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Os atrasos na cirurgia para câncer de esôfago avançado, como os implementados nos primeiros meses da pandemia de COVID-19, resultaram em uma redução de 45% na taxa de sobrevida relativa dos pacientes em comparação com aqueles que foram submetidos à cirurgia precoce. É o que mostra pesquisa realizada pelo American College of Surgeons, com resultados que fornecem informações para os médicos sobre como priorizar pacientes com câncer de esôfago agora que a pandemia está mais controlada e como alocar recursos em futuros surtos de COVID-19.

sangueOs últimos resultados do ensaio clínico de Fase 3 IKEMA demonstraram uma sobrevida livre de progressão mediana (mPFS) de 35,7 meses para o anticorpo monoclonal anti-CD38 isatuximabe (Sarclisa®, Sanofi) em combinação com carfilzomibe e dexametasona (Kd) em comparação com 19,2 meses de mPFS em pacientes tratados com Kd isoladamente. Apresentados no Controversies in Multiple Myeloma World Congress, esses resultados representam a mPFS mais longa entre os estudos que investigam um inibidor de proteassoma no cenário de segunda linha para o tratamento de mieloma múltiplo recidivado. Os dados também serão apresentados na Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) no dia 19 de maio.

bernardo salvajoli 2020 bxA American Society for Radiation Oncology (ASTRO) elaborou uma nova diretriz clínica com orientações sobre o uso de radioterapia para o tratamento de pacientes com metástases cerebrais. A diretriz atualiza as recomendações anteriores da ASTRO, publicadas em 2012, considerando os recentes avanços no manejo de pacientes com metástases cerebrais, incluindo técnicas avançadas de radioterapia como radiocirurgia estereotáxica e radioterapia de todo o cérebro com proteção do hipocampo, bem como o surgimento de terapias sistêmicas com atividade no sistema nervoso central. O trabalho foi publicado no periódico Practical Radiation Oncology. Bernardo Salvajoli (foto), médico especialista em radioterapia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e do Hospital do Coração (HCorOnco), comenta o guideline.

Os cuidados de suporte usando intervenções eletrônicas em saúde (eHealth) têm o potencial de fornecer suporte remoto e melhorar os resultados de pacientes com câncer de mama. É o que mostram os resultados de revisão sistemática com meta-análise que avaliou a eficácia das intervenções de eHealth nos resultados relatados pelo paciente (qualidade de vida [QOL], eficácia pessoal e saúde mental ou física) durante e após o tratamento do câncer de mama.

Publicado no Jornal of Clinical Oncology (JCO), o TEAM-IIB é um estudo de fase III randomizado, aberto, multicêntrico, que investiga o tratamento adjuvante com ibandronato, um bisfosfonato contendo nitrogênio, em mulheres pós-menopausadas com câncer de mama receptor de estrogênio positivo (RE+). Os resultados estão em pauta em mais um PODCAST ONCONEWS, com apresentação do mastologista Silvio Bromberg e do oncologista Daniel Gimenes. Os especialistas discutem ainda os resultados do estudo prospectivo neoadjuvante NBREaST II, publicado no European Journal of Cancer, que avaliou a resposta ao tratamento pré-operatório e o desfecho de sobrevida em 5 anos nos subgrupos moleculares determinados pela combinação do teste de expressão gênica MammaPrint/BluePrint. Ouça.

alice franzoiA Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) desenvolveu uma nova classificação baseada em evidências para orientar a pesquisa e a interpretação de dados de estudos sobre estratégias de de-escalonamento/desintensificação do tratamento sistêmico em oncologia. Publicado no Annals of Oncology, a ESMO framework for the risk-adapted modulation through de-intensification of cancer treatments oferece aos oncologistas, pesquisadores e tomadores de decisões regulatórias um conjunto de definições e critérios comuns para impulsionar o progresso neste campo da personalização do tratamento. A oncologista brasileira Maria Alice Franzoi (foto), médica do Gustave Roussy Cancer Campus, é coprimeira autora do trabalho.

mama5A agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou a indicação de Trastuzumabe deruxtecana (ENHERTU®, Daiichi Sankyo, AstraZeneca) para pacientes com câncer de mama metastático HER2 positivo previamente tratados com um agente anti-HER2. A aprovação foi anunciada 4 de maio e é baseada nos resultados do ensaio DESTINY-Breast03, mostrando que trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) reduziu o risco de progressão da doença ou morte em 72% versus trastuzumab emtansine (T-DM1).

A sequência reversa de tratamento com quimioterapia neoadjuvante, radioterapia pré-operatória, mastectomia e reconstrução mamária imediata pode ser uma proposta para pacientes selecionadas com câncer de mama localmente avançado. No entanto, poucos estudos a compararam com a sequência padrão de QT neoadjuvante, mastectomia e radioterapia com ou sem reconstrução diferenciada. Agora, estudo publicado no European Journal of Surgical Oncology compara a sobrevida global e sobrevida livre de recorrência de pacientes com câncer de mama tratadas com sequência reversa em comparação com a técnica padrão. Os resultados são tema do PODCAST Onconews, com apresentação de Silvio Bromberg e Daniel Gimenes. Nesta edição, os especialistas também discutem trabalho publicado no Annals of Surgical Oncology que avalia o impacto da adesão à terapia endócrina nos resultados de pacientes idosas com câncer de mama em estágio inicial submetidas a lumpectomia sem radioterapia. Confira. 

camilla yamada lacog BXEstudos de perfis genômicos de gliomas difusos levaram a novos esquemas de classificação que predizem melhor os resultados dos pacientes em comparação com a histomorfologia convencional. Agora, Zhang et al. mostram em artigo na Neuro-Oncology como o perfil genômico tem impacto clínico em pacientes com glioma astrocítico difuso do tipo IDH selvagem sem características histológicas de alto grau. A oncologista Camilla Yamada (foto), da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, comenta os resultados.

juliano coelho 22O oncologista Juliano Coelho (foto) é primeiro autor de estudo de coorte retrospectivo multi-institucional (GBOT-LACOG 0417) que buscou descrever uma coorte de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas com metástases cerebrais tratados em centros de câncer públicos e privados no Brasil, as diferenças entre a apresentação dos pacientes, tratamento e resultados. O trabalho foi publicado no JCO Global Oncology.