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prostata bx1A chamada proteína SPOP é frequentemente mutada no câncer de próstata e três novos estudos se dispuseram a ampliar a compreensão das mutações SPOP e sua relação com as proteínas oncogênicas BET (bromodomain and extraterminal). Os achados estão em artigo publicado em setembro na Nature Review e fornecem novo racional para orientar o tratamento no câncer de próstata. Zhang et al. e Dai et al. identificaram que as mutações SPOP não conseguiram interagir e degradar as proteínas BET, levando ao acúmulo desses proto-oncogenes e ao consequente efeito tumorigênico.

Biopsia liquida NET OKArtigo de pesquisadores australianos publicado no British Journal of Cancer (BJC) discute como exames de sangue de rotina e marcadores disponíveis podem prever resposta e toxicidade aos inibidores de checkpoint imune. Os autores apontam o reduzido número de pesquisas de rotina avaliando amostras de sangue e potenciais marcadores preditores de resposta ou de toxicidades no tratamento com anti-PD-1 / PD-L1.

biossimilaresA agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou no dia 14 de setembro o Mvasi (bevacizumabe-awwb, fabricado pela Amgen) como biossimilar ao Avastin® (bevacizumabe, da Roche/Genentech) para o tratamento de múltiplos tipos de câncer. Mvasi é o primeiro biossimilar aprovado nos EUA para uso na oncologia.

ricardo caponeroA Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) publicou um guideline com as melhores práticas para a comunicação adequada de oncologistas com pacientes e cuidadores. O oncologista Ricardo Caponero (foto), coordenador do Centro avançado de Terapia de Suporte e Medicina Integrativa do Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, comenta as diretrizes.

Prostata 2017 NET OKO estudo PROSPER, que avaliou enzalutamida associada à terapia de privação androgênica (ADT) no câncer de próstata resistente à castração não-metastático (CPRC), atingiu seu objetivo primário de sobrevida livre de metástases (SLM), desfecho que considerou o tempo até a detecção radiográfica de progressão metastática. O anúncio foi feito hoje, 14 de setembro, pela Pfizer e Astellas.

Achatz Maria Isabel 2017 NET OKUm novo estudo do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos (NCI) identificou uma prevalência de câncer maior que a esperada na triagem de indivíduos com Síndrome de Li-Fraumeni (SLF), uma desordem hereditária rara que leva a um risco maior de desenvolver certos tipos de câncer. A pesquisa conduzida por Sharon A. Savage, da Divisão de Epidemiologia do Câncer e Genética do NCI, foi publicada com metanálise no JAMA Oncology. “Este foi o primeiro estudo sobre rastreamento a ser realizado com um grande número de pacientes LFS, confirmando a viabilidade do protocolo de Toronto para esta população de alto risco”, afirma a oncogeneticista Maria Isabel Achatz (foto), que atualmente integra a equipe do NCI.

Rachel Riechelmann 2 NET OKMais de 250 especialistas estiveram reunidos entre os dias 17 e 19 de agosto, no Rio de Janeiro, durante o II Simpósio Internacional do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG). A apresentação do primeiro Consenso Brasileiro de Tumores Neuroendócrinos esteve entre os destaques do encontro. “Adaptamos muitas recomendações para o cenário brasileiro, considerando que 80% da população do país realiza o tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS)”, explica a oncologista Rachel P. Riechelmann (foto), diretora científica do GTG e primeira autora do trabalho.

Jacques Tabacof 200x110O FDA aprovou a primeira terapia gênica de CAR T-cells para o tratamento de pacientes com até 25 anos com leucemia linfoblástica aguda (LLA) de células B refratária ou recidivada. O tisagenlecleucel (Kymriah®, Novartis) inaugura uma nova abordagem para o tratamento do câncer. “Sem dúvida é uma terapia revolucionária, que pode ser considerada a combinação da terapia gênica com terapia celular e imunoterapia. A aprovação é a primeira de uma série. Vários compostos com o mesmo princípio serão aprovados no futuro próximo para diversas indicações”, afirma o onco-hematologista Jacques Tabacof (foto), coordenador geral de oncologia e hematologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e médico do Centro Paulista de Oncologia. A decisão foi baseada nos dados do estudo pivotal de fase II ELIANA1.

