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EDUARDO ZUCCA BXJaleh Fallah e colegas da Food and Drug Administration (FDA) avaliaram a eficácia e segurança dos inibidores do receptor de andrógeno de segunda geração em homens com 80 anos ou mais com câncer de próstata não metastático resistente à castração (CPRC). A análise de dados agrupados (pooled analysis) considerou três ensaios randomizados e apoia o uso de inibidores do receptor de andrógeno nessa população de pacientes. O oncologista Eduardo Zucca (foto), Diretor de Ensino e Pesquisa do Instituto do Câncer Brasil (ICB), comenta os resultados.

comprimidos diversosO presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou integralmente o projeto de lei que obrigaria os planos de saúde a oferecer medicamentos orais para tratamento de câncer até 48 horas após o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a exemplo do que ocorre com medicamentos de administração intravenosa. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) hoje, 27 de julho. De autoria do senador José Antônio Reguffe (Podemos-DF), o PL 6.330/2019 havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 1º de julho.

azambuja ok bxO oncologista Evandro de Azambuja (foto) é coautor de revisão sistemática e meta-análise publicada no Journal of Clinical Oncology que fornece evidências atualizadas sobre os potenciais efeitos da gravidez após o câncer de mama em termos de resultados reprodutivos e segurança materna.

guilherme harada bxO câncer de pulmão tem um prognóstico ruim que varia internacionalmente de acordo com os dois principais subtipos histológicos: células não pequenas (CPCNP) e células pequenas (CPCP). Agora, estudo multicêntrico publicado online no periódico Thorax indica que sexo, tipo histológico e estágio ao diagnóstico também explicam as diferenças internacionais no cenário do câncer de pulmão. Guilherme Harada (foto), oncologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e clinical fellow no Memorial Sloan Kettering Cancer Center (Nova Iorque/EUA), comenta os resultados.

andre mattar jpgQual a associação entre o uso de medicamentos para estimulação ovariana e o risco de câncer de mama? Artigo de revisão sistemática e meta-análise mostra que não houve aumento significativo no risco de câncer de mama entre as mulheres tratadas com qualquer medicamento de estimulação ovariana, assim como não houve aumento significativo no risco de câncer de mama com o uso de citrato de clomifeno ou gonadotrofinas, isoladamente ou em combinação. A análise foi reportada por Beebeejaun et al. no periódico Fertility and Sterility uma das revistas mais conceituadas da área. “Apesar dos possíveis vieses deste tipo de estudo, esta evidência nos deixa mais confiantes sobre o real risco do desenvolvimento de câncer de mama em pacientes submetidas a tratamentos para infertilidade”, avalia o mastologista André Mattar (foto), responsável pelo Núcleo de Oncologia Clínica do Hospital Pérola Byington, em São Paulo.

filomena 21 bxArtigo de Carsten Denkert e colegas publicado 9 de julho no Lancet Oncology apresenta resultados de uma análise que agrupou dados de 2.310 pacientes para caracterizar aspectos clínicos e moleculares do câncer de mama HER2-low comparando-os com HER2-zero, incluindo prognóstico e resposta à quimioterapia neoadjuvante. Quem comnta os principais achados é a patologista Filomena Carvalho (foto), Professora Associada e Livre-docente do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP.

Hanriot Net OKEstudo de coorte que avaliou mais de 26 mil pacientes com câncer de próstata de alto risco em um seguimento mediano de 8,16 anos concluiu que a radioterapia adjuvante deve ser considerada em homens com câncer de próstata com estadiamento T3/4, com linfonodos pélvicos positivos (pN1) ou escore de Gleason de 8 a 10, impactando significativamente na redução do risco de mortalidade. Os resultados estão em artigo de Anthony V. D´Amico e colegas, no Journal of Clinical Oncology (JCO), em acesso aberto. “Este estudo não somente é provocativo, como retrata bem que há que se escolher quem vai se beneficiar de radioterapia adjuvante ou de resgate”, analisa Rodrigo Hanriot (foto), coordenador do Serviço de Radioterapia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

buzaid 2021Qual a carga global de câncer atribuída ao uso de álcool? Artigo de Ramgay et. al. publicado 13 de julho no Lancet Oncology apresenta estimativas globais e regionais da carga de câncer associada ao consumo de álcool em 2020 para subsidiar políticas de controle do câncer em diferentes cenários. Os resultados estão em acesso aberto e mostram que tumores de esôfago, fígado e mama aparecem globalmente como os mais associados ao etilismo. “Não há dúvida que o álcool é cancerígeno e é um problema de saúde pública mundial. Como oncologistas, temos que orientar nossos pacientes e enfatizar que aqueles que desejam ingerir bebidas alcoólicas, devem fazê-lo o mínimo possível”, observa o oncologista Antonio Carlos Buzaid (foto), diretor médico geral da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

