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ANGELICA NET OK FRANCOA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do inibidor de PARP olaparibe (Lynparza™) em apresentação de comprimidos. “A nova forma de apresentação em comprimidos é mais confortável para as pacientes, visto que, para a equivalência de eficácia, eram necessárias 16 cápsulas ao dia”, afirma a oncologista Angélica Nogueira-Rodrigues (foto), presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA/GBTG).

Melanoma v3 NET OKDepois do registro autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em junho, o imuno-oncológico avelumabe (Bavencio®) acaba de obter a precificação da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). O anti PD-L1 avelumabe é a primeira imunoterapia aprovada no tratamento do carcinoma de células de Merkel (CCM) metastático, um tipo raro e agressivo de câncer de pele que até então era abordado com terapia citotóxica, com resultados limitados.

Robson Ferrigno NET OK 2Acaba de ser publicado no periódico Journal of Clinical Oncology1 o guia prático de radioterapia hipofracionada para câncer de próstata localizado, elaborado por três Sociedades Americanas de especialidade: ASTRO (American Society for Therapeutic Radiation Oncoloy), ASCO (American Society of Clinical Oncology) e AUA (American Association of Urology). Os autores se basearam em questões chave e reportaram a força de recomendação, o nível de evidência e o consenso para o emprego de radioterapia hipofracionada de acordo com o tipo de fracionamento e grupos de risco dos pacientes. O radio-oncologista Robson Ferrigno (foto) comenta as conclusões desse consenso.

Prostata 2018 NET OKA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento apalutamida (Erleada®, Janssen-Cilag) para o tratamento de pacientes com câncer de próstata não metastático resistente à castração. Publicada no Diário Oficial da União (DOU) dia 15 de outubro, a aprovação se baseou nos dados do estudo fase III SPARTAN.

Mama RaioX IlustraA agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou o tratamento com talazoparibe (TALZENNA, Pfizer Inc.), um inibidor de PARP para pacientes com câncer de mama metastático ou localmente avançado, com mutação de BRCA (gBRCAm), HER2 negativo. A decisão do FDA foi baseada nos resultados do EMBRACA (NCT01945775), um estudo aberto que randomizou 431 pacientes (2: 1) com câncer de mama localmente avançado ou metastático, HER2 negativo, BRCA mutado, para receber talazoparibe (1 mg) ou quimioterapia de escolha do médico (capecitabina, eribulina, gencitabina ou vinorelbina).

Renal 2 NET OKA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a combinação de nivolumabe (Opdivo®, BMS) e ipilimumabe (Yervoy®, BMS) como primeira linha de tratamento para pacientes com câncer renal avançado ou metastático de risco intermediário ou alto, não tratados previamente. A combinação foi avaliada no estudo clínico de fase III CkeckMate 214, e demonstrou um aumento significativo de sobrevida global (SG) em comparação com o tratamento padrão com sunitinibe.

FABIO SCHUTZ LACOG GU NET OKA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do inibidor de MET, AXL e VEGFR levomalato de cabozantinibe (Cabometyx®) para tratamento de adultos com carcinoma de células renais (ou câncer de rim) avançado ou metastático em primeira e segunda linha. Publicada no Diário Oficial da União (DOU) dia 15 de outubro, a decisão foi baseada nos estudos clínicos CABOSUN (primeira linha) e METEOR (segunda linha). Fábio Schutz (foto), oncologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, comenta a aprovação.

rubens chojniakConsenso da Organização Europeia para Pesquisa e Tratamento de Câncer (EORTC) sugere algoritmos clínicos para integrar métodos de imagem ao ambiente de assistência nas várias etapas do câncer de próstata, com o objetivo de identificar a doença oligometastática. “O artigo discute com profundidade o papel dos diversos métodos de imagem tradicionais e modernos para a avaliação dos possíveis cenários de doença oligometastática, incluindo pacientes não tratados e pacientes com recidiva após diferentes regimes de tratamento", observa o médico radiologista Rubens Chojniak (foto), diretor do Departamento de Imagem do A.C.Camargo Cancer Center.

RAPHAEL BRANDÃO NET OKEstudo publicado na Cancer, periódico da American Cancer Society, buscou estabelecer padrões de referência de eficácia de inibidores de checkpoint em pacientes com carcinoma de células renais metastático (CCRm), atualizando os resultados dos pacientes em cada classe prognóstica do IMDC (International Metastatic Renal Cell Carcinoma Database Consortium). O trabalho é o maior estudo já realizado de dados do mundo real sobre imunoterapia em câncer de rim, e contou com a participação do oncologista Raphael Brandão (foto), chefe do Américas Oncologia.

cesar cabello bx NET OKO estudo de Fase III IBCSG 23-011 apresenta no Lancet Oncology de outubro os resultados de 10 anos de acompanhamento. O estudo compara a sobrevida livre de doença em pacientes com câncer de mama com um ou mais linfonodos sentinela micrometastáticos (≤2 mm) designados aleatoriamente para dissecção axilar ou não dissecção axilar. Os resultados atuais corroboram evidências já conhecidas e mostram que não houve diferença na sobrevida livre de doença entre os grupos, com não-inferioridade da dissecção axilar em relação à nenhuma dissecção axilar. Os resultados são tema da análise do cirurgião César Cabello dos Santos (foto), coordenador da Área de Mastologia do CAISM/Unicamp, em Campinas.

