Onconews - Últimas Notícias - Page #184

Últimas Notícias

LaercioCasa NET OKEstudo publicado na edição de 22 de março do New England Journal of Medicine1 mostrou que o tratamento contra a infecção por Helicobacter pylori reduziu quase pela metade a incidência de câncer gástrico metacrônico após a remoção endoscópica seletiva da doença em estágio precoce. A proporção de pacientes que apresentou melhora no grau de atrofia do corpo gástrico a partir do baseline também foi significativamente maior entre aqueles tratados para H. pylori. “O estudo realizado por Choi e colaboradores foi muito bem desenhado e conduzido, e comprova a relação direta entre o Helicobacter pylori e o câncer gástrico nao-cárdico”, afirma o cirurgião Laercio Gomes Lourenço (foto), chefe do Grupo de Esôfago, Estômago, Duodeno e Intestino Delgado do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e médico do Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

GTG VERTICAL NET OKO National Comprehensive Cancer Network (NCCN) atualizou as diretrizes de tratamento do câncer de cólon1, indicando que pacientes com doença estádio III de baixo risco podem ser tratados com um esquema mais curto de quimioterapia adjuvante. A atualização é baseada nos resultados do International Duration Evaluation of Adjuvant Chemotherapy (IDEA) collaboration2, que comparou 3 meses versus 6 meses de quimioterapia baseada em oxaliplatina (FOLFOX: leucovorina, fluorouracil, oxaliplatina; ou CAPOX: capecitabina/oxaliplatina, também conhecido como XELOX). Os membros do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG) comentam as novas diretrizes.

DAN WAITZBERGEstudo publicado na Cancer Discovery, periódico da American Association for Cancer Research, demonstrou que a eliminação de determinadas bactérias diminuiu a progressão da doença, reverteu a imunossupressão e regulou a expressão do checkpoint imune PD-1, o que pode contribuir para a eficácia da imunoterapia. “A descoberta de microbiota alterada em câncer do pâncreas, e mais ainda, a melhora da resposta tumoral ao tratamento de imunoterapia com a eliminação por antibioticoterapia desta microbiota descortina uma nova perspectiva no tratamento do câncer”, afirma Dan Waitzberg (foto), professor associado do Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), diretor do GANEP Nutrição Humana e diretor cientifico da Bioma4me.

EVA ANGELICA NET OKEmbora as mulheres com câncer de endométrio geralmente tenham um prognóstico favorável, as pacientes com características de doença de alto risco apresentam maior risco de recorrência. Publicado no Lancet Oncology, o estudo PORTEC-3 investigou o benefício da quimioterapia adjuvante durante e após a radioterapia (quimiorradioterapia) versus radioterapia pélvica isolada na doença de alto risco. Quem comenta os resultados é a oncologista Angélica Nogueira-Rodrigues (foto), presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA/GBTG) e chair de ginecologia do LACOG.

hiv simbolo NET OKO National Comprehensive Cancer Network (NCCN) publicou Diretrizes de Prática Clínica destinadas a garantir que as pessoas vivendo com HIV1 (do inglês, people living with HIV - PLWH) que são diagnosticadas com o câncer recebam o tratamento de forma segura. O guideline traz recomendações específicas de tratamento para câncer de pulmão não pequenas células, câncer anal, linfoma de Hodgkin e câncer de colo do útero. As oncologistas Maria Del Pilar Estevez Diz e Clarissa Mathias comentam as diretrizes.

DIOGO BASTOS LACOG GU NEW NET OKDois estudos recentemente publicados pelo Platinum Study Group investigaram fatores associados ao risco cardiovascular em sobreviventes de câncer testicular (SCT). Em artigo de março no Journal of the National Comprehensive Cancer Network, os autores investigaram riscos clínicos e genéticos associados à síndrome metabólica em SCT e demonstraram que os fatores de risco podem não ser totalmente capturados por critérios padrão de avaliação da síndrome metabólica. Em fevereiro, Feldman e colegas mostraram que pacientes com menor nível de escolaridade e que realizam atividade física em menor intensidade têm maior risco futuro de doença cardiovascular. Quem comenta os resultados é Diogo Bastos (foto), oncologista clínico do ICESP e do Hospital Sírio Libanês e investigador principal do primeiro banco multicêntrico de câncer testicular no Brasil.

