos de um terço dos ensaios que embasaram registro sanitário demonstrou benefícios substanciais para os pacientes no momento da aprovação.

america latinaA criação de grupos cooperativos de pesquisa em câncer na América Latina contribuiu para aumentar a participação regional na pesquisa em câncer do pulmão nas últimas duas décadas, como aponta análise de Knapp et al. publicada no JCO Global Oncology. Apesar dos avanços, o estudo mostra que pacientes latino-americanos ainda são sub-representados nos ensaios clínicos.