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Gastrointestinal Disorders NET OKMeta-análise de Akihiro Yamada e colegas publicada no Lancet Oncology demonstrou que pacientes com fibrose cística apresentam risco de câncer gastrointestinal significativamente aumentado em comparação com a população geral, especialmente tumores do cólon, intestino delgado, trato biliar e pâncreas. Os autores defendem a implementação de protocolos de rastreamento e vigilância específicos para essa população.

PILAR OFICIAL NET OKA ASCO emitiu um guideline para a implementação de cuidados paliativos de pacientes com câncer em diferentes configurações de recursos, classificadas em básico, limitado, avançado e máximo. “O adequado controle dos sintomas decorrentes do diagnóstico e do tratamento é elemento central para garantir a qualidade de vida de pacientes ou sobreviventes de câncer. Este trabalho reconhece que existem grandes disparidades de recursos, e define quais os recursos ideais e mínimos que devem ser disponibilizados”, afirma a oncologista Maria Del Pilar Estevez Diz (foto), Diretora Multi Especialidades e Coordenadora da Oncologia Clínica do ICESP, que participou do elaboração do guideline publicado dia 08 de maio no Journal of Clinical Oncology (JCO).

Tomás Reinert NET OKNo câncer de mama receptor de estrogênio (RE) positivo, uma mutação no gene ESR1, que codifica a proteína do RE, tem sido associada à resistência aos inibidores de aromatase e estimulado pesquisas para preparar um caminho mais individualizado no tratamento endócrino de pacientes com câncer de mama. O assunto é tema do artigo de Tomás Reinert (foto), Rodrigo Gonçalves e José Bines, publicado na Current Treatment Options in Oncology.

LUISA NET OKEstudo de revisão sistemática publicado na Cochrane Library corrobora a eficácia e segurança da vacinação contra papilomavírus humano (HPV) na prevenção do câncer cervical e lesões precursoras, especialmente em mulheres jovens, entre 15 e 26 anos. Luisa Lina Villa (foto), Chefe do Laboratório de Inovação em Câncer do Centro de Investigação Translacional em Oncologia do Instituto do Câncer de São Paulo (ICESP), comenta o trabalho.

Lucas Nogueira SBU MG NET OK 2Em artigo publicado no JAMA no dia 8 de maio o USPSTF apresenta suas novas recomendações sobre o rastreamento populacional para o câncer de próstata baseado em dosagens de PSA, em estudo que também avaliou subgrupos com maior risco, incluindo homens mais velhos, afrodescendentes e com histórico familiar para a doença. “Esta nova recomendação é de fundamental importância, pois reconsidera o grau D de 2012, que levou à diminuição dos exames de PSA, e teve como consequência o aumento de diagnósticos da doença em estágios mais avançados e com menor chance de cura”, avalia Lucas Nogueira (foto), coordenador de Oncologia Urológica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Prostata 2017 NET OKA obesidade promove um estado de inflamação crônica associado não somente a um risco aumentado de desenvolver câncer, mas também de progredir para fenótipos mais agressivos. Estudo publicado na Nature Genetics fornece novos achados para compreender como a obesidade induzida por uma dieta rica em gordura pode promover o câncer de próstata metastático.

Denise Guimaraes NET OKEstudo norueguês mostrou que a sigmoidoscopia como métodos de rastreio do câncer colorretal reduziu a incidência e mortalidade da doença em homens, mas teve pouco ou nenhum efeito nas mulheres. Os resultados foram publicados no Annals of Internal Medicine. “Esses dados sugerem que o rastreamento do CCR com retossigmoidoscopia deve ser reconsiderado nas mulheres. Entretanto, estudos em outras populações devem ser realizados antes de extrapolar esses resultados para outros programas de rastreamento do CCR”, explica a médica endoscopista Denise Guimarães (foto), coordenadora do programa de rastreamento do câncer colorretal do Hospital de Amor (Hospital do Câncer de Barretos).

Renata Abrahao NET OKA maioria dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço na América do Sul é diagnosticado com doença avançada e têm baixa sobrevida. Os resultados preliminares do estudo InterCHANGE foram apresentados em março no 6º Annual Symposium on Global Cancer Research, em Nova York, e publicados no Journal of Global Oncology. O estudo foi coordenado pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC) e contou com a participação de pesquisadores brasileiros. Quem comenta é a epidemiologista Renata Abrahão (foto), Postdoctoral Fellow na IARC e uma das autoras do estudo.

