SABCS 2014 e a pesquisa em câncer de mama
Pesquisadores de todo o mundo estão reunidos em San Antonio para discutir os principais avanços no tratamento do câncer de mama. Em sua 37ª edição, o San Antonio Breast Cancer Symposium tem mais de 7.500 participantes, de 90 países.
De acordo com dados apresentados na 37ª edição do San Antonio Breast Cancer Symposium, mulheres com câncer de mama HER2-positivo que tinham altos níveis de células imunes em seus tumores tiveram uma diminuição do risco de recorrência do câncer após o tratamento com quimioterapia isoladamente, em comparação com aquelas que tinham baixos níveis de células imunes infiltrantes no tumor.
Os resultados do ensaio de fase Ib para avaliar a eficácia e segurança do pembrolizumabe em pacientes com câncer de mama triplo-negativo metastático foram apresentados no SABCS e demonstraram que a droga foi bem tolerada e produziu respostas duradouras.
Aconteceu no Moscone Center em São Francisco, Califórnia, a 56ª edição do encontro anual da ASH, a conferência da Sociedade Americana de Hematologia. Este ano, de 6 a 9 de dezembro a ASH apresentou mais de 3 mil abstracts, entre a exibição de pôsteres e apresentações orais , com as últimas novidades da oncohematologia mundial. Veja o que foi destaque na ASH 2014.
O estudo de fase III RESONATE e o ensaio de fase II RESONATE-17, desenhado para avaliar a eficácia e segurança do ibrutinibe no tratamento da Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) recorrente ou refratária, apresentaram na 56ª ASH dados que mostram os benefícios desse agente terapêutico na população geral de pacientes e principalmente no subgrupo com deleção do cromossomo 17 (del 17p), variante agressiva da doença. O oncohematologista Marcelo Eduardo Zanella Capra comenta com exclusividade para o Onconews os resultados do RESONATE-17.
O estudo randomizado DASISION confirmou nesta 56ª ASH a superioridade do dasatinibe em comparação com imatinibe em pacientes com Leucemia Mieloide Crônica em fase crônica (LMC-CP), sem tratamento prévio.
A 56ª ASH mostrou avanços para pacientes vulneráveis e com doença de difícil controle. É o caso de novas combinações de tratamentos e terapias direcionadas para linfoma e mieloma múltiplo, que estão entre os destaques desta edição anual. Apesar dos avanços nos tratamentos de linfoma, melhorar o prognóstico para pacientes com recidiva de doença e resistente ao tratamento ainda é um desafio.
Os resultados da análise final do estudo CLL10 foram destaque na sessão plenária de sábado, na ASH 2014. O estudo foi liderado pelo grupo alemão (GCLLSG) e avaliou a quimioimunoterapia com fludarabina, ciclofosfamida e rituximabe versus bendamustina e rituximabe em pacientes com Leucemia Linfocítica Crônica (LLC), sem tratamento prévio. O oncohematologista Phillip Scheinberg comentou o estudo com exclusividade para o Onconews.
O grupo de pesquisa alemão liderado por Christoph Röllig, de Dresden, apresentou na ASH 2014 os resultados do estudo SORAML, que mostra o papel de sorafenibe no tratamento de leucemia mieloide aguda (LMA).
A 56ª ASH apresentou os resultados do estudo de fase III AETHERA, que investiga o uso do Brentuximabe Vedotin no tratamento de pacientes com Linfoma de Hodgkin com risco de progressão da doença, após o transplante autólogo.
Um estudo aberto, multicêntrico, de fase 1b, avaliou a combinação de daratumumab ao tratamento padrão no tratamento de mieloma múltiplo refratário ou resistente e concluiu que o agente melhora os resultados nesse subgrupo de pacientes.Os resultados positivos foram apresentados na 56ª ASH.