Estudo de mundo real descreve características clínicas e padrões de tratamento em metástases cerebrais do CPCNP
Na oncologia torácica, estudo de mundo real (REFLECT) que descreve características clínicas, padrões de tratamento e resultados de sobrevida em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) EGFR mutados tratados em primeira linha (1L) com inibidores de tirosina-quinases (TKIs) de 1ª ou 2ª geração foi apresentado no ASCO 2021.
Ensaio randomizado de fase III (SWOG S1216) comparando a terapia de privação de androgênio (ADT) mais o agente experimental TAK-700 com ADT mais bicalutamida em pacientes com diagnóstico recente de câncer de próstata metastático hormônio sensível foi destaque em sessão oral do ASCO 2021, em apresentação de Neeraj Agarwal (foto), do Huntsman Cancer Institute (HCI). “Este ensaio estabelece um novo marco para as estimativas de sobrevida nessa população de pacientes”, sustentam os autores.
Apresentação de Jennifer Keating Litton (foto), do MD Anderson Cancer Center, marcou um dos destaques da sessão oral da ASCO na oncologia mamária, com resultados da avaliação de eficácia e segurança do tratamento neoadjuvante com talazoparib (TALA) em pacientes com câncer de mama inicial com mutação germline BRCA1 / 2 e HER2 negativo.
Dois importantes centros de câncer brasileiros buscaram caracterizar o uso de medicina complementar e alternativa (CAM) entre os pacientes atendidos nas instituições. Os resultados estão em pôster selecionado no ASCO 2021, na sessão Symptoms and Survivorship, e revelam que embora a maioria dos pacientes não abandone o tratamento convencional, a maioria recorre a métodos complementares e alternativos sem conhecimento de seus oncologistas. O estudo tem como primeira autora a oncologista Eliza Dalsasso Ricardo (foto), do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Selecionado no programa do ASCO 2021, estudo multicêntrico e de múltiplos braços (BEGONIA) avalia a segurança e eficácia do anti PD-L1 Durvalumabe (Imfinzy ®, D) como primeira linha de tratamento do câncer de mama triplo negativo, associado à quimioterapia com Paclitaxel (P) ou em combinação com novos agentes. A análise apresenta resultados preliminares do Braço 1, D + P, e do Braço 6, que avalia Durvalumabe com Trastuzumabe-deruxtecan (D + T-DXd), um conjugado anticorpo-droga que combina um anti-HER2, um ligante clivável à base de tetrapeptídeo e uma carga útil do inibidor de topoisomerase I.
Carlos Frederico Pinto (foto), do Instituto de Oncologia do Vale, em São Jose dos Campos, SP, é primeiro autor de estudo aceito em pôster no ASCO 2021 com resultados de uma estratégia que promoveu acesso ao diagnóstico de câncer em um sistema público de saúde, com iniciativas simples e de baixo custo. “O objetivo foi garantir acesso ao oncologista e ao atendimento em até 60 dias para o diagnóstico, entendendo que isso pode impactar na morbimortalidade e no custo do câncer”, destacam os autores.
O estudo BEGONIA, um ensaio de Fase 1b/2 que avalia a segurança e eficácia do anti PD-L1 durvalumabe (Imfinzy®, D) em múltiplos braços e plataformas de análise, apresenta na sessão de Poster do ASCO 2021 dados do 7º braço, a combinação do anti PD-L1 com datopotamab-deruxtecan no câncer de mama triplo negativo (TNBC, da sigla em inglês).
Ensaio multicêntrico de fase II que avaliou ixazomibe de manutenção após transplante de células hematopoiéticas alogênicas (aloHCT) no tratamento de pacientes com mieloma múltiplo de alto risco (MM) foi um dos destaques da ASCO na sexta-feira, 4 de junho, na sessão oral dedicada a malignidades hematológicas. O estudo conta com a participação do brasileiro Marcelo C. Pasquini (foto), médico do Medical College of Wisconsin.
Análise que atualizou os dados de segurança do ensaio de Fase III (PEACE III) avaliando a combinação de enzalutamida (ENZA) mais Ra223 versus ENZA isoladamente foi apresentada no ASCO 2021, com dados que reforçam a importância de agentes de proteção óssea (BPA, da sigla em inglês).
Qual o perfil da mulher idosa com câncer de mama no Brasil? Subanálise do estudo AMAZONA III selecionada para integrar o programa científico do ASCO 2021 buscou caracterizar e compreender essa população de pacientes.
No estudo de Fase III, EMPOWER-Lung 1, a monoterapia com cemiplimabe proporcionou benefício de sobrevida significativo e um perfil de segurança aceitável em relação à quimioterapia em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células avançado (CPNPC) e expressão de PD-L1 ≥ 50%. O estudo incluiu pacientes com metástases cerebrais no baseline, uma população geralmente subrepresentada em ensaios clínicos. No ASCO 2021, análise de subgrupo mostra que a monoterapia com cemiplimabe melhorou a sobrevida global, sobrevida livre de progressão e taxa de resposta nessa população de pacientes em comparação com quimioterapia. O oncologista Mauro Zukin (foto), médico da Oncologia D’Or e membro Diretor do GBOT, comenta os resultados.