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igor abreu bxPesquisadores brasileiros desenvolveram uma alternativa barata e eficiente para o manejo da dispneia associada a derrame pleural maligno em pacientes com câncer. O dispositivo (LunGO) foi avaliado em estudo caso-controle e os resultados publicados em abril na Respiration mostram benefícios frente à pleurodese com talco ou o implante de cateter pleural. Igor Renato Louro Bruno de Abreu, cirurgião torácico do Hospital Santa Marcelina, é primeiro autor e comenta os principais achados do estudo.

clarissa mathias iaslc bxO tratamento com inibidores de checkpoint imune anti PD-1 / PD-L1 tem sido eficaz em várias neoplasias malignas e é considerado padrão para pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC). No entanto, há estudos sugerindo que o bloqueio de PD-1 / PD-L1 pode levar à doença hiperprogressiva (HPD), com prognóstico sombrio. Estudo publicado em abril no Annals of Oncology examinou a incidência de HPD e buscou identificar os determinantes associados à doença hiperprogressiva em pacientes com CPNPC tratados com bloqueio PD-1/PD-L1. A oncologista Clarissa Mathias (foto), Diretora da América Latina da International Association for the Study of Lung Cancer (IASLC), comenta o trabalho.

WILLIAM William 2018 NET OKNo estudo de fase 1 PROFILE 1001, crizotinibe mostrou atividade antitumoral em pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) avançado com rearranjo ROS1. Agora, dados atualizados de sobrevida global e de segurança estão em artigo no Annals of Oncology. Nesta análise são apresentados os resultados de 46,2 meses adicionais de acompanhamento dos pacientes inscritos no estudo PROFILE 1001, que tiveram status de ROS1 positivo e receberam crizotinibe na dose inicial de 250 mg duas vezes ao dia. Quem comenta os resultados é o oncologista William N. William Jr. (foto), Diretor Médico de Oncologia e Hematologia da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Imuno NET OKA Nature Review Drug Discovery mostrou em números o cenário de expansão da imuno-oncologia. Tang, J. et al descrevem que desde o primeiro estudo com um anticorpo anti PD-1, iniciado em 2006 com nivolumabe, 6 anticorpos visando PD-1 ou seu ligante já foram aprovados pelo FDA para tratar 14 tipos de câncer, além de uma indicação agnóstica. Hoje, são mais de 2250 estudos clínicos avaliando inibidores de checkpoint imune, com a previsão de recrutar mais de 380 mil voluntários.

MAMA bxSeis fatores podem predizer a recidiva do câncer de mama após diagnóstico de carcinoma ductal in situ. É o que sustentam dados da meta-análise publicada na Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, periódico da Associação Americana para a Pesquisa em Câncer.

Gilberto Lopes 2019Qual a incidência de eventos adversos relacionados ao tratamento com inibidores de PD-1 e PD-L1? Revisão sistemática e meta-análise que avaliou 125 ensaios clínicos envolvendo 20.128 pacientes mostrou que a incidência de eventos adversos foi semelhante entre pacientes com diferentes tipos de câncer, mas variou de acordo com o medicamento utilizado. A incidência de eventos grau ≥3 foi de 14% e de eventos adversos de todos os graus foi de 66%. Gilberto Lopes (foto), oncologista clínico na University of Miami Sylvester Comprehensive Cancer Center, comenta os achados.

ON22 PG6 PESQUISA 2 BXO anti CTLA-4 ipilimumabe foi o mais empregado em estudos clínicos em melanoma, descrito como intervenção em 251 ensaios de uma base de 2563 pesquisas avaliadas. É o que mostra estudo publicado em março na Journal of Clinical Medicine que revisou os estudos clínicos em melanoma para encontrar tendências, incluindo as intervenções mais estudadas e suas combinações.

CHIATTONE NET OKO estudo BRIGHT foi desenhado para comparar a eficácia e segurança de bendamustina mais rituximabe (BR) versus rituximabe mais ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona (R-CHOP) ou rituximabe mais ciclofosfamida, vincristina e prednisona (R-CVP) em pacientes com linfomas não-Hodgkin indolentes ou linfoma de células do manto virgens de tratamento. Dados de longo prazo foram publicados por Flinn et al. no Journal of Clinical Oncology (JCO) e mostram a superioridade da combinação com bendamustina no controle da doença. O hematologista Carlos Chiattone (foto), coordenador do Centro de Linfomas do Núcleo de Oncologia do Hospital Samaritano e professor titular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, comenta os resultados do trabalho.

roberto arai bx 2Estudo liderado por pesquisadores brasileiros discute os desafios e vantagens da realização de estudos clínicos de oncologia de precisão na América Latina, e propõe sugestões para superar os principais entraves e aumentar o número desses ensaios na região. Publicado no periódico The Oncologist, o trabalho tem como primeiro autor Roberto Jun Arai (foto), do Núcleo de Pesquisa do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). A oncologista Rachel Riechelmann, Diretora do Departamento de Oncologia do A.C. Camargo Cancer Center, é autora sênior do estudo.

