Onconews - ÚLTIMAS NOTÍCIAS - Page #4

Últimas Notícias

Estudo de coorte retrospectivo demonstrou que pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas com mutação EGFR que progridem ao tratamento com osimertinibe podem se beneficiar da continuação de osimertinibe e quimioterapia com platina-pemetrexede. “A continuação do osimertinibe com a próxima linha de quimioterapia com pemetrexede e platina parece reduzir o risco de progressão do sistema nervoso central”, observaram os autores em artigo no Lung Cancer Journal.

A detecção de biomarcadores em pacientes com câncer de pulmão é amplamente afetada pela coleta e processamento de bioespécimes, limitando as estratégias de medicina personalizada. O alerta é de Rodrigo Dienstmann (foto)  e colegas, em estudo que avaliou a eficiência de um programa de diagnóstico molecular em uma coorte brasileira de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) com histologia não escamosa. Os resultados mostram que um terço dos pacientes não foram elegíveis para painéis amplos de sequenciamento de próxima geração (NGS).

Qual é o tratamento sistêmico de indução ideal para pacientes com câncer colorretal e metástases hepáticas irressecáveis? Análise post hoc do ensaio clínico randomizado multicêntrico CAIRO5 apoia o uso de FOLFOX/FOLFIRI-bevacizumabe para pacientes com câncer colorretal inicialmente irressecável com metástases somente no fígado, independentemente do status da variante RAS/BRAFV600E e da lateralidade do tumor. Os resultados foram publicados no JAMA Oncology.

“As lições aprendidas com a resposta global ao HIV e à COVID-19 mostram que a colaboração e o apoio internacional das Organizações Mundiais da Saúde e do Comércio podem garantir uma agenda unificada e coordenada para promover o acesso ao tratamento do câncer em países de baixa e média renda”, defendem Erfani et al., no JAMA Oncology, em artigo que argumenta em favor da farmacoequidade na oncologia.

Em mulheres com câncer epitelial de ovário  sensível à platina que apresentam recorrência da doença após cirurgia de citorredução completa ou ótima (tumor residual <0.25 cm), a adição de quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC) associada à cirurgia de citorredução secundária não aumentou a sobrevida livre de progressão (SLP) comparada à cirurgia de citorredução isolada. Os resultados foram relatados por Anna Fagotti e colegas, para quem os critérios de seleção podem explicar a falha do desfecho primário e as diferenças de SLP em comparação com os ensaios GOG213, DESKTOP-III e SOC-1. “HIPEC não deve ser usada em mulheres com câncer de ovário recorrente sensível à platina submetidas à cirurgia de citorredução secundária sem terapia neoadjuvante”, destacam.

Pacientes com carcinoma espinocelular (CEC) sinonasal avançado – um câncer raro de cabeça e pescoço – normalmente são tratados com cirurgia, mas a doença permanece com necessidades não atendidas. A brasileira Renata Ferraroto (foto) é coautora de estudo de Fase II realizado por pesquisadores do MD Anderson Cancer Center, que destaca a quimioterapia de indução neoadjuvante como um tratamento promissor para essa população de pacientes.

Pontuações mais altas do Padrão Empírico de Inflamação da Dieta foram associadas a um risco modestamente aumentado de câncer de mama, que foi mais pronunciado para tumores receptor hormonal negativo e basal-like. “Esses resultados apoiam a hipótese de que a inflamação relacionada à dieta desempenha um papel na etiologia do câncer de mama, particularmente em tumores sem receptores hormonais”, avaliam os pesquisadores em artigo publicado no Journal of the National Cancer Institute (JNCI).

Os padrões propostos pelo American College of Surgeons (ACS) para abordagem axilar na cirurgia de câncer de mama podem ter impacto nos resultados oncológicos de curto prazo? Análise que envolveu 1.201.317 mulheres inscritas no National Cancer Database dos Estados Unidos comparou biópsia de linfonodo sentinela (SLNB) ou dissecção de linfonodo axilar (ALND) na cirurgia do câncer de mama, com achados que fornecem subsídios para refinar e priorizar os padrões operatórios. “A variação por unidade de saúde em SLNB foi fracamente correlacionada com a positividade nodal, enquanto foi fortemente correlacionada com as taxas de estadiamento em ALND”, concluem os autores.

Até que ponto os pacientes com câncer estão dispostos a aceitar a incerteza sobre o benefício clínico de novos medicamentos contra o câncer em troca de acesso mais rápido? Estudo relatado no Lancet Oncology mostra que os pacientes expressam fortes preferências pela certeza de que um medicamento contra o câncer realmente demonstre evidências de oferecer benefício de sobrevida, assim como expressam disposição de esperar por uma certeza maior desse benefício, revelando que o efeito avaliado por desfechos substitutos não tem impacto significativo na escolha de medicamentos.

A África do Sul tem a maior população de pessoas com HIV do mundo. Estudo que avaliou a associação entre o status do HIV e a proporção de pacientes com câncer de mama com o subtipo triplo-negativo fortalece evidências da ligação entre a função imunológica do hospedeiro e a patogênese do câncer de mama triplo-negativo. “Nosso estudo mostra que pacientes com câncer de mama com HIV crônico que estão em terapia antirretroviral têm mais probabilidade de ter câncer de mama triplo-negativo do que aquelas sem HIV. Essa associação é independente de idade, raça e variáveis ​​reprodutivas”, destacam os autores, em artigo no Lancet Global Health.

Em 2022, a leucemia foi classificada como a segunda malignidade hematológica mais comum depois do linfoma não-Hodgkin em todo o mundo. Estudo epidemiológico que buscou atualizar as estimativas globais de incidência de leucemia por subtipo publicou resultados na Leukemia, com dados que sugerem padrões geográficos claros de subtipos de leucemia em adultos e crianças e dão suporte às estratégias de controle do câncer.