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Revisão sistemática e meta-análise publicada no British Journal of Cancer buscou investigar a incidência e os locais de risco de um segundo câncer primário em sobreviventes de câncer de mama masculino. O trabalho está em pauta no PODCAST ONCONEWS, com apresentação de Silvio Bromberg e Daniel Gimenes. Nesta edição, os especialistas também discutem comentário publicado no periódico Radiotherapy and Oncology, na seção ‘Carta ao Editor’, que traz uma reflexão sobre a necessidade de repensar o tratamento radioterápico em pacientes com câncer de mama inicial. Ouça.

azambuja ok bxAnálises anteriores do estudo GIM 2 (Gruppo Italiano Mammella) mostraram que a adição de fluorouracil à epirrubicina, ciclofosfamida e paclitaxel em pacientes com câncer de mama inicial com linfonodo positivo não melhora a sobrevida, enquanto a administraçao de quimioterapia de dose densa induz melhora significativa tanto na sobrevida livre de doença, quanto na sobrevida global. Análise publicada online 9 de novembro no Lancet Oncology apresenta os resultados de longo prazo deste estudo italiano e corrobora os achados existentes, demonstrando que o esquema ideal de quimioterapia adjuvante para pacientes com câncer de mama inicial de alto risco não deve incluir fluorouracil e deve usar esquema de dose densa. O oncologista brasileiro Evandro de Azambuja (foto), chefe do Medical Support Team (ex-BREAST Data Centre) do Institut Jules Bordet, em Bruxelas, Bélgica, comenta os resultados.

fda approvedA U.S. Food and Drug Administration (FDA) aprovou o uso do inibidor de PD-1 cemiplimabe (Libtayo®, Sanofi) em combinação com quimioterapia à base de platina para pacientes adultos com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado sem mutações EGFR, ALK ou ROS1. Publicada no dia 08 de novembro, a decisão é baseada nos resultados do estudo EMPOWER-Lung 3 (NCT03409614), publicado em agosto na Nature Medicine.

marcos renniMarcos Renni (foto), pesquisador do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é primeiro autor de estudo publicado no periódico Acta Scientific Women's Health que avalia como a prática de atividades físicos pode beneficiar pacientes em tratamento do câncer de mama. “Acreditamos na promoção da saúde através do exercício físico, uma ferramenta não farmacológica de reconhecida comprovação científica. Estamos em sintonia com a Organização Mundial da Saúde, que também defende essa prática”, afirma Renni.

aprovado 22A agência reguladora norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou o uso do anti-CTLA-4 tremelimumabe (Imjudo®, Astrazeneca) em associação com o inibidor de PD-L1 durvalumabe (Imfinzi®, Astrazeneca) no tratamento de primeira linha do carcinoma hepatocelular irressecável1. A aprovação é baseada nos resultados do estudo de Fase 3 HIMALAYA, apresentado no ASCO GI 2022 e publicado na New England Journal of Medicine2.

covid 4 bxPacientes com câncer e um sistema imune debilitado tratados com imunoterapias tendem a se sair muito pior da COVID-19 do que aqueles que não receberam essas terapias nos três meses anteriores ao diagnóstico de COVID. É o que mostra novo estudo de pesquisadores do Dana-Farber Cancer Institute publicado online no Jama Oncology, indicando que pacientes com câncer imunocomprometidos devem ter cuidado especial para evitar a COVID e, se necessário, devem receber tratamento agressivo.

GuidelinesA Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) publicou recomendações para o rastreamento da síndrome hereditária de câncer de mama e ovário, assim como diretrizes para a redução de risco em indivíduos afetados. As recomendações são baseadas em dados científicos disponíveis e na opinião de especialistas, destinadas principalmente a ambientes com muitos recursos.

neil grossA terapia neoadjuvante com cemiplimabe foi associada à resposta patológica completa em alta porcentagem de pacientes com carcinoma espinocelular cutâneo ressecável. É o que mostram resultados de estudo multicêntrico de Fase II reportados por Neil Gross (foto) e colegas na New England Journal of Medicine (NEJM), corroborando achados de estudo piloto que já apontava o benefício de cemiplimabe neoadjuvante nessa população de pacientes.

bernardo salvajoli 2020 bxAdicionar radioterapia estereotática (SBRT) à terapia sistêmica com sorafenibe para pacientes com câncer de fígado avançado pode estender a sobrevida global e retardar a progressão do tumor sem comprometer a qualidade de vida dos pacientes. Os resultados do estudo de Fase 3 NRG Oncology/RTOG 1112 (NCT01730937) foram apresentados no encontro anual da American Society for Radiation Oncology (ASTRO) e indicam que a radioterapia deve ser uma opção de tratamento padrão para pacientes com câncer de fígado que não elegíveis para ressecção e outras terapias locorregionais padrão. Bernardo Salvajoli (foto), médico especialista em radioterapia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e do Hospital do Coração (HCorOnco), comenta os resultados.

No podcast Onconews, Silvio Bromberg e Daniel Gimenes discutem os resultados de estudo Fase 2 publicado no Lancet Oncology que investiga a radioterapia isolada, sem cirurgia de mama, em pacientes com câncer de mama triplo-negativo em estágio inicial ou câncer de mama HER2-positivo tratadas com terapia sistêmica neoadjuvante que tiveram uma resposta patológica completa determinada por biópsia percutânea guiada por imagem assistida a vácuo. Os especialistas também analisam trabalho publicado no Annals of Oncology que avaliou a eficácia de durvalumabe neoadjuvante na sobrevida em pacientes com câncer de mama inicial triplo negativo independente da resposta patológica completa. Confira.

anelisa coutinho 21 bxA quimioterapia adjuvante à base de oxaliplatina por 6 meses continua sendo um padrão em pacientes com câncer de cólon (CC) em estágio III de alto risco. Análise combinada (ACCENT/IDEA) que avaliou o impacto da descontinuação precoce de todo o tratamento (ETD) ou a descontinuação precoce da oxaliplatina (EOD) no prognóstico mostrou que a ETD foi associada a piores resultados oncológicos, o que não foi observado com a descontinuação da oxaliplatina. “Naqueles pacientes com toxicidade cumulativa, favoreço a interrupção da oxaliplatina quando já receberam 75% do planejado, mantendo a base do fluorouracil até completar todo o período programado para adjuvância e evitando o efeito detrimental da interrupção completa", observa Anelisa Coutinho (foto), oncologista na clínica AMO e Diretora Científica do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).