Duilio NET OKEstudo publicado no JAMA Oncology demonstrou que alterações nos quatro principais genes drivers (KRAS, CDKN2A, SMAD4 e TP53) do adenocarcinoma de pâncreas estão associadas aos resultados dos pacientes após a ressecção. “O estudo reforça o valor prognóstico de quatro genes drivers, em especial KRAS e CDKN2A. São dados robustos, oriundos de quatro centros de excelência, cujos desfechos de sobrevida foram muito similares aos encontrados em estudos de fase III”, afirma Duílio Reis da Rocha Filho (foto), chefe do serviço de oncologia clínica do Hospital Universitário Walter Cantídio, da Universidade Federal do Ceará, e consultor científico do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).

Marcelo Cruz NOVA NET OKEstudo de pesquisadores da Universidade da Califórnia publicado em março no periódico Pediatrics identificou a presença de substâncias químicas cancerígenas associadas ao uso de cigarros eletrônicos entre adolescentes. “Este estudo mostra que não existem níveis seguros para se consumir tabaco", afirma o oncologista Marcelo Cruz (foto), do Developmental Therapeutics Program da Divisão de Hematologia e Oncologia da Northwestern University.

graficos trialstracker.ebmdatalab.net Uma década após a entrada em vigor da FDA Amendments Act (FDAAA)1, o governo norte-americano nunca aplicou uma única penalidade ou sanção a patrocinadores de estudos clínicos que não divulgaram seus resultados. A crítica vem do AllTrials2, grupo que congrega 738 organizações em defesa de mais transparência na pesquisa clínica.

Vitamina D NET OKNíveis elevados de vitamina D podem significar menor risco de desenvolver câncer, incluindo câncer de fígado. A conclusão é de um dos primeiros estudos a analisar os efeitos da vitamina D e risco de câncer em uma população asiática. Os resultados foram publicados no British Medical Journal.


Em vídeo, o hematologista Guilherme Perini, médico do Hospital Israelita Albert Einstein e da Beneficência Portuguesa de São Paulo, aborda o tratamento em primeira linha do linfoma de Hodgkin de baixo e alto risco. Ele também fala sobre as novidades no tratamento em primeira linha da leucemia linfoide crônica. Assista.

Protesto Novartis NET OKNa oncologia, debates acalorados em torno de conflitos de interesse e do elevado custo dos modernos agentes terapêuticos estão longe de acabar. Ao contrário, têm novos capítulos, um deles protagonizado por cerca de 12 grupos de advocacy que acusam a Novartis de “mentiras, ameaças e subornos" para dificultar o acesso ao mesilato de imatinibe (Glivec) para pacientes com GIST e Leucemia Mieloide Crônica em países em desenvolvimento.

GuidelinesEstudo retrospectivo que avaliou 47 moléculas aprovadas pela agência reguladora Food and Drug Administration e recomendadas por guidelines de conduta do National Comprehensive Cancer Network sustenta que o NCCN faz recomendações com fraco valor de evidência em seus guidelines. Os resultados foram publicados no British Medical Journal.

Cancer Penis NET OKQuais são as tendências e os benefícios de sobrevida com o uso da dissecção, quimioterapia e radioterapia em pacientes com câncer de pênis avançado, com comprometimento linfonodal? Estudo de revisão com informações de 1123 pacientes da Base de dados Nacional de Câncer dos EUA mostra os resultados em artigo no JAMA Oncology.

O câncer do pênis é uma doença de progressão gradual e a melhor abordagem permanece em discussão. Alguns autores defendem LND agressiva, com base em dados que sugerem correlação entre a extensão da LND e resultados de sobrevida. O melhor esquema de quimioterapia também divide opiniões e apesar do consagrado esquema TIP (paclitaxel, ifosfamida e cisplatina), as diretrizes de conduta do NCCN1 não especificam a superioridade de qualquer abordagem.

MAMA bxA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do pertuzumabe (Perjeta®, Roche Farma Brasil) para o tratamento adjuvante do câncer de mama inicial HER2+. Publicada no Diário Oficial da União dia 26 de fevereiro, a aprovação é baseada nos resultados do estudo de fase III APHINITY, que avaliou a adição de pertuzumabe ao tratamento adjuvante com trastuzumabe e quimioterapia.

ComprimidosNa oncologia, a maior parte dos medicamentos que receberam aprovação acelerada ao longo dos últimos 25 anos demonstraram benefício clínico, garantem as autoridades da Food and Drug Administration (FDA), em artigo no JAMA Oncology. No entanto, a agência reguladora norte-americana observa que 5% dessas drogas foram retiradas do mercado pelos patrocinadores e 40% ainda não completaram os requisitos de pós-comercialização para as indicações recebidas. Outro achado mostra que 72% das aprovações aceleradas foram embasadas em estudos de braço único.