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Coberturas Especiais

O estudo CheckMate 8HW atingiu seu desfecho primário de sobrevida livre de progressão (SLP) com nivolumabe + ipilimumabe (NIVO + IPI) versus quimioterapia (QT), demonstrando SLP superior com a combinação em pacientes com câncer colorretal metastático (mCRC) com instabilidade de microssatélite e deficiência de reparo de incompatibilidade (MSI-H/dMMR) no cenário de primeira linha (HR 0,21; P < 0,0001). "Os resultados promissores apresentados no ASCO GI 2025 apontam para esta combinação como uma opção de tratamento potencial para CCR metastático em regime de primeira linha, e não apenas como tratamento de resgate, como aprovado atualmente", observa o oncologista André Murad (foto). 

BESPOKE CRC, um estudo multicêntrico, prospectivo e observacional, investigou a utilidade clínica do DNA tumoral circulante (ctDNA) para detectar a recorrência precoce baseada em doença residual molecular (MRD) em pacientes com câncer colorretal ressecado cirurgicamente. “A positividade do ctDNA foi altamente prognóstica de sobrevida livre de doença em um subgrupo de pacientes com estágios II-III. Nossos resultados destacam o valor potencial da detecção de MRD baseada em ctDNA para a tomada de decisão de tratamento”, disse Purvi K. Shah, do Virginia Cancer Institute, que apresentou o trabalho no ASCO GI 2025.

Uma nova pesquisa do CALGB/SWOG mostra que adicionar celecoxib à quimioterapia FOLFOX melhora a sobrevida livre de doença em pacientes com câncer de cólon em estágio III que testaram positivo para DNA tumoral circulante (ctDNA) após a cirurgia. O estudo é um dos destaques do Simpósio de Cânceres Gastrointestinais da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) de 2025, realizado de 23 a 25 de janeiro em São Francisco, Califórnia. O primeiro autor do estudo é o patologista Jonathan Andrew Nowak (foto), do Brigham and Women’s Hospital e do Dana-Farber Cancer Institute.

De acordo com um dos primeiros estudos randomizados baseados em biomarcadores de pacientes com CCR não metastático, tomar 160 mg de aspirina diariamente após o término do tratamento reduz o risco de recorrência em indivíduos que abrigam mutação PI3K. O oncologista Rivadávio Oliveira (foto), do Hospital do Câncer de Londrina, comenta os resultados.

Análise combinada de dois grandes ensaios de fase II (CAO/ARO/AIO-12 e OPRA) apresentada no ASCO GI 2025 comparou os resultados de sobrevida de pacientes com câncer retal localmente avançado (LARC) tratados com terapia neoadjuvante total (TNT), excisão mesorretal total (TME) ou watch and wait seletivo estratificado pela resposta do tumor. "Apesar da qualidade dos dados oriundos de estudos prospectivos randomizados, a comparação feita aqui é no mínimo duvidosa e deve ser analisada com muito cuidado", avalia o cirurgião colorretal Rodrigo Perez (foto).

A adição do agente experimental pamrevlumab à quimioterapia não promoveu toxicidade adicional, mas não teve impacto nos resultados de sobrevida de pacientes com câncer pancreático localmente avançado e irressecável, de acordo com os resultados do estudo LAPIS, apresentados por Vincent Picozzi (foto) no ASCO GI 2025. “Os achados do LAPIS fornecem insights valiosos sobre os desafios do tratamento do câncer pancreático localmente avançado. As inovações e os desfechos utilizados podem influenciar o desenho de futuras pesquisas”, declarou Picozzi, oncologista clínico da Virginia Mason Franciscan Health.

O estudo NRG/GI007 apresentado no ASCO GI 2025 por Geoffrey Ku (foto), do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, analisou um novo agente experimental, o adenovírus OBP-301 em pacientes com câncer de esôfago (CE) clinicamente inoperável. O agente experimental resultou em resposta clínica completa na amostra avaliada, com bom perfil de segurança.

Estudo de coorte retrospectivo avaliou o impacto do atraso da cirurgia para câncer de reto localizado além do intervalo mais longo usado em estudos anteriores, com foco na resposta patológica completa, sobrevida livre de doença e sobrevida global. Os resultados foram selecionados para a sessão de pôster do ASCO GI 2025, em apresentação do médico Thiago do Amaral Miranda (foto).

A adição de camrelizumabe e apatinibe à quimioembolização transarterial pode prolongar significativamente a sobrevida livre de progressão em pacientes com carcinoma hepatocelular irressecável elegíveis para embolização, com perfil de segurança administrável. A conclusão é do estudo randomizado de fase 2 CAP-ACE apresentado no ASCO GI 2025 por Gao-Jun Teng (foto), radiologista do Hospital Zhongda, da Faculdade de Medicina da Southeast University em Nanjing, China.

Conquer Cancer Foundation, fundação da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), anunciou os ganhadores do 2025 Gastrointestinal Cancers Symposium Merit Awards, prêmio que reconhece os primeiros autores de estudos selecionados para apresentação no ASCO GI 2025. Os oncologistas brasileiros Luís Felipe Leite da Silva (na foto, à direita), estudante de medicina da Universidade Federal Fluminense; e Joao Paulo Solar Vasconcelos, médico na BC Cancer - Vancouver, University of British Columbia estão entre os premiados. Os vencedores do prêmio receberam mil dólares por sua excelência em pesquisa, além da inscrição gratuita no congresso.

Yelena Y. Janjigian (foto), oncologista do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, apresenta no ASCO GI 2025 novos dados do ensaio DESTINY Gastric 03 (DG-03) avaliando o esquema triplo com trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) + fluoropirimidina e pembrolizumabe em pacientes com câncer esofágico, gástrico ou de junção gastroesofágica metastático HER2 positivo. Os resultados mostram que reduzir a dose de T-DXd de 6,4 mg/kg para 5,4 mg/kg e reduzir a dose inicial de capecitabina não diminui a eficácia deste regime de tratamento.