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Roberto Dias Machado (foto), urologista do Hospital de Câncer de Barretos, é o primeiro autor de estudo que avalia a associação da obesidade com câncer de pênis e o risco de metástases linfonodais em pacientes submetidos à linfadenectomia inguinal. O trabalho foi relatado na BMC Cancer e tem a participação do urologista Rodolfo Borges dos Reis (na foto, à direita).

A crescente tendência de câncer de mama em mulheres e homens ressalta a necessidade de mais monitoramento, alerta estudo de Jean Henri Maselli-Schoueri (foto) e colegas, publicado na BMC Cancer. O trabalho mostra que a menor mortalidade por câncer de mama feminino foi positivamente correlacionada com maior disponibilidade de médicos e cuidados especializados no sistema público de saúde, destacando o papel crítico da capacidade da força de trabalho da saúde e a alocação estratégica de pessoal especializado na melhoria dos resultados dos pacientes.

Estudo de coorte com 15.392 mulheres demonstrou que sobreviventes de câncer de mama que receberam quimioterapia, terapia endócrina ou ambas tiveram declínio significativo na saúde física em comparação com controles da mesma idade durante os primeiros 2 anos após o diagnóstico. “Após 2 anos, o declínio da saúde física foi observado apenas em sobreviventes que receberam quimioterapia”, destacaram os autores. Os resultados foram publicados no JAMA Network Open.

A idade é o principal determinante clínico-demográfico dos níveis de atividade física em sobreviventes de câncer colorretal. É o que demonstra análise realizada com participantes do estudo ColoCare que avaliou os níveis de atividade 12 e 24 meses após o diagnóstico e ressecção do câncer colorretal. Os resultados foram publicados no Journal of Cancer Survivorship.

André Mattar (foto) é o primeiro autor de estudo que traz insights importantes sobre o tratamento do câncer de mama triplo negativo no sistema público de saúde do Brasil. Os resultados relatados no JCO Global Oncology  mostram que a sobrevida global foi maior em pacientes negros e que tanto a resposta patológica completa quanto a terapia adjuvante melhoraram a sobrevida no período analisado (2010 a 2019). Estágios avançados foram significativamente associados com o aumento dos custos do tratamento.

Dados fornecidos pelo Consórcio HEADSpAcE ajudam a entender fatores associados aos sistemas de saúde que podem explicar o diagnóstico tardio de pacientes com câncer de cabeça e pescoço. O trabalho multicêntrico tem participação brasileira, dos pesquisadores Lídia Maria Rebolho Arantes, do Hospital de Câncer de Barretos; José Carlos de Oliveira, do Hospital Araujo Jorge e do Registro de Câncer de Goiânia; Luís Felipe Ribeiro Pinto, do INCA e do Ministério da Saúde; Maria Paula Curado, do AC Camargo Câncer Center; José Roberto de Podesta e Ricardo Mai Rocha, da Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer de Vitória e Sandra Ventorin von Zeidler, do Departamento de Patologia da Universidade Federal do Espírito Santo.

Após a nefroureterectomia radical para carcinoma urotelial do trato superior, o prognóstico é ruim para pacientes de alto risco. Embora não tenha atingido o desfecho primário em nenhuma das coortes, o estudo iNDUCT mostrou que a combinação de durvalumabe e quimioterapia à base de platina, especialmente cisplatina, apresentou resultados promissores nessa população de pacientes em termos de downstaging, com bom perfil de segurança e sem aumentar o risco cirúrgico.

Estudo multicêntrico global que incluiu 4752 mulheres jovens com câncer de mama com mutações BRCA descreve características de pacientes, tumores e tratamentos, revelando padrão distinto de eventos de sobrevida livre de doença  entre portadoras de BRCA1 e BRCA2. Os resultados estão no JCO e demonstram que a identificação de variantes patogênicas/provavelmente patogênicas de BRCA em mulheres saudáveis ​​foi associada ao diagnóstico de câncer de mama em estágio inicial, menor carga de tratamento e melhor sobrevida global não ajustada. Yuri Moraes (foto), médico geneticista do serviço de oncogenética do Américas Oncologia, analisa os principais achados.

O surgimento da medicina de precisão no campo do câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) operável foi marcado por aprovações recentes dentro de um novo paradigma de tratamento, agora com estratégias terapêuticas mais personalizadas. Em um cenário que está em rápida evolução, revisão de Hofman et al. publicada na edição de março da Lung Cancer enfoca barreiras para a implementação de testes de biomarcadores na oncologia torácica e caminhos para superar os desafios.

Revisão sistemática avaliou a eficácia das intervenções nutricionais no estado nutricional, peso/composição corporal e resultados clínicos em pacientes idosos com câncer. Publicados no Journal of Geriatric Oncology, os resultados indicam a necessidade de relatar consistentemente a prescrição dietética, e reforçam a importância da adesão aos requisitos nutricionais e de parâmetros claramente definidos relacionados à nutrição e sua relação com os resultados clínicos, especificamente para pacientes mais velhos.