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Maconha medicinal NET OKDados de uma pesquisa coordenada pelo Dana Farber Cancer Institute mostram que 80% dos oncologistas consultados discutiram o uso medicinal da maconha com seus pacientes e quase metade (46%) recomendou o uso no último ano. Os resultados foram publicados no Journal of Clinical Oncology e segundo os autores esse é o primeiro estudo sobre práticas e crenças dos oncologistas em relação à maconha medicinal. “Mais do que mostrar o conhecimento e a experiência de oncologistas sobre o uso da maconha medicinal e seus derivados no tratamento oncológico, o estudo nos traz uma discussão muito importante sobre os abismos que ainda existem entre as melhores evidências e a tomada de decisão em saúde”, avaliam Rachel Riera e Rafael Leite Pacheco, do Centro Cochrane do Brasil.

Bruna Daniel UNESPEstudo de pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Araçatuba da Unesp (Universidade Estadual Paulista) demonstrou que eventos traumáticos na infância são preditivos de estadiamento clínico avançado, consumo de álcool e sintomas emocionais em pacientes com carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço. Publicado na Cancer, periódico da American Cancer Society, o trabalho é o primeiro a avaliar a influência do trauma infantil sobre os níveis de ansiedade em pacientes com câncer de cabeça e pescoço e sugere a importância de considerar a história de vida do paciente nas estratégias de intervenção clínica e psicológica durante o tratamento. Bruna Amélia Sarafim-Silva e Daniel Galera Bernabé (foto), autores do trabalho, comentam os achados.

LUIZ GUILHERME NET OKArtigo de revisão publicado no NEJM1 discute o cenário atual, fatores de risco e perspectivas no tratamento dos chamados carcinomas de queratinócitos, o tipo de câncer de pele mais comum no mundo. “Os carcinomas de queratinócitos representam importante desafio de saúde pública, exigindo atenção especial a estratégias de tratamento e prevenção”, destacam os autores. O médico dermatologista Luiz Guilherme Martins Castro (foto), coordenador do Centro de Oncologia Cutânea do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), vice-presidente da Internacional Society of Dermatology e diretor da Oncoderma São Paulo, comenta o trabalho.

GLAUCO NET OKEm trabalho publicado na revista Gynecologic Oncology, o cirurgião oncológico Glauco Baiocchi (foto), diretor do Departamento de Ginecologia Oncológica do A.C.Camargo Cancer Center, e colegas relatam a primeira cirurgia de transposição uterina para preservação da fertilidade no câncer do colo do útero já realizada. O procedimento executado em uma paciente de 33 anos com câncer de colo do útero estádio Ib1 (<2cm) que foi submetida a uma traquelectomia radical e preenchia os critérios para radioterapia adjuvante havia sido selecionado para apresentação em vídeo na edição de 2018 do Congresso da Society of Gynecologic Oncology (SGO).

Leandro NET OKNo Brasil, 12% dos cânceres de mama na pós-menopausa e 19% dos cânceres de cólon são atribuíveis à falta de atividade física. Os dados são de um estudo brasileiro publicado no periódico Cancer Epidemiology. Leandro Fórnias Machado de Rezende (foto), pesquisador do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e primeiro autor do trabalho, comenta os resultados.

Renata DAlpino 2018 NET OKEstudo de pesquisadores da McGill publicado na Science sugere que a inflamação anormal desencadeada pelo sistema imunológico pode estar por trás do desenvolvimento de tumores gastrointestinais em pacientes com Síndrome de Peutz-Jeghers (PJS). Segundo os autores, os achados levam a repensar como os tumores gástricos se formam em pacientes com essa síndrome, e podem contribuir para potenciais novos tratamentos com base no alvo de inflamação. A oncologista Renata D'Alpino (foto), coordenadora de Tumores Gastrointestinais e Neuroendócrinos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e membro do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), comenta o trabalho.

MAMA bxA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do inibidor de CDK4/6 succinato de ribociclibe (Kisqali®, Novartis), em combinação com um inibidor de aromatase, como tratamento em primeira linha de pacientes na pós-menopausa com câncer de mama RH+/HER2- em estágio avançado ou metastático. Baseada nos resultados do estudo de fase III MONALEESA-21, a aprovação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 30 de julho.

MARCIO DEBIASI 2018NET OKA Comissão Europeia (CE) aprovou o Trazimera™1 (Pfizer), biossimilar do trastuzumabe (Herceptin, Roche) indicado para o tratamento do câncer de mama, câncer gástrico metastático ou adenocarcinoma de junção gastroesofágica com superexpressão HER2.2 A aprovação segue a recomendação do Comitê dos Medicamentos para Uso Humano, de maio de 2018.“A entrada dos biossimilares no mercado da oncologia é uma realidade, especialmente na Europa, que se mostrou pioneira no desenvolvimento de um robusto corpo regulatório para que esse processo seja feito com segurança. A experiência até o momento é positiva, com redução de custos e aumento de acesso sem comprometimento da eficácia e segurança”, avalia o Márcio Debiasi* (foto), oncologista clínico do Breast International Group (BIG).

