Anvisa alerta sobre falsificação de oncológico
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu 11 lotes falsificados do medicamento Sutent® (malato de sunitinibe), depois do alerta do fabricante, a Pfizer.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu 11 lotes falsificados do medicamento Sutent® (malato de sunitinibe), depois do alerta do fabricante, a Pfizer.
O Dia Internacional de Conscientização do HPV, comemorado mundialmente pela primeira vez neste 4 de março, quer reforçar o alerta global para a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), responsável pelo desenvolvimento de diferentes tipos de câncer. Quem fala com propriedade do valor da prevenção é a bióloga Luisa Lina Villa (foto), primeira autora do artigo publicado no Lancet em abril de 2005, que embasou o registro da vacina contra o HPV nos cinco continentes. Agora, Luisa pede o empenho da comunidade médica e de outros profissionais da Saúde para avançar no desafio de erradicar os cânceres HPV-dependentes.
Como selecionar os pacientes com achados positivos na ressonância magnética da próstata que podem se beneficiar de uma biópsia da próstata? Um estudo publicado no JAMA Oncology demonstrou que um modelo preditivo baseado em parâmetros clínicos e de ressonância magnética reduziu o número de biópsias de próstata desnecessárias. O médico radiologista Rubens Chojniak (foto), diretor do Departamento de Imagem do A.C.Camargo Cancer Center, comenta os achados.
Qual é o valor preditivo das assinaturas gênicas para estimar e estratificar o risco de recidiva no câncer de mama ERBB2 negativo, com receptor de estrogênio positivo? Estudo publicado no Jama Oncology1 traz dados comparativos que podem ajudar oncologistas a escolher o teste mais adequado antes de considerar o uso de quimioterapia e/ou terapia endócrina prolongada. O oncologista Auro del Giglio (foto) descreve o estudo e aponta caminhos para expandir o acesso aos testes moleculares.
Um estudo de citogenética realizado por pesquisadores do Roswell Park Cancer Institute pode fornecer novas bases para a compreensão do câncer de ovário familiar, demonstrando que, além da contribuição bem conhecida da mutação BRCA, um locus genético no cromossomo X contribui para o risco de câncer de ovário, com um padrão de hereditariedade que tem implicações para a estratificação do risco genético. O oncologista e oncogeneticista José Claudio Casali da Rocha (foto) comenta o trabalho.
É possível definir qual a melhor terapia endócrina na adjuvância do câncer de mama receptor hormonal positivo? Resultados do estudo randomizado FATA-GIM3, que comparou diretamente os três inibidores de aromatase (IA) anastrozol, exemestano e letrozol nesse cenário, além de comparar a estratégia 'switch' (2 anos de tamoxifeno -> 3 anos de IA) vs 'upfront' (5 anos de IA), mostram que não houve diferença entre os esquemas avaliados, tanto quanto ao tipo de IA utilizado, quanto em relação à sequência de tratamento. O oncologista Max Mano (foto), oncologista e coordenador de pesquisa clínica do Hospital Sírio-Libanês, descreve o estudo e comenta os resultados.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o nivolumabe (Opdivo®) para o tratamento de pacientes com câncer de bexiga localmente avançado irressecável ou metastático que já tenham sido previamente tratados com a terapia padrão à base de platina. A aprovação se baseou nos resultados do estudo de fase 2 CheckMate 2751 que avaliou a segurança e a eficácia de nivolumabe como agente único nessa população.
Fusões que envolvem uma das três quinases receptoras de tropomiosina (TRK) estão presentes em mais de 20 tipos de câncer, em adultos e crianças. Artigo de Drilon et al publicado no NEJM mostra os resultados da análise conjunta de três estudos prospectivos com larotrectinib, agente que inibe a fusão TRK e alcançou 75% de resposta global na avaliação de comitê independente, com 71% de respostas em andamento após 1 ano. “É uma mudança de paradigma. A primeira aprovação do FDA neste sentido foi com pembrolizumabe em pacientes com instabilidade de microssatélites (MSI). Acredito que o FDA deve aprovar esta nova droga da mesma forma em futuro próximo”, afirma o oncologista Antonio Carlos Buzaid (foto), Diretor Médico Geral do Centro Oncológico da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo e membro do Comitê Gestor do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein.
