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JOAO VIOLA NET OKA análise da primeira coorte brasileira de pacientes com câncer e COVID-19 foi reportada na Plos One, com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), e mostra que as taxas de complicações e morte-específica por COVID-19 foram significativamente altas, chegando no período avaliado a 37,7% em pacientes com tumores sólidos e 23,5% em pacientes com doenças oncohematológicas. O estudo tem como autor sênior o pesquisador João P. B. Viola (foto), chefe da divisão de pesquisa experimental e translacional do INCA, e como primeira autora a oncologista Andreia C. Melo, chefe da Divisão de Pesquisa Clínica e Desenvolvimento Tecnológico.

glauco foto bxO cirurgião oncológico Glauco Baiocchi (foto), diretor do Departamento de Ginecologia Oncológica do A.C.Camargo Cancer Center, é primeiro autor de estudo que buscou avaliar os resultados de curto prazo de pacientes submetidas à transposição uterina após traquelectomia para câncer cervical ou antes da quimiorradiação para câncer vaginal. Os resultados foram publicados no International Journal of Gynecological Cancer.

gustavo schvartsman 19Estudo publicado na Nature Communications identificou o receptor 1 de quimiocina CX3C (CX3CR1), um marcador de diferenciação de células T, como um novo biomarcador preditivo de resposta aos inibidores do checkpoint imune (ICI) logo após o início do tratamento em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP). “O estudo propõe um método minimamente invasivo (coleta de sangue periférico) para auxiliar na avaliação de eficácia ao longo do tratamento, que ainda precisa ser validado em coortes maiores e independentes”, observa o oncologista Gustavo Schvartsman (foto), do Hospital Israelita Albert Einstein.

marcelo soares inca 3 bxDiferentes populações virais do SARS-CoV-2 podem estar presentes no mesmo sujeito e variar em frequências dinâmicas no curso da infecção. É o que conclui estudo de pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que ajuda a entender aspectos relevantes da reinfecção por SARS-CoV-2. “A detecção dessas variantes em eventos distintos de doença de um mesmo indivíduo destaca uma interação complexa entre a reativação viral de uma variante minoritária pré-existente e a reinfecção por um vírus diferente”, reportam os autores, em artigo na Infection, Genetics and Evolution.

Robson Ferrigno NET OK 1Há amplo consenso para a adição da radioterapia da próstata ao tratamento padrão (SOC) como primeira linha em homens com diagnóstico recente de câncer de próstata de novo, mas não há consenso sobre a associação da carga metastática óssea nos resultados terapêuticos e desfechos clínicos. É o que sustenta artigo de Ali et al. no Jama Oncology, indicando que a carga metastática é preditiva de sobrevida, com ganho de 22% em 3 anos na população M1a. Quem comenta é Robson Ferrigno, médico especialista em radioterapia.

Revisão sistemática e meta-análise publicada no European Journal of Surgical Oncology buscou determinar o momento ideal da cirurgia pós-quimioterapia neoadjuvante de câncer de mama, para não comprometer o desfecho prognóstico. O estudo é tema de mais um PODCAST ONCONEWS, com análise do mastologista Silvio Bromberg (foto), cirurgião do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo. Ouça.

Bio Verde NET OK 2Artigo de Waller et al. no British Journal of Cancer discute a oferta de diferentes formulações e vias de administração do anti-HER2 trastuzumabe e suas implicações no tratamento do câncer de mama HER2-positivo e no câncer gástrico metastático. “Trastuzumabe foi originalmente aprovado como uma formulação intravenosa (IV), mas desde então foi desenvolvido para administração subcutânea (SC) para pacientes com câncer de mama HER2-positivo. Ambas as formulações demonstram perfis farmacológicos e clínicos geralmente comparáveis. Portanto, ao decidir entre as opções de tratamento, fatores como via de administração, preferência do paciente, valor e custo devem ser considerados”, destacam os autores.

tulio pfifer 21Após 9,1 anos de acompanhamento, análise final de estudo colaborativo de Fase III realizado pelo EORTC Soft Tissue and Bone Sarcoma Group, Australasian Gastro-Intestinal Trials Group, UNICANCER, French Sarcoma Group, Italian Sarcoma Group, e Spanish Group for Research on Sarcomas demonstrou a eficácia do tratamento adjuvante com imatinibe em pacientes com tumor estromal gastrointestinal localizado (GIST) em termos de prolongamento da sobrevida livre de recidiva (RFS). Os resultados foram publicados no Annals of Oncology. “Mais um importante estudo de tratamento adjuvante de GIST publicou seus dados finais”, destaca Tulio Pfiffer (foto), oncologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, que analisa os resultados.

