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O periódico Diseases of the Colon & Rectum seleciona a cada ano a pesquisa de maior impacto na especialidade nos últimos 5 anos, destacada com a premiação Robert D. Madoff, MD Impact Paper Award. Este ano, o reconhecimento foi para o estudo brasileiro (Achieving a Complete Clinical Response After Neoadjuvant Chemoradiation That Does Not Require Surgical Resection: It May Take Longer Than You Think!) de Angelita Habr-Gama, Guilherme São Julião, Laura Fernandez, Bruna Vailati, Andres Andrade, Sérgio Araújo, Joaquim Gama-Rodrigues e Rodrigo Perez (foto).

Editorial da edição de junho do Lancet Oncology lembra que, em 18 de abril de 2024, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou a primeira Carta de Direitos de Segurança do Paciente para delinear os direitos em relação à saúde e segurança, além de apoiar a formulação de políticas e diretrizes para sistemas de saúde centrados no paciente. “A busca pela segurança do paciente transcende fronteiras e disciplinas, exigindo compromisso coletivo para construir sistemas de saúde que não deixem nenhum paciente para trás. Pacientes com câncer não podem esperar — nós devemos agir agora”, destaca a publicação.

Idade e etnia têm impacto na sobrevida do câncer mucinoso primário de ovário, como descrevem Sudha Sundar e colegas, em artigo no International Journal of Gynecological Cancer. A análise indica que mulheres mais jovens (≤45 anos) têm maior risco de invasão infiltrativa e mulheres do sul da Ásia apresentam menor sobrevida global em relação às brancas.

A preservação da fertilidade utilizando estimulação ovariana não foi associada a um impacto prejudicial em curto prazo no prognóstico de pacientes com câncer de mama que interrompem a terapia endócrina adjuvante para tentar engravidar. Os resultados são do estudo POSITIVE, apresentado inicialmente no SABCS 2023 e publicado no Journal of Clinical Oncology (JCO).

Estudo publicado no Supportive Care in Cancer destaca o impacto prejudicial dos distúrbios motores nos sobreviventes de câncer colorretal após a quimioterapia à base de oxaliplatina. “Os oncologistas devem priorizar a avaliação e o manejo das manifestações motoras juntamente com os sintomas sensoriais para melhorar a qualidade de vida pós-câncer”, defendem os autores.

O exercício pós-diagnóstico/pré-tratamento está associado a menor risco de eventos de sobrevida livre de recorrência à distância de forma não linear no câncer de mama primário, com impacto diferente conforme o subtipo da doença e o status menopausal. É o que sugere análise multicêntrica publicada no Journal of Clinical Oncology (JCO).

Os sistemas de inteligência artificial (IA) têm o potencial de auxiliar o diagnóstico do câncer de próstata, prevenindo o sobrediagnóstico e reduzindo a dependência de radiologistas experientes. Estudo do Consórcio PI-CAI (Prostate Imaging: Cancer AI) mostra um sistema de IA que pode ser uma ferramenta de suporte dentro de um cenário de diagnóstico primário, com benefícios para pacientes e radiologistas. “A validação prospectiva é necessária para testar a aplicabilidade clínica deste sistema”, propõem os pesquisadores.

O risco de segundos tumores após terapia com células T do receptor de antígeno quimérico (CAR), especialmente o risco de neoplasias de células T relacionadas à integração do vetor viral, é uma preocupação emergente. Resultados de Hamilton et al. publicados na New England Journal of Medicine (NEJM) destacam a raridade de segundas malignidades, com métodos que servem como referência para a caracterização de tumores após terapia com CAR T cells e para o monitoramento de vetores virais.

Os resultados do estudo CAIRO4 mostram que a ressecção inicial do tumor primário seguida de quimioterapia de primeira linha à base de fluoropirimidina com bevacizumabe não tem benefício de sobrevida em pacientes com câncer colorretal metastático (mCRC) síncrono sem sintomas graves do tumor primário. “Esta prática não deve mais ser considerada padrão de tratamento”, destacam os autores.

Pesquisas financiadas pela indústria do tabaco ainda aparecem em revistas médicas de alto impacto, mostra estudo publicado na BMJ e no periódico The Investigative Desk. Os resultados revelam que, embora a indústria do tabaco tenha uma longa história de subversão da ciência, a maioria das principais revistas médicas não tem políticas que proíbam pesquisas total ou parcialmente financiadas pela indústria do tabaco, incluindo publicações nas áreas de oncologia, cardiologia e medicina respiratória.