Onconews - Últimas Notícias - Page #95

Últimas Notícias

Os estudos que marcaram o panorama de câncer de mama no ASCO 2022 estão no PODCAST ONCONEWS, com apresentação de Silvio Bromberg e Daniel Gimenes. Entre os destaques, o primeiro randomizado de Fase 3 a demonstrar benefício clínico e estatisticamente significativo de um agente anti-HER2, o conjugado trastuzumabe-deruxtecana, em pacientes com câncer de mama metastático HER2-low (DESTINY-Breast04); estudo prospectivo que avaliou a omissão de radioterapia após cirurgia conservadora da mama no câncer de mama luminal A de baixo grau (LUMINA); e acompanhamento de 8 anos do estudo randomizado ASTRRA, que avaliou A adição de supressão da função ovariana ao tamoxifeno em mulheres jovens com câncer de mama hormônio-sensível que permanecem no pré-menopausa ou retomam a menstruação após a quimioterapia. Confira.

Daniel PrybyszDados já conhecidos do ensaio britânico STAMPEDE mostram que a radioterapia (RT) melhorou a sobrevida global (SG) de pacientes com câncer de próstata metastático recém-diagnosticado, com baixa carga de doença. Análise final de longo prazo reportada 9 de junho por Parker et al. na PlosOne corrobora os achados iniciais, demonstrando que a RT melhora a SG em homens com câncer de próstata metastático com baixa carga de doença e deve ser recomendada como padrão de tratamento. O especialista em radioterapia Daniel Przybysz (foto) comenta os resultados e o impacto da publicação.

No PODCAST ONCONEWS, Silvio Bromberg e Daniel Gimenes analisam os resultados de estudo publicado no periódico Breast Cancer Research and Treatment que avaliou o intervalo livre de recorrência axilar (aRFI) em três anos em pacientes com câncer de mama linfonodo clinicamente positivo (cN+) com tratamento axilar ajustado à resposta de acordo com o protocolo ‘Marking Axillary lymph nodes with Radioactive Iodine seeds’ (MARI). Nesta edição, os especialistas também discutem análise publicada no Annals of Oncology que traz os resultados relatados pelos pacientes e dados de segurança do estudo monarchE, que investiga abemaciclibe mais terapia endócrina como tratamento adjuvante no câncer de mama precoce RH-positivo, HER2-negativo, de alto risco. Ouça.

mama 2021 6 bxNovas descobertas estão transformando a dicotomia tradicional do status HER2 no câncer de mama, com potencial de promover uma verdadeira revolução. Revisão publicada na Frontiers in Molecular Biosciences destaca o assunto, lembrando que evidências recentes mostram que tumores com baixos níveis de expressão de HER2 (ou seja, IHC 1+ ou 2+ com ISH negativo), também chamados de câncer de mama HER2 "Low", alcançaram elevadas taxas de resposta após tratamentos com anticorpos droga conjugados, ampliando resultados de sobrevida (Iwata et al., 2018; Banerji et al., 2019; Schettini et al., 2021).

Os médicos Silvio Bromberg e Daniel Gimenes discutem os resultados do estudo SINODAR-ONE, publicado no Annals of Surgical Oncology, que avalia o papel da dissecção do linfonodo axilar (ALND) em pacientes com câncer de mama T1-2 com 1 ou 2 linfonodos sentinelas macrometastáticos submetidas a cirurgia conservadora da mama ou mastectomia. Publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO), o ensaio randomizado Fase III EMERALD também está em pauta nessa edição, com resultados promissores do degradador seletivo do receptor de estrogênio oral elacestrant em pacientes com câncer de mama avançado receptor de estrogênio positivo/HER2- negativo previamente tratadas. Confira.

paula1Drogas que visam o sistema endocanabinoide são de interesse como opções farmacológicas para combater o câncer e melhorar a qualidade de vida do paciente com câncer. A assertiva é de Hinz et al, em artigo de revisão na Nature que discute compostos canabinoides pesquisados com sucesso nas últimas décadas, em vários modelos pré-clínicos. A médica Paula Dall Stella (foto), pós-graduada em neuro-oncologia e pioneira na prescrição de canabinoides no Brasil, comenta os principais achados.

Marcos DellarettiEstudo publicado no Lancet Oncology (2022) avaliou o benefício do mapeamento cerebral com paciente acordado na abordagem de glioblastomas, com base na idade do paciente, morbidade neurológica pré-operatória e status de desempenho Karnofsky (KPS). “Os autores demostram que esta técnica pode ser usada por neurocirurgiões durante ressecções de glioblastomas em áreas eloquentes para aumentar a extensão da ressecção e diminuir possíveis déficits neurológicos”, diz Marcos Antonio Dellaretti Filho (foto), médico do Departamento de Neurocirurgia da Santa Casa de Belo Horizonte e do Hospital Mater Dei, que comenta os principais resultados.

