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ASCO 2024

Olaparibe neoadjuvante seguido de cirurgia citorredutora foi viável e seguro no câncer de ovário seroso de alto grau sensível à platina recorrente. “Em pacientes com doença ressecável na citorredução secundária, olaparibe isolado no pós-operatório foi tão eficaz quanto a quimioterapia seguida de olaparibe e menos tóxico, sugerindo potencial para uma abordagem livre de quimioterapia nesta população selecionada”, afirmou a oncologista Stephanie Lheureux (foto), do Princess Margaret Cancer Centre, que apresentou os resultados do estudo NEO no ASCO 2024.

O estudo EPCORE NHL-1, que investiga estratégias de mitigar a síndrome de liberação de citocinas (SLC) sem hospitalização obrigatória em pacientes com linfoma folicular recidivado ou refratário (LF R/R) tratados com epcoritamabe, apresentou no ASCO 2024 resultados encorajadores. As medidas de mitigação da SLC melhoraram ainda mais a segurança de epcoritamabe e apoiam seu uso subcutâneo como potencial opção de tratamento ambulatorial pronta para uso.

O oncologista Romualdo Barroso de Sousa, (foto), da Dasa Oncologia, é coautor de estudo que buscou definir o panorama do microbioma intestinal em pacientes com câncer de mama, com achados que mostram composição distinta no microbioma do câncer de mama HR+/HER2+ em relação a outros subtipos, além de uma diferença significativa na abundância de bacteroides ovatus entre os estágios I e III.

A oncologista Laura Testa (foto), do ICESP, é coautora de estudo selecionado em poster no ASCO 2024, que examina a eficácia de tratamentos subsequentes no câncer de mama metastático positivo para receptor hormonal, HER2 negativo (RH+/HER2-), após progressão à terapia com inibidores de ciclinas (iCDK 4/6). O trabalho tem como primeira autora a pesquisadora Lis Victoria Ravani, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, e sugere o benefício da continuação de inibidores de CDK4/6 em relação à terapia endócrina após progressão da doença.

Mapeamento apresentado em poster no ASCO 2024 descreve a sobrevida associada à quimioterapia e os marcadores prognósticos no câncer de pênis em um hospital de referência do nordeste brasileiro, no período de 2000 a 2021. O trabalho tem como primeiro autor o oncologista João Paulo Holanda Soares (foto), do Instituto do Câncer do Ceará (ICC), e representa o maior estudo retrospectivo sobre quimioterapia e resultados de sobrevida nessa população de pacientes.

Resultados atualizados da análise final do estudo DESTINY-Lung02 demonstraram que o tratamento com trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) nas doses de 5,4 mg/kg ou 6,4 mg/kg continuou a apresentar respostas fortes e duradouras em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas metastático (CPCNPm) com mutação HER2, consistente com o benefício relatado na análise primária.

O oncologista Johann De Bono (foto), do Royal Marsden NHS Foundation Trust é primeiro autor de análise exploratória do estudo PSMAfore selecionado para sessão oral no ASCO 2024 que avalia associações entre o DNA tumoral circulante basal (ctDNA) e os resultados de pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração (mCPRC) virgens de taxano tratados com o radioligante 177-Lu.

O estudo de Fase 1b/2 DESTINY-Breast07, multicêntrico, aberto e modular, avalia a segurança, tolerabilidade e atividade antitumoral de trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) isolado ou em combinação com outros agentes anticâncer. No ASCO 2024, foram apresentados os resultados de análise intermediária da fase de expansão de dose avaliando T-DXd ± pertuzumabe como tratamento de primeira linha em pacientes com câncer de mama metastático HER2+. O estudo tem participação de Jose Luiz Pedrini (foto), mastologista do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre.

Na análise primária do estudo TROPION-Breast01 de Fase 3, Datopotamabe-Deruxtecan  (Dato-DXd) mostrou benefício clínico e estatisticamente significativo na sobrevida livre de progressão versus quimioterapia de escolha do investigador (HR 0,63; p<0,0001) em pacientes com câncer de mama HR+/HER2‒ metastático ou inoperável, que progrediram à terapia endócrina. O estudo tem participação brasileira, do pesquisador Giuliano Borges (foto), e apresentou no ASCO 2024 os dados relatados pelos pacientes (PROs, de Patient- Reported Outcomes), com resultados que apoiam a análise primária e confirmam Dato-DXd como potencial nova opção terapêutica neste cenário.

No estudo PSMAfore (NCT04689828), o radioligante 177-Lu prolongou a sobrevida livre de progressão radiográfica na comparação com inibidores da via do receptor de andrógeno em pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração (mCPRC) virgens de taxano. No ASCO 2024, Karim Fizazi, (foto), do Instituto Gustave Roussy, apresentou dados de qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e os resultados de dor na segunda análise interina, confirmando o benefício do radioligante nessa população de pacientes.