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As atuais decisões de tratamento de quimioterapia adjuvante no adenocarcinoma ductal pancreático são baseadas no status de desempenho do paciente e não nas características moleculares do tumor. Para abordar essa lacuna, Fraunhoffer et al.  desenvolveram um modelo baseado em assinaturas transcriptômicas que promete prever com precisão a sensibilidade ao regime baseado em FOLFIRINOX modificado (mFFX) e à gemcitabina. Aplicado à coorte do estudo PRODIGE 24, o modelo foi validado, demonstrando capacidade de otimizar a seleção de tratamento.

Em publicação ahead of print no Journal of Surgical Oncology, Daniel José Szór (foto) e colegas descrevem resultados cirúrgicos do fechamento abdominal temporário em pacientes oncológicos submetidos à peritoneostomia.  O trabalho apresenta a experiência do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e tem como autor sênior o cirurgião Ulysses Ribeiro Júnior (na foto, à esquerda), professor de cirurgia do aparelho digestivo do Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, também médico do ICESP. 

Charles Andreé Joseph de Pádua (foto), da Cetus Oncologia, é coautor de nova análise do estudo global  DUO-E destacada em sessão mini-oral no ESMO Gynaecological Cancers Congress 2024. Os resultados corroboram o benefício de durvalumabe com ou sem olaparibe no câncer endometrial avançado, tanto na população geral do estudo (ITT), quanto no subgrupo com deficiência de mismatch repair (dMMR).

Em dois conjuntos de dados internacionais independentes, a quimiossensibilidade do tumor primário avaliada pelo CA-125 KELIM foi o único preditor consistente do sucesso da cirurgia de citorredução de intervalo após quimioterapia neoadjuvante em pacientes com câncer epitelial de ovário avançado. Os resultados são de estudo selecionado para apresentação em sessão mini-oral no ESMO Gynaecological Cancers Congress 2024.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a farmacêutica francesa Servier anunciaram os vencedores do Prêmio Internacional Fiocruz Servier em Oncologia, iniciativa que pretende incentivar a pesquisa e a inovação no tratamento do câncer no Brasil. Rachel Riechelmann (esquerda) e Tiago Cordeiro Felismino (direita), do AC Camargo Cancer Center, e Martin Bonamino (centro), do Instituto Nacional de Câncer (INCA), foram os três pesquisadores premiados na edição deste ano, entre mais de 30 mil inscritos.

A União Europeia aprovou a combinação de capivasertibe (Truqap®, AstraZeneca) mais fulvestranto para adultos com câncer de mama localmente avançado ou metastático receptor de estrogênio positivo (RE+), HER2-negativo, com pelo menos uma alteração PIK3CA/AKT1/PTEN após recorrência ou progressão da doença durante ou após o tratamento endócrino. A aprovação é baseada nos resultados do estudo de Fase 3 CAPItello-291, publicado na New England Journal of Medicine (NEJM).

Resultados atualizados do estudo CALGB/SWOG 80702 (Alliance) demonstram, em uma análise prospectiva de subgrupos, que o status mutacional  de PIK3CA foi preditivo de melhor resposta à inibição da COX 2, com maior sobrevida livre de doença (HR, 0,56) entre pacientes com câncer de cólon ressecado estágio III que receberam celecoxib. Esses dados corroboram achados que indicam a potencial utilidade de adicionar seletivamente o inibidor da ciclooxigenase 2 ao tratamento padrão nessa população de pacientes.

Pesquisadores do Departamento de Oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) apresentaram resultados da experiência institucional com pacientes de sarcoma uterino. O trabalho foi aceito em poster no ESMO Gynaecological Cancers Congress 2024, com participação da oncologistas Maria Del Pilar Esteves Diz (foto), Coordenadora da Oncologia Clínica, com achados que destacam a necessidade de novas abordagens de tratamento.

Análise que considerou tendências temporais da correlação entre status socioeconômico e qualidade de vida após o diagnóstico de câncer de mama inicial mostra a importância de enfatizar os determinantes sociais da saúde em um planejamento abrangente do tratamento oncológico. O trabalho tem participação brasileira, da pesquisadora Maria Alice Franzoi (foto), atualmente Fellow em tumores da mama no Institut Jules Bordet, Bélgica, e mostra que desigualdades preexistentes se aprofundam após o diagnóstico e tratamento.

Dados atualizados do estudo DUO-O destacados no ESMO Gynaecological Cancers Congress 2024 confirmam o benefício clínico e estatisticamente significativo de sobrevida livre de progressão (SLP) com a associação de durvalumabe (D),  olaparibe (O) e bevacizumabe (B) de manutenção após à quimioterapia (carboplatina/paclitaxel, CP) com B e D (braço 3, experimental) no câncer de ovário avançado, em pacientes com deficiência de recombinação homóloga, sem mutação BRCA comparado ao braço controle de CP+B seguido de B (braço 1). A análise final mostra que a SLP mediana foi de 45,1 meses com a combinação de CP + D + B seguido por D + B + O   de manutenção, a mais longa já observada nesses pacientes no cenário de primeira linha, com tendência favorável de sobrevida global (SG). O oncologista Eduardo Paulino (foto) analisa os resultados.