braga 21 2Estudo publicado no periódico Gynecologic Oncology comparou os resultados de pacientes com neoplasia trofoblástica gestacional de baixo risco tratadas com metotrexato por 8 dias com dois regimes diferentes de ácido folínico. Antonio Braga (foto), Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Federal Fluminense, é autor sênior do trabalho realizado em colaboração com a Harvard Medical School.

daniel cohen 2021Artigo publicado no JCO Oncology Practice buscou entender as perspectivas de médicos envolvidos no tratamento do câncer em relação ao atendimento odontológico em pacientes com câncer de cabeça e pescoço, população com risco aumentado de complicações dentárias em longo prazo. Quem comenta é o estomatologista Daniel Cohen Goldemberg (foto), pesquisador do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

elizabeth fernando 2021Estudo multicêntrico liderado por pesquisadores do A.C.Camargo Cancer Center realiza uma revisão do conhecimento atual da base genética da linhagem germinativa do câncer de mama masculino e seu impacto no manejo dos pacientes e de suas famílias. Publicado no periódico Cancers, o artigo tem como autora sênior a oncologista Elizabeth Santana dos Santos; Fernando Campos é o primeiro autor do trabalho.

caponero 2019 bxOs participantes de estudos em oncologia com fadiga clinicamente significativa (do inglês, CSF) no baseline tiveram pior sobrevida e experimentaram mais eventos adversos em comparação com participantes sem CSF. Os resultados são de uma análise de quatro ensaios do SWOG e foram publicados no JCO Oncology Practice. "A fadiga é um sintoma presente em 80% dos pacientes durante o tratamento antineoplásico e, com o advento da terapia-alvo, passou a ser mais significativo do que náuseas, dor ou outros sintomas”, observa o Ricardo Caponero (foto), oncologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

cristiano padua 2020 ok bxEm um subgrupo de pacientes com câncer de mama HER2-positivo e metástases do sistema nervoso central (SNC) previamente tratados com terapias anti-HER2, a combinação de neratinibe mais capecitabina foi associada a sobrevida livre de progressão prolongada e resultados do SNC em comparação com lapatinibe mais capecitabina. Os resultados de análise do estudo de fase III NALA foram publicados na The Oncologist, em artigo que tem o oncologista Cristiano de Souza Pádua (foto), do Hospital de Câncer de Barretos, como coautor.

carlos chiatonne bxA terapia com plasma convalescente está associada a melhores resultados em pacientes hospitalizados com COVID-19 e câncer hematológico? Estudo de coorte com 966 participantes sugere um potencial benefício de sobrevida na administração de plasma convalescente nessa população de pacientes. Os resultados foram publicados no JAMA Oncology. "Embora retrospectivo e sem detalhamento do momento da doença em que o plasma hiperimune foi utilizado, o artigo traz mais uma evidência da possível uitilidade da estratégia", avalia o hematologista Carlos Chiattone (foto), professor titular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e coordenador do Núcleo de Onco-Hematologia do Hospital Samaritano.

alexandre palladino inca bxPela primeira vez, um estudo identificou uma assinatura mutacional alquilante nas células do cólon vinculada ao consumo de carne vermelha e às mutações causadoras do câncer. "Sem dúvida é um dado importante e abre possibilidade para abordagens promissoras em prevenção e diagnóstico precoce", observou Alexandre Palladino (foto), chefe da oncologia clínica do Hospital do Câncer I (INCA). O trabalho foi publicado na Cancer Discovery, periódico da American Association for Cancer Research (AACR).

approved NET OKA agência reguladora norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou dia 9 de julho o registro regular de enfortumab vedotin (PADCEV®), além da expandir a indicação do novo agente, um conjugado anticorpo-droga que representa a primeira e única terapia aprovada pelo FDA para pacientes com câncer urotelial inelegíveis a cisplatina e que receberam uma ou mais linhas de tratamento. A decisão do FDA é baseada nos resultados de sobrevida global do ensaio EV-301, que demonstrou a superioridade de enfortumab vedotin frente à quimioterapia nessa população de pacientes.