MAIOLINO NET OKO tratamento do mieloma múltiplo mudou significativamente nos últimos anos, proporcionando mais opções e aumentando a complexidade da escolha terapêutica. Para orientar na incorporação de novos tratamentos, tanto no cenário da doença recém-diagnosticada como na doença recidivada/refratária, a ASCO e o Cancer Care Ontario publicaram um guideline com recomendações para pacientes elegíveis para transplante, não elegíveis e para aqueles com doença recidivada ou refratária. “O guideline é bastante abrangente, mas esse é um cenário que deve mudar em breve, o que é excelente, pois significa que temos perspectivas muito favoráveis”, afirma Ângelo Maiolino (foto), professor de hematologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador de hematologia do Americas Centro de Oncologia Integrado, no Rio de Janeiro.

thales vandre bxO SENTIX é um ensaio prospectivo, multicêntrico, com o objetivo de provar que a cirurgia menos radical não é inferior ao tratamento com linfadenectomia sistemática no manejo do câncer cervical em fase inicial. O protocolo do estudo foi apresentado em recente publicação da International Journal of Gynecological Cancer. Em linha com a tendência de tratamentos menos agressivos no câncer do colo uterino precoce, o estudo brasileiro LESSER busca avaliar a histerectomia extrafascial como opção de tratamento cirúrgico inicial na doença estádios clínicos IA2-IB1 ≤ 2cm. Em artigo exclusivo, os cirurgiões oncológicos Thales Paulo Batista (na foto, à esquerda) e Vandré Cabral Gomes Carneiro, médicos do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, comentam os trabalhos.

TABAK NET OK 2A vacina contra influenza inativada não provoca reações imunes indesejáveis ​​em pacientes de câncer que recebem inibidores de checkpoint imune. A afirmação é de Stephen G. Baum, Professor de Medicina e de Microbiologia e Imunologia no Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, que examinou a questão em artigo no Journal Watch, revisando Chong CR et al. “Com base nos achados, os autores apoiam a recomendação atual da vacinação anual contra influenza em pacientes que recebem inibidores de checkpoint”, comenta o onco-hematologista Daniel Tabak (foto), diretor do Centro de Tratamento Oncológico (CENTRON).

Duilio NET OKCom base nas projeções anuais, a Organização Mundial da Saúde estima que mais de 1 milhão de pessoas morrerão de câncer de fígado em 2030. Estudo de revisão de Augusto Villanueva publicado na New England Medical Journal resume as principais alterações genéticas no carcinoma hepatocelular, suas características epidemiológicas e abordagens baseadas em evidência para o manejo da doença. “O artigo destaca a rápida mudança de cenário do tratamento do carcinoma hepatocelular avançado”, observa o oncologista Duílio Rocha Filho (foto), chefe do Serviço de Oncologia Clínica do Hospital Universitário Walter Cantídio (UFC-CE) e membro da diretoria do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).

Bernardo Salvajoli NET OKComo uma tecnologia como a terapia por feixe de prótons se expandiu tanto na oncologia em contraste com a tímida base de evidências? A indagação motivou editorial da British Journal of Cancer e põe em contexto especialmente o cenário norte-americano, que em 2018 viveu forte expansão, com a abertura de pelo menos 27 novos centros, e hoje amarga retração importante, com mais de um terço dessas unidades com sérios problemas financeiros. Quem comenta é o radio-oncologista Bernardo Salvajoli (foto), médico do serviço de radioterapia do HCOR-Onco e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP).

sergio amaro inca bxPublicado no International Journal of Cancer, estudo em colaboração com pesquisadores brasileiros fornece evidências moleculares de que o HPV73 pode causar câncer do colo do útero. “É provável que as vacinas atuais não eliminem todos os casos de câncer do colo do útero devido a uma série de HPVs de baixa prevalência que provavelmente continuarão a contribuir para os resultados do câncer”, observam os autores. O trabalho tem como primeiro autor o biomédico e biologista molecular Sergio Amaro-Filho (foto), membro do Programa de Genética do Instituto Nacional do Câncer (INCA).