RIAD NET OK 2Estudo da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) publicado online no Annals of Oncology não demonstrou associação entre os níveis circulantes de vitamina D e redução do risco de câncer de pulmão. Este é o maior estudo observacional até o momento sobre a relação entre a vitamina D e o câncer, com uma análise de mais de 5300 casos e controles em 20 estudos internacionais de coorte prospectivos participantes do Lung Cancer Cohort Consortium (LC3). O cirurgião Riad Younes (foto), Diretor Geral do Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, comenta os resultados.

Imuno NET OKUma revisão sistemática e meta-análise publicada no British Medical Journal (BMJ) avaliou o maior conjunto de dados até o momento de eventos adversos relacionados ao sistema imune associados aos inibidores de checkpoint anti-PD-1 e anti-PD-L1. Os resultados demonstram que esses agentes aumentam o risco de colite, pneumonite, hipotireoidismo, hipofisite e rash cutâneo em comparação com quimioterapia e terapia-alvo. Não foi observado aumento no risco de eventos adversos gerais relacionados à ativação imunológica, como fadiga e diarreia. Os relatos de eventos musculoesqueléticos foram inconsistentes.

alvo 2018Uma nova diretriz da American Society for Radiation Oncology (ASTRO) avalia abordagens pré-clínicas e clínicas combinando radioterapia com terapia-alvo molecular e imunoterapia para aumentar o controle local e sistêmico do tumor e/ou diminuir os efeitos tóxicos nos tecidos normais. O guideline foi publicado online no Lancet Oncology. “Antes de ser um guideline tradicional, o documento se apresenta mais como guia para novas pesquisas, orientação para os tipos de irradiação a serem empregados e sugestão de como interagir as modalidades”, avalia o rádio-oncologista Rodrigo Hanriot, coordenador do serviço de Radioterapia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Giuliano foto NET OKOs dados disponíveis na literatura não permitem conclusões definitivas sobre os riscos e benefícios da cirurgia de mama associada ao tratamento sistêmico em mulheres diagnosticadas com câncer de mama metastático. É o que conclui estudo de meta-análise do Cochrane Breast Cancer Group, que tem como primeiro autor o mastologista Giuliano Tosello (foto).

mayana DIVULGACAO NET OKDescobertas pré-clínicas indicam que o Zika vírus pode ser um agente eficiente no tratamento de tumores embrionários do Sistema Nervoso Central. É o que aponta estudo brasileiro publicado 26 de abril na Cancer Research com participação da bióloga Mayana Zatz (foto), da Universidade de São Paulo. O Zika vírus (ZIKV) é amplamente conhecido por infectar as chamadas células-tronco e progenitoras neurais (NPC) e causar anormalidades cerebrais. Neste estudo, os pesquisadores mostraram que o ZIKV também é capaz de infectar e destruir células cancerosas de tumores embrionários humanos.

DIOGO BASTOS LACOG GU NEW NET OKO primeiro Banco Brasileiro de Câncer Testicular conquistou novas adesões e continua aberto à participação de pesquisadores e centros brasileiros, reforçando a importância da pesquisa cooperativa. Em abril, 4 novas instituições ingressaram no Banco e outras 9 aguardam o processo de análise ética. Criado como uma grande base de dados para abrigar informações de pacientes, o banco multicêntrico pretende conhecer mais de perto a realidade do câncer testicular no Brasil. “Como esses pacientes estão sendo tratados em nosso País? Como estão nossas taxas de resposta? São dados que ajudam a conhecer nossa realidade e estabelecer ações para a melhoria contínua”, explica o investigador principal, o oncologista Diogo Bastos (foto), médico do ICESP e do Hospital Sírio-Libanês, que agora espera estimular novas adesões e fomentar ainda mais a participação de pesquisadores e instituições de assistência.

Angelita NET OKPublicado em 2004 no Annals of Surgery, o estudo1 liderado pela cirurgiã Angelita Habr-Gama (foto) que investigou a estratégia watch and wait no câncer de reto baixo estádio 0 após a quimiorradioterapia foi o único trabalho desenvolvido na América Latina a figurar no ranking2 elaborado pelo periódico World Journal of Surgery (WJS). A lista selecionou os 100 trabalhos científicos de maior impacto para o progresso do conhecimento médico em cirurgia. Hoje considerado seminal, o estudo definiu uma importante mudança no paradigma do tratamento do câncer do reto.