Bruna Moraes Nutricao NET OKRevisão Guarda-Chuva de meta-análises de estudos observacionais prospectivos publicada no JAMA Network Open classificou as evidências da associação de padrões dietéticos, alimentos específicos, grupos de alimentos, bebidas (incluindo álcool), macronutrientes e micronutrientes com a incidência de câncer colorretal. Bruna Moraes (foto), nutricionista clínica do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), analisa os resultados.

edenir palmero 21 bxEdenir Inêz Palmero (foto), geneticista molecular e docente-pesquisadora do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe e do Hospital de Câncer de Barretos, é autora sênior (foto) de estudo publicado na Cancer Genetics, que buscou determinar o espectro de variantes de genes Mismatch Repair (MMR) e investigar o papel de metilação do MLH1 como um segundo evento em tumores da síndrome de Lynch.Este é o maior estudo de mutações germinativas em genes relacionados à Síndrome de Lynch no Brasil”, destacam os autores.

leticia ok bxUma análise de dados genômicos que considerou mais de 119.000 amostras de câncer sugere a necessidade de revisitar a atual classificação das alterações no gene BRAF, com um novo olhar sobre os mecanismos de ativação de RAS em variantes não-V600. Os resultados têm implicações clínicas importantes. “Este é o primeiro estudo até o momento a avaliar sistematicamente a dependência RAS de alterações no gene BRAF em bancos de dados genômicos de câncer no mundo real”, descrevem Zhao Y et al. no JAMA Network Open. Letícia Ferro Leal (foto), do Centro de Pesquisas em Oncologia Molecular do Hospital de Câncer de Barretos, analisa os resultados.

felipe galiza bxEstudo publicado no JAMA Oncology comparou o desempenho do teste de PSA, ressonância magnética e ultrassonografia no rastreamento do câncer de próstata. “Este estudo é um marco no rastreio do câncer de próstata, pois pela primeira vez demonstra relevância clínica e a superioridade de um método de imagem na detecção de tumor clinicamente significativo comparado com o tradicional rastreio bioquímico com dosagem do PSA”, destaca Felipe de Galiza (foto), radiologista especialista em oncologia e imagem molecular.

vinicius vasquez bxDados já reportados na literatura mostram que inibidores de checkpoint imune (ICIs) e terapias direcionadas a BRAF contribuíram de forma significativa para melhorar o prognóstico de pacientes com melanoma avançado ou metastático, embora mais de 40% apresentem recaída no intervalo de 3 anos após o tratamento adjuvante. “Agora, dois novos estudos fornecem forte evidência de respostas patológicas como surrogates de sobrevida de longo prazo, particularmente com ICIs, e podem prover novos biomarcadores preditivos”, sustenta David Killock, em artigo na Nature Reviews Clinical Oncology. Vinicius Vazquez (foto), chefe do Departamento de Melanoma e Sarcoma do Hospital do Câncer de Barretos, comenta a publicação.

ON22 PG6 PESQUISA 2 BXEditorial publicado na edição de fevereiro do Annals of Oncology (vol. 32, nº2, p136-138) faz um alerta importante a oncologistas, pesquisadores e formuladores de políticas. “Nossos resultados sugerem que as alegações de grandes descobertas estão associadas apenas a taxas modestas de sucesso clínico”, sustentam os autores, ao descrever uma análise que lança reflexões profundas sobre o modelo de pesquisa em câncer.

BALANCO PULMAO horiz bxResultados finais de sobrevida global (SG) do estudo randomizado de Fase III ADJUVANT-CTONG1104 publicados por Zhong et al. no Journal of Clinical Oncology mostram que o tratamento adjuvante com gefitinibe melhorou significativamente a sobrevida livre de doença (SLD) versus vinorelbina mais cisplatina (VP) em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPNPC) com mutação do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) ressecado estágio II-IIIA (N1-N2), mas esse benefício não se traduziu em SG.

saude suplementarCom mais de um ano de atraso, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) atualizou o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, definindo novos exames e tratamentos que passam a fazer parte da lista obrigatória dos planos de saúde. A atualização contempla 19 antineoplásicos orais em 28 indicações de tratamento para diversos tipos de câncer. A Resolução Normativa que estabelece a nova lista de procedimentos entra em vigor no dia 1º de abril.

daniel araujo bxO câncer de próstata torna-se resistente à ablação androgênica por meio da regulação positiva adaptativa do receptor de androgênio, em resposta ao microambiente de baixa testosterona. A argumentação é do estudo de Fase II (TRANSFORMER) reportado no JCO, que apresenta resultados da terapia androgênica bipolar (BAT), definida como um ciclo rápido entre a testosterona sérica alta (suprafisiológica) e baixa (castração), no câncer de próstata resistente à castração (CRPC). “Trata-se de um estudo de iniciativa do investigador, com racional translacional extremamente interessante”, observa o oncologista Daniel Vilarim (foto), chefe do serviço de oncologia clínica do Hospital de Base, em São José do Rio Preto, SP.