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Coberturas Especiais

mark litzowEstudo selecionado como primeiro Late Breaking Abstract do ASH 2022 mostrou resultados de blinatumomabe (blin) no tratamento de pacientes com leucemia linfoblástica aguda (LLA) recém-diagnosticada, em apresentação de Mark R. Litzow (foto), da Mayo Clinic. A adição de blin à quimioterapia de consolidação resultou em benefício clínico e estatisticamente significativo de sobrevida global (HR: 0,42, 95% CI: 0,24 - 0,75; bilateral p=0,003), representando novo padrão de tratamento para pacientes com LLA BCR::ABL1 negativo.

gerard lllerhausEstudo internacional randomizado de fase III (MATRIx) que compara HDC-ASCT com terapia de consolidação não mieloablativa em pacientes com linfoma primário do sistema nervoso central (PCNSL) recém-diagnosticados apresentou no ASH`22 a primeira análise envolvendo o endpoint primário de sobrevida livre de progressão (SLP). Selecionado entre os Late Breaking Abstracts da edição deste ano, o estudo demonstra que a consolidação com HDC-ASCT apresenta resultados significativamente melhores de SLP do que a quimioimunoterapia não mieloablativa, com excelente relação risco-benefício (LBA3). Gerald Illerhaus (foto), do Klinikum Stuttgart, Alemanha, é o principal autor do trabalho.

jennifer brownZanubrutinib, um novo agente experimental, mostrou superioridade comparado a ibrutinibe no tratamento de pacientes com leucemia linfocítica crônica com doença recidivada/refratária e em pacientes com linfoma linfocítico de células pequenas (R/R CLL/SLL). É o que mostram os resultados de estudo randomizado de fase 3 (ALPINE) destacado no ASH 2022, que provou a superioridade de zanubrutinib comparado a ibrutinibe tanto na taxa de resposta global, quanto na sobrevida livre de progressão (LBA6). Os resultados foram apresentados por Jennifer R. Brown, diretora do Centro de Leucemia Linfocítica Crônica do Dana-Farber Cancer Institute, e publicados simultaneamente na New England Journal of Medicine (NEJM). 

christine ryanO regime triplet com acalabrutinibe, venetoclax e obinutuzumabe (AVO) é altamente ativo e bem tolerado em uma população com leucemia linfocítica crônica (LLC) enriquecida para doença de alto risco, com 83% dos pacientes TP53-aberrantes alcançando doença residual mínima indetectável na medula óssea (BM-uMRD) após 15 meses de tratamento. Os resultados são de estudo apresentado por Christine E. Ryan (foto) do Dana-Farber Cancer Institute, no ASH 2022.

luis alberto lageLuís Alberto de Pádua Covas Lage (foto), da Divisão de Hematologia e Terapia Celular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, é primeiro autor de estudo realizado pelo T-Cell Brazil Project selecionado para apresentação no ASH`22.  A análise retrospectiva envolve dados de 20 diferentes instituições brasileiras, com o objetivo de descrever o panorama nacional do Linfoma extranodal tipo nasal de células T/Natural Killer (ENKTL-NT).

sangue ash22Estudo de Fase II (CONCEPT) destacado no programa do ASH 2022 apresentou resultados da primeira análise interina pré-planejada avaliando o regime quádruplo no mieloma múltiplo de alto risco recém-diagnosticado, compreendendo a adição do anticorpo isatuximabe (Isa) à combinação de carfilzomibe (K), lenalidomida (R) e dexametasona (d).

thomas martinThomas Martin (foto), da Universidade da California, apresenta no ASH 2022 análise de subgrupo de estudo de Fase 3 (IKEMA) que avaliou isatuximabe associado a carfilzomibe e dexametasona (isa-Kd) na recidiva precoce ou tardia de pacientes com mieloma múltiplo recidivado e/ou refratário. Os resultados mostram que a adição de Isa a Kd melhorou a sobrevida livre de progressão e a profundidade de resposta, tanto na recidiva precoce quanto na recidiva tardia, com perfil de segurança gerenciável.

lma2 ash22Estudo finlandês que utilizou testes ex vivo de sensibilidade para prever a resposta à terapia com Venetoclax (Ven) em combinação com azacitidina (Aza) em pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA) com doença recorrente ou refratária apresentou no ASH 2022 resultados encorajadores, mostrando alta correlação com as respostas ao tratamento.

diversidadeO desenho do estudo clínico e os modernos critérios de inclusão/exclusão acabam por impactar o perfil racial e étnico de pacientes inscritos em ensaios de primeira linha no Linfoma Difuso de Grandes Células B (DLBCL, da sigla em inglês). É o que aponta análise de pesquisadores da Universidade de Iowa/Mayo Clinic apresentada no ASH 2022, demonstrando a necessidade de critérios mais inclusivos no ambiente de pesquisa clínica.

marcelo lacerdaGrandes avanços no tratamento de pacientes com leucemia linfocítica crônica (LLC) recorrente ou refratária (RR) foram observados na última década com a adoção de novos agentes. Marcelo Pitombeira de Lacerda (foto), da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), é primeiro autor de estudo de mundo real realizado por pesquisadores brasileiros, que buscou avaliar os resultados clínicos do tratamento de segunda linha em pacientes com LLC RR incluídos no Registro Brasileiro de LLC (BRCLL). O trabalho integra o programa da 64ª edição do ASH.

sattva neelapuA terapia CAR-T Cell axicabtagene ciloleucel (Yescarta®, Kite/Gilead) é aprovada para o tratamento de adultos com linfoma folicular (FL) após ≥2 linhas de tratamento anterior. Na análise de 2 anos do estudo ZUMA-5, as taxas de resposta global em pacientes com linfoma folicular e linfoma de zona marginal tratados com axi-cel foram de 94% (taxa de resposta completa [CR] de 79%) e 83% (taxa de CR de 63%), respectivamente (Neelapu et al. ASH 2021. Abstract 93). Agora, no ASH 2022, Sattva S. Neelapu (foto) e colegas relataram os resultados clínicos e farmacológicos atualizados do estudo após mais de 3 anos de mediana de acompanhamento, demonstrando respostas duráveis contínuas em pacientes com linfoma não-Hodgkin indolente recidivado/refratário, com melhora da sobrevida observada em pacientes com linfoma de zona marginal.