Novos estudos mostram resultados da comparação entre prostatectomia radical assistida por robô (RARP), prostatectomia radical laparoscópica (LRP) e prostatectomia radical retropúbica (ORP). O urologista Marcus Sadi comenta evidências e controvérsias recém-publicadas na literatura. Metanálise1 de pesquisadores chineses publicada em janeiro concluiu pela superioridade da RARP, enquanto estudo inglês2 que considerou resultados funcionais relatados por mais de 3 mil pacientes não forneceu evidências que demonstram resultados oncológicos ou funcionais superiores com a prostatectomia robótica.
Estudo inglês que comparou os resultados funcionais relatados pelos pacientes após prostatectomia radical assistida por robô (RARP), prostatectomia radical laparoscópica (LRP) ou abordagens abertas de prostatectomia radical retropúbica (ORP) não mostrou benefícios da RARP em relação a outras abordagens cirúrgicas. Os resultados foram publicados no British Journal of Cancer.
A prostatectomia radical assistida por robô (RARP) foi rapidamente adotada antes que evidências robustas pudessem comparar seus resultados com os da prostatectomia radical laparoscópica (LRP) ou abordagens abertas de prostatectomia radical retropúbica (ORP). Meta-análise publicada no Medical Science Monitor demonstrou melhores resultados funcionais com a prostatectomia robótica.
O US Food and Drug Administration aprovou o medicamento apalutamida (Erleada®, Janssen Pharmaceutical) para o tratamento de pacientes com câncer de próstata não metastático resistente à castração. Este é o primeiro tratamento aprovado pelo FDA para esse subgrupo de pacientes, e a primeira aprovação a considerar o endpoint de sobrevida livre de metástase. A aprovação se baseou nos dados do estudo fase III SPARTAN1, apresentado na ASCO GU 2018, que demonstrou que a apalutamida diminuiu o risco de metástase à distância ou morte em 72% e melhorou a mediana de sobrevida livre de metástase em mais de dois anos.
Estudo que examinou a associação entre índice de massa corporal (IMC) e sobrevida livre de progressão ou sobrevida global em pacientes com melanoma metastático que receberam terapia-alvo, imunoterapia ou quimioterapia abriu espaço para um novo paradoxo na oncologia, sugerindo que o aumento do IMC foi positivamente associado a melhores resultados na população avaliada. O Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM) comenta os resultados.
A imunoterapia com inibidores de checkpoint imune no tratamento do câncer está associada a eventos adversos relacionados à imunidade e muitas vezes não é recomendada para pacientes com doenças autoimunes. Revisão sistemática publicada na Nature Reviews mostra evidências sobre eventos adversos imunomediados em pacientes com câncer e doença autoimune preexistente.
Novos achados de um ensaio clínico com pacientes de câncer de mama sugerem que o exercício guiado por um fisioterapeuta após a dissecação linfonodal ajuda as mulheres a recuperar a amplitude de movimento do braço mais rapidamente. Os resultados foram apresentadas no 2018 Cancer Survivorship Symposium em Orlando, Flórida. “O estudo mostra que apesar de orientações pós-operatórias surtirem efeito, a intervenção fisioterapêutica acelera em três vezes a retomada da amplitude normal de movimento dos membros superiores”, diz a especialista em Fisioterapia Oncológica e Hospitalar Jaqueline Munaretto Timm Baiocchi (foto), vice-presidente da Associação Brasileira de Fisioterapia em Oncologia (ABFO).
O tratamento de indução com cetuximab associado a um cronograma modificado de FOLFOXIRI por 4 meses, seguido de manutenção com cetuximab ou bevacizumab é uma estratégia viável para pacientes com câncer colorretal metastático RAS e BRAF do tipo selvagem? Estudo de Cremolini C et al publicado no JAMA Oncology sugere que sim, mostrando que o esquema de indução alcançou taxa de resposta de 71,6% nessa população de pacientes, mas a toxicidade preocupa. A oncologista Rachel Riechelmann (foto), Diretora de Pesquisa do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG) e Diretora do Departamento de Oncologia do A.C. Camargo Cancer Center, comenta os achados.
Os custos do câncer incluem perda de produtividade, uma vez que a economia de mercado também é afetada por mortes prematuras em consequência do câncer. Esse custo tem sido sistematicamente avaliado em regiões de alta renda, como Europa e Estados Unidos. Agora, pela primeira vez, um estudo avaliou os custos do câncer no Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS). Os resultados foram publicados no Journal of Cancer Epidemiollogy1 e são tema de análise publicada no Lancet Oncology2. A epidemiologista Maria Paula Curado (foto), do AC Camargo Cancer Center, comenta os resultados e analisa o cenário brasileiro.