Pedro Isaacsson NET OKEstudo do ICESP publicado no Journal of Global Oncology apresentou resultados de uma análise retrospectiva que avaliou 222 pacientes com carcinoma de células renais de células claras metastático (ccRCC) tratados com um TKI de primeira linha (sunitinibe ou pazopanibe) entre fevereiro de 2009 e março de 2017. O estudo tem como primeiro autor o oncologista Pedro Henrique Isaacsson Velho (foto) e os resultados podem ter implicações no sistema público de saúde.

Renal 2 NET OKA Consulta Pública nº 47 da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que avalia a incorporação de sunitinibe ou pazopanibe no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de pacientes com carcinoma renal de células claras metastático, foi anulada. Uma nova consulta pública (Consulta Pública de nº 54) foi aberta para avaliar a incorporação dos medicamentos. As contribuições podem ser enviadas até o dia 29 de outubro.

Santini 2018O oncologista brasileiro Fernando Santini (foto) é o primeiro autor de estudo publicado na Cancer Immunology Research, que discute a possibilidade de retratamento com inibidores de checkpoint imune em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células, após a ocorrência de eventos adversos imunomediados. Os resultados ajudam a caracterizar a segurança e o benefício do retratamento com anti PD-1/ PD-L1 nesse cenário, em monoterapia e esquemas de combinação.

ESMO Munich 2018 Banner NET OKCerca de 25 mil participantes de todo o mundo são esperados em Munique, Alemanha, entre 19 e 23 de outubro para participar do congresso ESMO 2018, o principal encontro europeu dedicado à comunidade de oncologia. O tema deste ano, "Garantindo acesso ao tratamento ideal para o câncer" é uma síntese dos desafios atuais: trazer inovação para os pacientes, integrar a multidisciplinaridade na linha de cuidados em câncer e tornar o tratamento viável e acessível.

Rachel 3 NET OKEstudo prospectivo realizado por pesquisadores brasileiros buscou avaliar os efeitos da quimioterapia adjuvante sobre o desempenho cognitivo de pacientes com câncer colorretal localizado. Liderado pela oncologista Rachel Riechelmann (foto), Diretora de Pesquisa do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG) e Diretora do Departamento de Oncologia do A.C. Camargo Cancer Center, o estudo mostrou que pacientes que receberam fluorouracil adjuvante com ou sem oxaliplatina apresentaram declínio na função cognitiva após 12 meses do tratamento em comparação com pacientes que não receberam quimioterapia. O trabalho é tema da tese de doutorado da geriatra Manuela Castro, pela Faculdade de Medicina da USP, e será publicado no periódico Clinical Colorectal Cancer.

duilio rochaEm um novo estudo com participação do Lawson Health Research Institute e da Schulich School of Medicine & Dentistry da Western University, pesquisadores identificaram que a mutação do gene ATRX pode aumentar o risco de desenvolver pancreatite e câncer de pâncreas em mulheres. “Múltiplas anormalidades genéticas são comumente encontradas no adenocarcinoma de pâncreas, incluindo a ativação de oncogenes como KRAS, a inativação de genes supressores tumorais como TP53, CDKN2A e SMAD4 e a inativação de genes de manutenção genômica como MLH1 e MSH2. Mutações somáticas de ATRX são identificadas em pacientes com tumores neuroendócrinos de pâncreas ou com glioblastoma, mas seu papel no adenocarcinoma pancreático é pouco conhecido”, observa o oncologista Duílio Reis da Rocha Filho (foto), chefe do serviço de oncologia clínica do Hospital Universitário Walter Cantídio, da Universidade Federal do Ceará, e consultor científico do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).

Renata DAlpino 2018 NET OKExiste associação entre a dose e a duração do uso de aspirina e o risco de desenvolver carcinoma hepatocelular (CHC)? Estudo publicado no JAMA Oncology sugere que o uso regular e em longo prazo da aspirina está associado a uma redução dose-dependente do risco de CHC após 5 ou mais anos de uso. Associações semelhantes não foram encontradas com anti-inflamatórios não-esteroides (NSAIDs) não aspirina. “Trata-se de um estudo retrospectivo observacional interessante por mostrar efeito dose-resposta e dose-duração do uso de aspirina na prevenção de HCC em uma enorme coorte de pacientes, independente da presença ou não de cirrose, embora estudos prospectivos sejam necessários para validar tal associação”, avalia a oncologista Renata D'Alpino (foto), coordenadora de Tumores Gastrointestinais e Neuroendócrinos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e membro do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG) analisa os resultados.