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biossimilaresA edição de julho do Lancet Oncology apresenta artigo de Teran et al., que discute barreiras que restringem o acesso a biossimilares na América Latina, especificamente para pacientes com câncer de mama e câncer colorretal. O artigo reflete um consenso de especialistas e aponta que desafios regulatórios ainda estão entre os grandes entraves para aumentar a oferta de biossimilares e o acesso aos cuidados.

chiattone 21Em ensaios clínicos, biópsias de medula óssea (BMO) são realizadas antes/após a terapia para confirmar a resposta completa (CR) em pacientes com linfoma. Análise relatada por Rutherford et al. no Journal of Clinical Oncology (JCO) mostrou que BMO agrega pouco valor à avaliação da resposta em indivíduos com linfoma folicular (LF) e recomenda eliminar BMO tanto do contexto de ensaios clínicos quanto das diretrizes de diagnóstico e tratamento no LF. O oncohematologista Carlos Chiattone (foto) analisa os resultados.

pulmao 2020Análise interina pré-planejada de estudo de Fase III (AEGEAN) mostrou que o tratamento com durvalumabe (Imfinzi®, AstraZeneca) em combinação com quimioterapia neoadjuvante melhorou significativamente a resposta patológica completa (pCR) em comparação com quimioterapia neoadjuvante em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) ressecável. A adição de durvalumabe também melhorou a resposta patológica principal, sem novos sinais de segurança. O estudo continuará avaliando o endpoint co-primário de sobrevida livre de eventos (SLE).

Com o crescente uso do tratamento neoadjuvante para pacientes com câncer de mama em estágio inicial, o estadiamento clínico adequado é essencial para informar o tratamento. Para contribuir com o debate, estudo buscou avaliar a utilidade clínica da ressonância magnética no tratamento neoadjuvante dessa população de pacientes. Os resultados estão no PODCAST ONCONEWS, com apresentação de Silvio Bromberg e Daniel Gimenes. Nesta edição, os especialistas discutem ainda trabalho que investiga os efeitos da anidrase carbônica IX (CAIX), um marcador-chave induzível por hipóxia, como indicador prognóstico no câncer de mama triplo-negativo. Ouça.

cirurgia toracicaOs médicos Fernando Vannucci e Caio César Bianchi de Castro apresentam um overview da cirurgia torácica brasileira em artigo publicado no Journal of Thoracic Disease e destacam o desafio de minimizar e neutralizar as profundas disparidades existentes, tanto em termos de oferta, quanto na qualidade da assistência médica.

mapa africaEstudo que buscou estabelecer a carga do câncer na África apresentou a caracterização de 34 tipos de câncer a partir das estimativas do GLOBOCAN  2020 e a associação dessa epidemiologia com a realidade socioeconômica dos países africanos. A análise também estima a ocorrência 2,1 milhões de novos casos na África em 2040, com 1,4 milhão de mortes, indicando a necessidade urgente de fortalecer e ampliar ações de controle e gerenciamento do câncer no continente africano.

bexiga 2020Mutações em genes de reparo de recombinação homóloga (HRRm) são comuns no carcinoma urotelial (UC), tornando as células tumorais sensíveis a inibidores de PARP. Análise de Rosenberg et al. no Journal of Clinical Oncology mostrou que a adição do inibidor de PARP olaparibe ao anti PD-L1 durvalumabe não melhorou os resultados de sobrevida em uma população de pacientes com carcinoma urotelial metastático (mUC).  Os resultados de eficácia com durvalumabe foram semelhantes aos relatados por outros agentes anti PD-L1, mas análises secundárias sugerem papel potencial para a inibição de PARP em pacientes com UC com HRRm.

MAMA bxA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o conjugado anticorpo-droga (ADC) trastuzumabe deruxtecana (Enhertu®, Daiichi Sankyo/Astrazeneca) para o tratamento de pacientes com câncer de mama HER2-positivo irressecável ou metastático previamente tratados com um regime anti-HER2 nos cenários metastático, neoadjuvante ou adjuvante, que desenvolveram recorrência da doença durante ou dentro de seis meses após a conclusão do tratamento. Publicada no Diário Oficial da União1 no dia 27 de junho, a decisão foi baseada nos resultados do estudo de Fase 3 DESTINY-Breast032, que mostrou que o ADC reduziu o risco de progressão da doença ou morte em 72% em comparação com trastuzumabe emtansina (T-DM1).

andreia melo 2020 bxA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o anticorpo anti-PD-1 cemiplimabe (Libtayo®, Sanofi) para o tratamento de pacientes com câncer de colo de útero cuja doença progrediu durante ou após quimioterapia prévia à base de platina, e para mulheres que necessitam de terapia sistêmica adicional para tratar doença metastática ou recorrente. Publicada no Diário Oficial da União (DOU) dia 27 de junho1, a decisão é baseada nos resultados do estudo de Fase 3 EMPOWER-Cervical 12, publicados na New England Journal of Medicine (NEJM) em artigo com a participação da oncologista Andreia Melo (foto), chefe da Divisão de Pesquisa Clínica e Desenvolvimento Tecnológico do Instituto Nacional de Câncer (INCA).