O Pathways Heart Study buscou comparar a incidência de doença cardiovascular (DCV) e o risco de mortalidade em mulheres com câncer de mama (CM) de acordo com o tratamento oncológico recebido, e comparar com mulheres sem câncer de mama. Os resultados foram publicados no Journal of Clinical Oncology (JCO) e estão em foco no PODCAST ONCONEWS, com apresentação de Silvio Bromberg e Daniel Gimenes. Nesta edição, os especialistas discutem ainda trabalho publicado na Cancer, periódico da American Cancer Society, que compara a terapia local isolada com terapia local mais sistêmica no tratamento de pacientes com câncer de mama HER2-positivo estágio I pT1aN0M0. Ouça.

rachel riechelmann 2021 bxO estudo de fase III ACHIEVE realizado no Japão foi um dos seis estudos prospectivos que exploraram se 3 meses de terapia adjuvante com fluorouracil, leucovorina e oxaliplatina (FOLFOX) ou capecitabina e oxaliplatina (CAPOX) é não inferior a 6 meses de tratamento em pacientes com câncer de cólon em estágio III curativamente ressecado. Agora, Yoshino et al. reportam análises finais de sobrevida e segurança, em artigo publicado online 5 de maio no Journal of Clinical Oncology (JCO). Os resultados de longo prazo mostram que, em pacientes asiáticos, encurtar a duração da terapia adjuvante de 6 para 3 meses não comprometeu a eficácia e reduziu a taxa de neuropatia periférica, demonstrando que CAPOX trimestral foi uma opção adequada. “O estudo reforça que 3 meses é seguro e menos tóxico para a maioria dos pacientes”, destaca Rachel Riechelmann (foto), diretora do Departamento de Oncologia do A.C. Camargo Cancer Center e presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).

pulmao1Estudo randomizado de Fase 3 realizado em 70 instituições no Japão mostrou que a segmentectomia prolongou a sobrevida global em 5 anos comparada à lobectomia em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) estágio IA, sugerindo que a segmentectomia deve ser o procedimento cirúrgico padrão para essa população de pacientes. Os resultados foram publicados no Lancet por Saji H et al. e são tema de revisão de Jyoti D. Patel na New England Journal Watch.

Os atrasos na cirurgia para câncer de esôfago avançado, como os implementados nos primeiros meses da pandemia de COVID-19, resultaram em uma redução de 45% na taxa de sobrevida relativa dos pacientes em comparação com aqueles que foram submetidos à cirurgia precoce. É o que mostra pesquisa realizada pelo American College of Surgeons, com resultados que fornecem informações para os médicos sobre como priorizar pacientes com câncer de esôfago agora que a pandemia está mais controlada e como alocar recursos em futuros surtos de COVID-19.

sangueOs últimos resultados do ensaio clínico de Fase 3 IKEMA demonstraram uma sobrevida livre de progressão mediana (mPFS) de 35,7 meses para o anticorpo monoclonal anti-CD38 isatuximabe (Sarclisa®, Sanofi) em combinação com carfilzomibe e dexametasona (Kd) em comparação com 19,2 meses de mPFS em pacientes tratados com Kd isoladamente. Apresentados no Controversies in Multiple Myeloma World Congress, esses resultados representam a mPFS mais longa entre os estudos que investigam um inibidor de proteassoma no cenário de segunda linha para o tratamento de mieloma múltiplo recidivado. Os dados também serão apresentados na Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) no dia 19 de maio.

bernardo salvajoli 2020 bxA American Society for Radiation Oncology (ASTRO) elaborou uma nova diretriz clínica com orientações sobre o uso de radioterapia para o tratamento de pacientes com metástases cerebrais. A diretriz atualiza as recomendações anteriores da ASTRO, publicadas em 2012, considerando os recentes avanços no manejo de pacientes com metástases cerebrais, incluindo técnicas avançadas de radioterapia como radiocirurgia estereotáxica e radioterapia de todo o cérebro com proteção do hipocampo, bem como o surgimento de terapias sistêmicas com atividade no sistema nervoso central. O trabalho foi publicado no periódico Practical Radiation Oncology. Bernardo Salvajoli (foto), médico especialista em radioterapia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e do Hospital do Coração (HCorOnco), comenta o guideline.

Os cuidados de suporte usando intervenções eletrônicas em saúde (eHealth) têm o potencial de fornecer suporte remoto e melhorar os resultados de pacientes com câncer de mama. É o que mostram os resultados de revisão sistemática com meta-análise que avaliou a eficácia das intervenções de eHealth nos resultados relatados pelo paciente (qualidade de vida [QOL], eficácia pessoal e saúde mental ou física) durante e após o tratamento do câncer de mama.

Publicado no Jornal of Clinical Oncology (JCO), o TEAM-IIB é um estudo de fase III randomizado, aberto, multicêntrico, que investiga o tratamento adjuvante com ibandronato, um bisfosfonato contendo nitrogênio, em mulheres pós-menopausadas com câncer de mama receptor de estrogênio positivo (RE+). Os resultados estão em pauta em mais um PODCAST ONCONEWS, com apresentação do mastologista Silvio Bromberg e do oncologista Daniel Gimenes. Os especialistas discutem ainda os resultados do estudo prospectivo neoadjuvante NBREaST II, publicado no European Journal of Cancer, que avaliou a resposta ao tratamento pré-operatório e o desfecho de sobrevida em 5 anos nos subgrupos moleculares determinados pela combinação do teste de expressão gênica MammaPrint/BluePrint. Ouça.