RODRIGO GUINDALINI ASCO2018 NET OKEstudo publicado no JAMA Oncology com participação do brasileiro Antonio Wolff mostrou que a detecção de células tumorais circulantes (CTC) em pacientes com câncer de mama localizado após 5 anos do diagnóstico foi associada a um maior risco de recorrência entre pacientes com câncer de mama receptor hormonal positivo (RH+). “Este achado representa uma prova de conceito de que biomarcadores líquidos podem ser utilizados para estratificar o risco de recidiva tardia em pacientes com câncer de mama RH+”, afirma o oncologista Rodrigo Guindalini (foto), médico da clínica CLION, em Salvador.

Maria Paula Curado NET OKA taxa global de mortalidade por câncer de pulmão padronizada por idade entre as mulheres deve aumentar em 43% entre 2015 e 2030. A análise de dados de 52 países foi liderada por José M. Martínez-Sánchez, professor associado e diretor do Departamento de Saúde Pública, Epidemiologia e Bioestatística da Universitat Internacional de Catalunya, em Barcelona, e publicada na Cancer Research, periódico da American Association for Cancer Research. “No Brasil, as políticas anti-tabaco têm sido mais eficientes para o sexo masculino em comparação com as mulheres. É preciso insistir em alertar e disseminar informações efetivas sobre o risco do tabagismo e o câncer na mulher”, afirma a epidemiologista Maria Paula Curado (foto), do AC Camargo Cancer Center.

neuro NET OKO inibidor de EGFR osimertinibe demonstrou eficácia superior ao esquema platina-pemetrexede em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC), com mutação T790M e metástases cerebrais. Os dados são do estudo AURA3 e foram publicados 30 de julho em artigo de Wu et al no Journal of Clinical Oncology.

TRAFEGO SP NET OKEmbora o tabagismo seja o mais importante fator de risco para câncer do trato respiratório, a exposição a carcinógenos ambientais não pode mais ser desprezada. O alerta é de estudo de A.G. Ribeiro et al., publicado na Cancer Epidemiology. “Nosso estudo mostrou que áreas com alta densidade de tráfego coincidiram com áreas que apresentaram maior risco relativo para a incidência de câncer de vias aéreas em indivíduos com mais de 20 anos de idade residindo na cidade de São Paulo”, concluem os autores.

Mama News 1 NET OKPesquisadores da Johns Hopkins relataram que, em modelos animais, as células do mioepitélio funcionam como uma barreira para evitar que células cancerígenas se espalhem pelo corpo. Os resultados revelam que essa camada de células não é uma barreira estacionária, mas uma defesa ativa contra metástases do câncer de mama. Os resultados foram publicados 30 de julho no Journal of Cell Biology.

Giulianno MolinaAnálises que utilizam sequenciamento de próxima geração mapearam 19 microRNAs que podem classificar em benignas ou malignas as amostras indeterminadas de nódulos tireoideanos. Os resultados são de estudo publicado na Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention. “A amostra do estudo, embora ainda um pouco pequena, evidenciou alta sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo para este método”, avalia Giulianno Molina (foto), professor assistente no Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Morbeck 2017 NET OKA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ampliou a indicação de uso da enzalutamida (xtandi®, Astellas), agora para o tratamento de pacientes com câncer de próstata resistente à castração não-metastático. Publicada no Diário Oficial da União (DOU) dia 30 de julho, a aprovação foi baseada nos resultados do estudo de fase III PROSPER, apresentados em fevereiro na ASCO GU e publicados no New England Journal of Medicine em junho. “A ampliação da indicação da enzalutamida vem suprir uma lacuna na história natural do câncer de próstata, onde a melhor terapia para o fenótipo de pacientes com carcinoma de próstata resistente a castração não metastático precisava ser preenchida”, avalia o oncologista Igor Morbeck (foto), médico do Hospital Sírio-Libanês e professor da PUC, em Brasília.

DAN WAITZBERGUma grande análise prospectiva de coorte populacional publicada na revista Cancer Research, da American Association for Cancer Research, reforçou que a adoção de um estilo de vida saudável, com a combinação de alimentação adequada, atividade física e baixo consumo de álcool está associada à redução significativa do risco global de câncer. “Os dados foram interpretados por escores nutricionais, particularmente o escore WCRF/AICR, e indicaram redução de 12 a 14% no risco de câncer com dieta e estilo de vida saudáveis. Chama a atenção que a 'contribuição sinérgica' de uma dieta saudável foi mais significativa do que qualquer recomendação dietética única”, observa Dan Waitzberg (foto), professor associado do Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), diretor do GANEP Nutrição Humana e diretor cientifico da Bioma4me.

prostata bx1A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) concluiu sua revisão do medicamento radium 223 (Xofigo®, Bayer) e recomendou restringir seu uso a pacientes que receberam dois tratamentos anteriores para câncer de próstata metastático (metástase óssea) ou que não podem receber outros tratamentos. O documento também recomenda que o radiofármaco não seja utilizado em conjunto com abiraterona (Zytiga) e com os corticosteroides prednisona ou prednisolona.