Onconews - 2025 - Page #2

Coberturas Especiais 2025

Yelena Y. Janjigian (foto), oncologista do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, apresenta no ASCO GI 2025 novos dados do ensaio DESTINY Gastric 03 (DG-03) avaliando o esquema triplo com trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) + fluoropirimidina e pembrolizumabe em pacientes com câncer esofágico, gástrico ou de junção gastroesofágica metastático HER2 positivo. Os resultados mostram que reduzir a dose de T-DXd de 6,4 mg/kg para 5,4 mg/kg e reduzir a dose inicial de capecitabina não diminui a eficácia deste regime de tratamento.

Um subgrupo de pacientes com adenocarcinoma esofagogástrico avançado (AEA) é caracterizado por reparo deficiente de danos ao DNA (DDR), fornecendo uma justificativa para a inibição de PARP (PARPi) nesses tumores. Resultados clínicos preliminares do estudo de fase 2 SOlar apresentados no ASCO GI 2025 por Georgina Keogh (foto), do Royal Marsden NHS Foundation Trust, mostram atividade encorajadora de olaparibe em pacientes com AEA, com taxa de controle da doença (DCR) de 28% em indivíduos fortemente pré-tratados.

Selecionado para apresentação em pôster no ASCO GI 2025, o estudo REFLECT avaliou a implementação de novos medicamentos em um cenário fora dos grandes hospitais e centros especializados no tratamento do câncer. O estudo piloto abordou o conhecimento sobre zolbetuximabe, um anticorpo monoclonal direcionado a claudina 18.2 (CLDN18.2). “Novos agentes-alvo frequentemente encontram desafios adicionais e lacunas de conhecimento em relação ao seu uso, particularmente associados a testes moleculares”, destacaram os autores.

A oncologista Renata D’Alpino Peixoto (foto) é primeira autora do estudo GASPAR (LACOG 0222), que utiliza dados de mundo real para criar um banco de dados multicêntrico e analisar informações epidemiológicas, clínicas e patológicas, tratamentos e resultados para pacientes com câncer gástrico e câncer de pâncreas na América Latina. Os resultados foram selecionados para apresentação em sessão de pôster no ASCO GI 2025.

O subtipo de Lauren não deve influenciar as decisões de tratamento no câncer gástrico localmente avançado. É o que sugerem os resultados de estudo brasileiro selecionado para apresentação em sessão de pôster no ASCO GI 2025 que avaliou o impacto da classificação de Lauren na resposta à quimioterapia neoadjuvante e no prognóstico nessa população de pacientes. O oncologista Tiago Felismino (foto) é primeiro autor do trabalho.

Um novo estudo mostrou que a combinação de everolimus e lanreotida estendeu a sobrevida livre de progressão (SLP) de pacientes com alguns tipos de tumores neuroendócrinos no pâncreas ou no trato gastrointestinal (TNE GEPs) quando comparado a everolimus sozinho. "Os dados da combinação são clinicamente significativos, mas não estabelecem uma única primeira linha padrão", avalia a oncologista Rachel Riechelmann (foto), Diretora de Oncologia do A.C.Camargo Cancer Center.

Um teste experimental de triagem do câncer colorretal baseado no sangue detectou de forma eficaz e precisa o risco de câncer colorretal em adultos com 45 anos ou mais em uma população de risco intermediário. A pesquisa é um dos destaques do programa científico do simpósio ASCO GI 2025, que acontece de 23 a 25 de janeiro em São Francisco, Califórnia. “Um exame de sangue tem o potencial de melhorar as taxas de triagem do câncer colorretal”, analisa Aasma Shaukat (foto), da NYU Grossman School of Medicine, principal autora do estudo.

O estudo de Fase III TALAPRO-2 atingiu seu desfecho primário, mostrando melhor sobrevida livre de progressão radiográfica (rSLP) para a combinação de talazoparibe e enzalutamida (TALA+ENZA) versus placebo+ENZA como tratamento de primeira linha para pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração (CPRCm) não selecionados para alterações genéticas de reparo de recombinação homóloga (HRR) (todos os participantes; coorte 1). No ASCO GU 2025, dados finais de sobrevida global (SG) confirmam o benefício da combinação (45,8 meses vs 37,0 meses), assim como os dados atualizados de rSLP, que continuam a favorecer TALA+ENZA, sem novos sinais de segurança. O trabalho tem participação do oncologista brasileiro Andre P. Fay (foto).

No estudo de fase 3 NIAGARA, que inscreveu pacientes com câncer de bexiga com invasão muscular (MIBC), durvalumabe perioperatório mais quimioterapia neoadjuvante (NAC) demonstrou benefício clínico e estatisticamente significativo na sobrevida global (SG) e livre de eventos (SLE) em comparação com NAC exclusiva, com perfil de segurança administrável e sem prejuízo à capacidade de se submeter à cistectomia radical. Análise exploratória apresentada no ASCO GU 2025 mostra que pacientes que receberam durvalumabe perioperatório tiveram redução de 31% no risco de morte por câncer de bexiga e de 33% no risco de desenvolver metástases. “O estudo suporta durvalumabe e quimioterapia neoadjuvante como potencial nova opção para os pacientes com MIBC elegíveis a cistectomia radical", observa Marcus Sadi (foto), chefe do setor de uro-oncologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

O inibidor de PD-1 cemiplimabe é aprovado para pacientes com carcinoma espinocelular cutâneo localmente avançado ou metastático. No ASCO GU 2025, resultados do estudo de Fase II  EPIC-A apresentados pelo oncologista Amit Bahl (foto) apoiam o tratamento com cemiplimabe e quimioterapia baseada em cisplatina como opção de primeira linha em pacientes com câncer peniano localmente avançado/metastático. Em 12 semanas, a taxa de benefício clínico foi de 62,1%, cumprindo o principal desfecho do estudo, e a  taxa de resposta objetiva (ORR) alcançou 51,7%.

Destacado em sessão oral no ASCO GU 2025, o estudo COTRIMS avaliou a eficácia da linfadenectomia retroperitoneal primária (RPLND) sem quimioterapia adjuvante em seminomas com estágio clínico IIA/B. Os resultados apresentados por Axel Heidenreich (foto), chefe do Departamento de Urologia do Hospital Universitário de Cologne, mostram que RPLND resulta em altas taxas de cura associadas à baixa frequência de complicações e deve ser incluída nas opções de tratamento. O estudo também sugere que o biomarcador miR371 é sensível para prever a presença de metástases.