FDA incentiva inclusão de pacientes idosos em estudos clínicos de câncer
A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) emitiu um projeto de orientação com recomendações para a inclusão de pacientes com 65 anos ou mais em ensaios clínicos de medicamentos para o tratamento de câncer. O objetivo é garantir que o perfil dos participantes dos estudos represente de maneira mais próxima os pacientes do mundo real.
Uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) firmada entre o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz), Sandoz e Bionovis vai permitir a transferência de tecnologia e a incorporação do rituximabe biossimilar ao portfólio do Instituto.
Estudo com mais de 6 mil mulheres com 63 anos ou mais demonstrou que nessa população a atividade física moderada a vigorosa reduz em 34% o risco de certos tipos de câncer em comparação com aquelas menos ativas. Os resultados foram publicados dia 05 de março no British Journal of Cancer. "Cada vez mais, a medicina baseada em evidência mostra que a atividade física deve fazer parte do nosso arsenal de tratamentos e prevenção ao câncer", observa o oncologista Raphael Brandão (foto), Diretor Executo de Oncologia do UnitedHealth Group Brazil.
Pesquisadores chineses reportaram no Journal of Thoracic Oncology (JTO) dois casos de pacientes submetidos recentemente a lobectomia para adenocarcinoma pulmonar nos quais foi identificada pneumonia por COVID-19 no momento da cirurgia. “Esses dois casos fornecem, oportunidades importantes para o estudo do COVID-19”, analisam.
Estudo de Fase II do CALGB (Alliance) que explorou o uso de letrozol pré-operatório durante 6 meses em pacientes com carcinoma ductal in situ (CDIS) mostrou que a estratégia pode ser interessante para alguns pacientes. “Ainda hoje continuamos em dúvidas se todos os carcinomas in situ devem ser operados e que critérios seguir para a conduta conservadora. Este é o primeiro estudo a avaliar a hormonioterapia neoadjuvante neste grupo de pacientes”, observa o mastologista André Mattar (foto), responsável pelo Núcleo de Oncologia Clínica do Hospital Pérola Byington, em São Paulo. Os resultados foram publicados no Journal of Clinical Oncology.
Helder Picarelli (foto), neurocirurgião do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), é primeiro autor de estudo que avalia a sobrevida, morbidade, causas de morte, fatores prognósticos e o impacto da radioterapia em pacientes com metástases cerebrais tratados por ressecção neurocirúrgica. O trabalho foi publicado no Journal of Neurological Surgery.
Artigo de Gray, J.E. et al. na Journal of Thoracic Oncology traz resultados de 3 anos de seguimento do estudo PACIFIC, com dados atualizados de sobrevida global que confirmam o benefício clínico de durvalumabe após quimiorradioterapia no câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) estádio III e consolidam o regime PACIFIC como padrão de atendimento nessa população. A oncologista Clarissa Baldotto (foto), Diretora de Cuidado Integrado na Oncologia D’Or e membro da Diretoria do GBOT, comenta o trabalho.
Em 2 de março, a agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou a indicação de isatuximabe-irfc (Sarclisa®) em combinação com pomalidomida e dexametasona para o tratamento de pacientes adultos com mieloma múltiplo que receberam pelo menos duas terapias anteriores, incluindo lenalidomida e um inibidor de proteassoma.
Tiago Felismino (foto), oncologista do A.C.Camargo Cancer Center e membro do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), é primeiro autor de estudo retrospectivo que analisou os fatores clínicos relacionados à enterocolite grave após CAPOX adjuvante para câncer colorretal. Os resultados foram publicados no ecancermedicalscience.
Estudo de coorte observacional retrospectivo com 1.002 pacientes com câncer colorretal tratados no Hospital de Câncer de Barretos representa a mais ampla avaliação da ancestralidade genética em uma população de pacientes brasileiros. Os resultados foram publicados 4 de março na Frontiers in Oncology, em acesso aberto.
O cirurgião Rafael De Cicco (foto), chefe do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Instituto de Câncer Doutor Arnaldo Vieira de Carvalho, é primeiro autor de estudo retrospectivo com 215 pacientes de câncer de orofaringe HPV-positivo. Os resultados foram publicados na Head and Neck e mostram que o tabagismo foi o único fator prognóstico independente para sobrevida livre de doença na população estudada.
Pacientes com câncer de pâncreas cujos tumores apresentaram alterações moleculares acionáveis e que foram tratados com terapias dirigidas tiveram mediana de sobrevida global mais longa do que aqueles que não receberam tratamento para as alterações moleculares encontradas. Os dados são do registro Know Your Tumor (KYT), que incluiu pacientes com câncer de pâncreas nos EUA com o objetivo de oferecer perfis multi-ômicos disponíveis comercialmente e fornecer opções personalizadas de tratamento.
Com uma das mais altas taxas de mortalidade / incidência entre os tumores sólidos, o câncer de pâncreas desafia a comunidade científica a avançar em busca de novas estratégias de diagnóstico e tratamento. Uma série especial1 de quatro revisões marca o esforço de publicar o progresso na pesquisa do câncer de pâncreas no Lancet Oncology, na EBioMedicine e no periódico Lancet Gastroenterology & Hepatology, integrando aspectos desde a biologia básica e molecular até a pesquisa clínica para diagnóstico e tratamento.
A composição da microbiota pode ser prognóstica de sobrevida para pacientes com neoplasias hematológicas submetidos a transplante alogênico de células hematopoiéticas. É o que mostram os dados reportados por Peled, JU et al na New England Journal of Medicine (NEJM). Dan Waitzberg (na foto, à esquerda), professor da FMUSP e diretor científico da Bioma4me, e o hematologista Carlos Chiattone, professor titular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e coordenador do Núcleo de Onco-Hematologia do Hospital Samaritano, comentam os resultados do estudo.
A mudança no padrão alimentar, com ingestão de baixo teor de gordura associado ao aumento do consumo de vegetais, frutas e grãos pode reduzir o risco de morte por câncer de mama em mulheres na pós-menopausa. É o que mostram os resultados de análises adicionais do estudo de Modificação da Dieta da Women’s Health Initiative (WHI) publicados no Journal of Clinical Oncology (JCO). O oncologista Gilberto Amorim (foto), Coordenador Nacional de Oncologia Mamária da Oncologia D'Or, comenta o trabalho.
Indivíduos previamente infectados pelo vírus da dengue apresentam mais que o dobro de risco de desenvolver leucemia em comparação com aqueles sem histórico de infecção pelo vírus. Os resultados do estudo realizado em Taiwan foram publicados no Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, periódico da Associação Americana de Pesquisa do Câncer (AACR). O hematologista Nelson Hamerschlak (foto), coordenador do Programa de Hematologia e Transplantes de Medula Óssea do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), comenta o trabalho.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu novas regras para o registro de produtos classificados como terapia avançada, com critérios para comprovação de eficácia, segurança e qualidade para uso e comercialização no Brasil. A nova Resolução da Diretoria Colegiada (RDC 338/2020) foi publicada dia 26 de fevereiro e se aplica aos produtos de terapias celulares avançadas, produtos de terapias gênicas e de engenharia tecidual.