Luis Fernando Rodrigues Paliativista Barretos NET OKDiferentes iniciativas buscam iluminar um tema que desafia a realidade da oncologia. Afinal, como prover cuidados de final de vida, de forma planejada e de acordo com a vontade expressa pelo paciente? Editorial do Journal of Oncology Practice1 publicado 28 de agosto discute avanços e limitações para implementar as diretivas de vontade do paciente de câncer na terminalidade da vida. Quem comenta é o especialista Luis Fernando Rodrigues (foto), médico da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital de Câncer de Barretos.

Ana Coradazzi OK NET OKA ocorrência de reações infusionais (RIs) a terapias sistêmicas antineoplásicas está entre as muitas preocupações que envolvem o tratamento oncológico, tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes. A ESMO atualizou recentemente suas diretrizes de condutas para o manejo de RIs na terapia sistêmica. Muitos tratamentos empregados na linha de cuidados em câncer têm risco de reações de infusão e a incidência pode aumentar quando diferentes agentes são administrados concomitantemente. A nova diretriz fornece ferramentas para avaliar o risco de RIs, reconhecer os primeiros sinais e sintomas, além de incluir recomendações sobre como gerenciá-las. A oncologista Ana Lucia Coradazzi (foto), médica do Centro Avançado de Terapias de Suporte e Medicina Integrativa (CATSMI) do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, comenta para o Onconews.

Silvana Rubano NET OKPrincipal causa de morte evitável, o tabagismo é uma preocupação global e anualmente responde direta ou indiretamente por cerca de 6 milhões de mortes, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, a redução do consumo registrada em décadas passadas está relacionada a ações regulatórias, como a proibição de propaganda, promoção e patrocínio de cigarros, além da proibição do fumo em ambientes fechados. Essa tendência se mantém hoje? Quem responde é a pesquisadora Silvana Rubano Turci (foto), coordenadora do Observatório sobre as Estratégias da Indústria do Tabaco, projeto vinculado à Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Melanoma 2O estudo KEYNOTE-006 apresentou os resultados finais da análise de sobrevida global de pembrolizumabe versus ipilimumabe em pacientes com melanoma avançado. Os dados finais foram publicados no Lancet e sustentam os resultados de análises intermediárias, mostrando o impacto de pembrolizumabe na sobrevida, com benefício superior ao obtido com ipilimumabe, independentemente da dosagem do anti PD-1. As conclusões reforçam o uso de pembrolizumabe como padrão de cuidados no melanoma avançado.

prostata bx1Estudo publicado na edição de agosto do Journal of Clinical Oncology sugere que a sobrevida livre de metástases (do inglês, MFS - metastasis-free survival) pode ser um "surrogate endpoint" que permitiria acelerar os testes de novas terapias adjuvantes para pacientes tratados com câncer de próstata localizado, mas em risco de recidiva intermediário a alto. Os resultados revelam que a MFS foi um forte preditor da sobrevida global (SG) dos pacientes, padrão comumente utilizado na avaliação de uma terapia adjuvante.

Renata Dalpino NET OKPublicado na edição de agosto do Lancet Oncology, o estudo OE05, randomizado, aberto, de fase III, demonstrou que em pacientes com adenocarcinoma esofágico, a quimioterapia neoadjuvante com quatro ciclos de epirrubicina, cisplatina e capecitabina (ECX) não confere benefício de sobrevida em comparação com o regime padrão atual de dois ciclos de cisplatina e fluorouracil (FC). A oncologista Renata D’Alpino Peixoto (foto), médica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e membro do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), comenta o trabalho.

Melanoma v3 NET OKPublicado na Scientific Reports, estudo multicêntrico liderado por pesquisadores brasileiros avaliou a formação de padrões espaciais numa placa de cultura coabitada por células normais e células de melanoma. O artigo apresenta um modelo matemático que auxilia na descrição e na previsão da dinâmica de ocupação das placas de cultura celular analisadas em laboratório e representa um passo rumo à elaboração de critérios quantitativos de análise de imagens de pele e sua utilização em modelos preditivos do desenvolvimento de melanomas.

pulmao 6 OKA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no Brasil o registro do inibidor de tirosina quinase nintedanibe (OFEV®, Boehringer Ingelheim) para para tratamento de adenocarcinoma de pulmão em combinação com docetaxel após primeira linha de quimioterapia baseada em platina. O medicamento já era registrado no país para o tratamento da fibrose pulmonar idiopática. A nova indicação tem como base os resultados do estudo de fase III LUME-Lung 1.