Onconews - 2024 - Page #10

Coberturas Especiais 2024

O estudo de Fase 1b/2 DESTINY-Breast07, multicêntrico, aberto e modular, avalia a segurança, tolerabilidade e atividade antitumoral de trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) isolado ou em combinação com outros agentes anticâncer. No ASCO 2024, foram apresentados os resultados de análise intermediária da fase de expansão de dose avaliando T-DXd ± pertuzumabe como tratamento de primeira linha em pacientes com câncer de mama metastático HER2+. O estudo tem participação de Jose Luiz Pedrini (foto), mastologista do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre.

Na análise primária do estudo TROPION-Breast01 de Fase 3, Datopotamabe-Deruxtecan  (Dato-DXd) mostrou benefício clínico e estatisticamente significativo na sobrevida livre de progressão versus quimioterapia de escolha do investigador (HR 0,63; p<0,0001) em pacientes com câncer de mama HR+/HER2‒ metastático ou inoperável, que progrediram à terapia endócrina. O estudo tem participação brasileira, do pesquisador Giuliano Borges (foto), e apresentou no ASCO 2024 os dados relatados pelos pacientes (PROs, de Patient- Reported Outcomes), com resultados que apoiam a análise primária e confirmam Dato-DXd como potencial nova opção terapêutica neste cenário.

No estudo PSMAfore (NCT04689828), o radioligante 177-Lu prolongou a sobrevida livre de progressão radiográfica na comparação com inibidores da via do receptor de andrógeno em pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração (mCPRC) virgens de taxano. No ASCO 2024, Karim Fizazi, (foto), do Instituto Gustave Roussy, apresentou dados de qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e os resultados de dor na segunda análise interina, confirmando o benefício do radioligante nessa população de pacientes.

Estudo apresentado em sessão oral no ASCO 2024 demonstrou que asciminib atingiu eficácia estatisticamente superior quando comparado a todos os inibidores de tirosina quinase disponíveis para pacientes recém-diagnosticados com leucemia mieloide crônica (LMC) em fase crônica, com perfil de segurança mais favorável. “Esta combinação de potência e segurança pode permitir que mais pacientes alcancem remissão sem tratamento, que é o objetivo final da terapia da LMC”, disse o autor principal do estudo, Timothy Hughes (foto), do South Australian Health and Medical Research Institute. O trabalho foi publicado simultaneamente na New England Journal of Medicine (NEJM).

Análise de subgrupo do estudo de fase 3 NATALEE apresentada no ASCO 2024 demonstrou que a adição de ribociclibe à terapia endócrina (ET) melhorou as taxas de sobrevida livre de doença invasiva (iDFS), sobrevida livre de recorrência à distância (DRFS) e sobrevida livre de doença à distância (DDFS) em pacientes com câncer de mama inicial HR+/HER2- de alto risco, com doença N0.

Renata Ferrarotto (foto), do MD Anderson Cancer Center, é autora sênior de estudo selecionado para apresentação em poster no ASCO 2024, que tem como primeira autora a pesquisadora Luana Guimarães de Sousa (na foto, à direita). O trabalho analisa o microambiente imune e o prognóstico do carcinoma de células escamosas de orofaringe de acordo com o HPV e o status de tabagismo.

Camila Venchiarutti Moniz (foto), oncologista do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), é primeira autora de estudo selecionado para apresentação em poster no ASCO 2024, com análise sobre o papel do DNA tumoral circulante (ctDNA) no monitoramento do carcinoma epidermoide cervical e de canal anal em pacientes em tratamento com quimiorradioterapia. O trabalho tem como autor senior o oncologista Paulo Hoff (na foto, à direita), com resultados que apoiam o valor preditivo desse biomarcador nessa população de pacientes.

Gabriel Aleixo (foto), oncologista na Universidade da Pensilvânia, é autor da primeira revisão sistemática e meta-análise a avaliar a eficácia da abordagem ‘start low, go slow’ (SLGS) entre idosos (65 anos ou mais) com câncer avançado. Os resultados apresentados em sessão de pôster no ASCO 2024 mostraram que a estratégia conferiu maior conclusão dos ciclos planejados, toxicidade reduzida e resultados semelhantes de sobrevida.

A cada ano, durante o encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), a Conquer Cancer Foundation reconhece profissionais de diversas áreas da pesquisa e atenção oncológica. Nesta edição, os brasileiros premiados foram Daniella Audi Blotta (BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo); Matheus de Oliveira Andrade (ICESP); Sofia Vidaurre Mendes (Oncologia D`Or); e Erick Saldanha (Princess Margaret Cancer Centre). As oncologistas Maria Alice Franzoi (Institut Gustave Roussy) e Luana Guimaraes de Sousa (MD Anderson Cancer Center) estão entre os pesquisadores com estudos financiados pela Fundação que serão apresentados na edição desse ano.

Recomendações da Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA (USPSTF) de 2021 são mais eficazes do que os critérios da USPSTF de 2013 na redução das disparidades sociodemográficas no risco de morte por câncer de pulmão no Brasil. É o que demonstra estudo aceito para publicação eletrônica no ASCO 2024, com participação dos pesquisadores  Isabel Emmerick (foto), da Universidade de Massachusetts, e Mario Jorge Sobreira da Silva, do Instituto Nacional do Câncer (INCA), respectivamente primeira autora e autor sênior (na foto, à direita).

Estudo selecionado para publicação eletrônica no ASCO 2024 mostra resultados que reforçam o uso de linfócitos infiltrantes de tumor (TILs) como preditores de resposta para orientar o descalonamento do tratamento no câncer de mama triplo negativo. O trabalho tem como autora sênior a oncologista Renata Bonadio (foto), do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), e como primeiro autor o oncologista Romualdo Barroso de Souza, da Oncologia DASA.