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ASCO 2024

Estudo apresentado em sessão oral no ASCO 2024 demonstrou que asciminib atingiu eficácia estatisticamente superior quando comparado a todos os inibidores de tirosina quinase disponíveis para pacientes recém-diagnosticados com leucemia mieloide crônica (LMC) em fase crônica, com perfil de segurança mais favorável. “Esta combinação de potência e segurança pode permitir que mais pacientes alcancem remissão sem tratamento, que é o objetivo final da terapia da LMC”, disse o autor principal do estudo, Timothy Hughes (foto), do South Australian Health and Medical Research Institute. O trabalho foi publicado simultaneamente na New England Journal of Medicine (NEJM).

Análise de subgrupo do estudo de fase 3 NATALEE apresentada no ASCO 2024 demonstrou que a adição de ribociclibe à terapia endócrina (ET) melhorou as taxas de sobrevida livre de doença invasiva (iDFS), sobrevida livre de recorrência à distância (DRFS) e sobrevida livre de doença à distância (DDFS) em pacientes com câncer de mama inicial HR+/HER2- de alto risco, com doença N0.

Renata Ferrarotto (foto), do MD Anderson Cancer Center, é autora sênior de estudo selecionado para apresentação em poster no ASCO 2024, que tem como primeira autora a pesquisadora Luana Guimarães de Sousa (na foto, à direita). O trabalho analisa o microambiente imune e o prognóstico do carcinoma de células escamosas de orofaringe de acordo com o HPV e o status de tabagismo.

Camila Venchiarutti Moniz (foto), oncologista do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), é primeira autora de estudo selecionado para apresentação em poster no ASCO 2024, com análise sobre o papel do DNA tumoral circulante (ctDNA) no monitoramento do carcinoma epidermoide cervical e de canal anal em pacientes em tratamento com quimiorradioterapia. O trabalho tem como autor senior o oncologista Paulo Hoff (na foto, à direita), com resultados que apoiam o valor preditivo desse biomarcador nessa população de pacientes.

Gabriel Aleixo (foto), oncologista na Universidade da Pensilvânia, é autor da primeira revisão sistemática e meta-análise a avaliar a eficácia da abordagem ‘start low, go slow’ (SLGS) entre idosos (65 anos ou mais) com câncer avançado. Os resultados apresentados em sessão de pôster no ASCO 2024 mostraram que a estratégia conferiu maior conclusão dos ciclos planejados, toxicidade reduzida e resultados semelhantes de sobrevida.

A cada ano, durante o encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), a Conquer Cancer Foundation reconhece profissionais de diversas áreas da pesquisa e atenção oncológica. Nesta edição, os brasileiros premiados foram Daniella Audi Blotta (BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo); Matheus de Oliveira Andrade (ICESP); Sofia Vidaurre Mendes (Oncologia D`Or); e Erick Saldanha (Princess Margaret Cancer Centre). As oncologistas Maria Alice Franzoi (Institut Gustave Roussy) e Luana Guimaraes de Sousa (MD Anderson Cancer Center) estão entre os pesquisadores com estudos financiados pela Fundação que serão apresentados na edição desse ano.

Recomendações da Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA (USPSTF) de 2021 são mais eficazes do que os critérios da USPSTF de 2013 na redução das disparidades sociodemográficas no risco de morte por câncer de pulmão no Brasil. É o que demonstra estudo aceito para publicação eletrônica no ASCO 2024, com participação dos pesquisadores  Isabel Emmerick (foto), da Universidade de Massachusetts, e Mario Jorge Sobreira da Silva, do Instituto Nacional do Câncer (INCA), respectivamente primeira autora e autor sênior (na foto, à direita).

Estudo selecionado para publicação eletrônica no ASCO 2024 mostra resultados que reforçam o uso de linfócitos infiltrantes de tumor (TILs) como preditores de resposta para orientar o descalonamento do tratamento no câncer de mama triplo negativo. O trabalho tem como autora sênior a oncologista Renata Bonadio (foto), do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), e como primeiro autor o oncologista Romualdo Barroso de Souza, da Oncologia DASA.

Estudo selecionado para publicação eletrônica no ASCO 2024 analisou o sistema imunológico de uma coorte de pacientes brasileiros com carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço, não fumantes e abstêmios de bebidas alcoólicas. O trabalho tem como primeiro autor o Oncologista Gilberto Castro (foto), do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), e os resultados preliminares sugerem que a frequência de células NK e mieloides no sangue periférico pode variar de acordo com o grau da lesão, como consequência da resposta imune.

A pesquisadora Maria Inez Dacoregio (foto), da Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO) é primeira autora de revisão sistemática e metanálise selecionadas em publicação eletrônica no ASCO 2024, que examina a ressonância magnética de corpo inteiro como estratégia de vigilância na síndrome de Li-Fraumeni. O trabalho tem como autor sênior o geneticista Israel Gomy, da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (na foto, à esquerda).

A fadiga relacionada ao câncer é um dos sintomas mais comuns no curso da doença e estima-se que afete até 90% dos pacientes com câncer. Revisão sistemática e meta-análise que tem como primeiro autor o pesquisador Jean Henri Masellin Schoueri (foto), da Faculdade de Medicina do ABC, mostrou resultados que apoiam o uso do guaraná no combate à fadiga relacionada ao câncer. O trabalho foi selecionado no ASCO 2024 em publicação eletrônica e tem como autor sênior o oncologista Auro Del Giglio.