KEYNOTE-826: pembrolizumabe associado à quimioterapia melhora sobrevida no câncer de colo do útero avançado
Adicionar pembrolizumabe à quimioterapia, com ou sem bevacizumabe, melhorou a sobrevida global (SG) e a sobrevida livre de progressão (SLP) em pacientes com câncer de colo do útero persistente, recorrente ou metastático, independentemente da expressão de PD-L1. Os dados são do estudo randomizado de Fase 3 KEYNOTE-826, selecionado para apresentação oral no ASCO 2023.
O ensaio clínico global de Fase III COMMANDS avaliou luspatercepte versus epoetina-alfa em pacientes com síndrome mielodisplásica (SMD) de baixo risco. Resultados da análise interina pré-planejada estão no programa científico do ASCO 2023, indicando que luspatercepte cumpriu o principal endpoint, proporcionando independência transfusional com aumento simultâneo da hemoglobina, além de reduzir o risco de anemia.
Pacientes com câncer de mama nas faixas de índice de massa corporal (IMC) com sobrepeso ou obesidade podem obter perda significativa de peso por meio de uma intervenção por telefone. O estudo Breast Cancer Weight Loss (BWEL) é um dos destaques do encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) de 2023 e demonstra que a redução de peso tem impacto na sobrevida livre de doença invasiva em pacientes com câncer de mama.
A pancreatectomia distal minimamente invasiva com esplenectomia é uma alternativa segura e eficaz à cirurgia aberta para pacientes com câncer de pâncreas ressecável. Os resultados são do estudo DIPLOMA, o primeiro randomizado a comparar as duas técnicas cirúrgicas nessa população de pacientes. O trabalho é um dos destaques do programa científico do ASCO 2023.
Análise post-hoc de ensaio randomizado de fase III (OlympiAD) comparando a eficácia de olaparibe versus capecitabina no câncer de mama metastático em pacientes com mutação germinativa BRCA (gBRCAm) foi apresentada no ESMO Breast Cancer 2023. Os resultados mostram que em todas as populações analisadas, o tratamento com olaparibe foi associado a uma melhora mediana de SLP versus tratamento de escolha do médico ou capecitabina.
Estudo de fase II de braço único (ICARUS-BREAST01) que envolveu pacientes com câncer de mama avançado HR+ HER2-, não selecionados para expressão HER3, apresentou no ESMO Breast Cancer 2023 resultados que demonstram sinais precoces da atividade do conjugado anticorpo droga patritumab deruxtecan (HER3-DXd), com perfil de segurança administrável. O oncologista Gustavo Werutsky (foto), chair do Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG), comenta os resultados.
Os degradadores seletivos de receptores de estrogênio (SERDs) são uma alternativa promissora de tratamento após progressão da doença à terapia endócrina (ET) de primeira linha para pacientes com câncer de mama avançado receptor hormonal positivo (HR+), HER2 negativo. Revisão sistemática e meta-análise realizada por pesquisadores do AC Camargo Cancer Center buscou avaliar a eficácia de SERDS oral versus padrão de tratamento (SOC) de ET de acordo com a mutação ESR1 (ESR1mut). O residente Roberto Santiago Novello é o primeiro autor do trabalho; a oncologista Marcelle Goldner Cesca é a autora sênior.
Estudo do ICESP selecionado para apresentação em poster no ESMO Breast Cancer 2023 avaliou os resultados de longo prazo da imunoterapia neoadjuvante associada à quimioterapia no câncer de mama triplo negativo (TNBC, da sigla em inglês) em pacientes com doença inicial. A oncologista Mariana Gouveia (na foto, à esquerda) é a primeira autora do trabalho, que tem Renata Colombo Bonadio como autora sênior.
O oncologista José Bines (foto), do INCA, é co-autor de estudo selecionado para apresentação em poster no ESMO Breast Cancer 2023, com dados translacionais e clínicos preliminares do ensaio MEGA, que avalia a modulação da atividade de acetato de megestrol no câncer de mama avançado receptor de estrogênio positivo (ER+).